Conheça as 10 paisagens mais ‘alienígenas’ da Terra
De vales glaciais do outro mundo a estranhas piscinas sulfúricas, esses lugares ajudam os cientistas a explorar mais do nosso planeta.
Publicado 29 de ago. de 2019, 12:18 BRT

A Depressão Danakil, na Etiópia, é a definição do inóspito. A funda paisagem vulcânica é repleta de águas termais ácidas, lava borbulhante, areia salgada e vapores tóxicos. Entretanto, micro-organismos prosperam entre as piscinas sulfúricas e chaminés minerais da região. Cientistas dizem que este inferno na Terra é um excelente análogo de Marte.
Foto de Robert Harding Picture Library, Nat Geo Image CollectionA cerca de trezentos metros abaixo da superfície da Terra, gigantescos cristais de selenita se encontram numa caverna quente, úmida e escura na mina Naica, no México. Algumas das vigas têm mais de 9 metros de comprimento; as maiores alcançam 3 metros de largura. Embora a “Caverna dos Cristais” tenha sido encontrada apenas no ano 2000, cientistas que procuravam por vida em lugares improváveis logo a colocaram em seu radar. Em 2017, Penelope Boston, da Nasa, anunciou a descoberta de micróbios nos cristais, alguns dos quais podem estar presos ali há 50 mil anos.
Foto de Carsten Peter, Speleoresearch & Films/Nat Geo Image CollectionCom seus ásperos penhascos de arenito e tons avermelhados, o Wadi Rum, na Jordânia, é uma das paisagens mais inóspitas do planeta. O deserto, cujo nome significa “Vale da Lua” em árabe, fez o papel de Marte em vários blockbusters de Hollywood, incluindo o filme de ficção científica de 2015 “Perdido em Marte”. Agências espaciais usam outros desertos nas proximidades.
Foto de Robert Harding Picture Library, Nat Geo Image CollectionO Salar de Uyuni, situado nos Andes bolivianos, é o maior deserto de sal da Terra. É tão branco e brilhante que é visível do espaço—e, às vezes, uma fina camada de água cobre sua crosta salgada, transformando a superfície num espelho gigante. Os micro-organismos que adoram sal prosperam neste ambiente extremamente salgado.
Foto de Cedric Gerbheaye, Nat Geo Image CollectionSe os humanos algum dia habitarem a Lua ou Marte, morar em tubo de lava não seria uma ideia terrível. As estruturas do subsolo oferecem um refúgio natural contra o perigo da radiação, tempestades de areia, micrometeoritos e temperaturas extremas, e elas podem ter tamanho suficiente para abrigar cidades inteiras. Na verdade, na Terra, astronautas já estão treinando para missões em tubos de lava.
Foto de Carsten Peter, Nat Geo Image CollectionA Antártida é um destino popular para cientistas que investigam oceanos estranhos. As espessas camadas de gelo que cobrem e cercam o continente escondem um mar frio e rico em vida – uma configuração que se parece muito com a estrutura das geladas luas do sistema solar externo, incluindo Europa e Encélado. Procurar por vida nesses mares extraterrestres significa acessar esses oceanos subterrâneos, de modo que os cientistas estão desenvolvendo submersíveis robóticos e testando-os em águas da Antártida.
Foto de Norbert Wu, Minden Pictures/Nat Geo Image CollectionO Mono Lake, na Califórnia, é um substituto da Terra para o planeta Marte de quatro bilhões de anos atrás, quando o astro estava começando a perder sua água superficial. Conforme as águas do lago evaporam e recuam lentamente, elas revelam tufas calcárias que são torres de carbonato de cálcio em formas estranhas. Cientistas usam o lago para testar equipamentos vinculados a Marte, e estudam os micróbios que vivem em suas águas salgadas e alcalinas.
Foto de Tim Fitzharris, Minden Pictures/Nat Geo Image CollectionDesde 2003, cientistas usam Svalbard, um arquipélago norueguês próximo ao círculo ártico, como um campo de testes de tecnologia destinada a Marte. Com suas temperaturas frias, afloramentos rochosos, geologia vulcânica com gelo permanente no subsolo, Svalbard é muito próximo de vários ambientes marcianos, como os polos do planeta vermelho e crateras equatoriais. O ambiente ártico também ajuda cientistas a identificar e detectar as assinaturas da química da vida.
Foto de Michael Melford, Nat Geo Image CollectionBorup Fiord Pass, um vale esculpido em geleira na ilha Ellesmere, no Canadá, é o lar de um pedaço de gelo amarelo e fedorento que lembra a lua de Júpiter, Europa. O ambiente exótico e parecido com da lua Europa é devido às fontes salgadas que expelem enxofre na crosta gelada. Cientistas que estudam a geleira encontraram diversas comunidades microbianas e as usam para praticar a detecção de vida à distância.
Foto de Nick Norman, Nat Geo Image CollectionO Atacama, deserto do Chile, é frequentemente usado como um simulador de Marte: é um dos lugares mais secos da Terra, com precipitação anual média menor de 2,5 centímetros e seus terrenos oferecem muitos campos de teste para o Mars-bound passear. Apesar de seus extremos, a vida ganhou um lugar no solo do Atacama – e nos lagos no topo das montanhas próximas.
Foto de Babak Tafreshi, Nat Geo Image Collection