Maravilhas contemporâneas: a arquitetura desses museus é um espetáculo à parte
Nossa galeria de fotos leva você a 10 espaços culturais com exteriores deslumbrantes.
Publicado 25 de set. de 2019, 15:40 BRT

MUSEU GUGGENHEIM, ESPANHA
O renomado arquiteto Frank Gehry é o cérebro por trás do icônico Museu Guggenheim Bilbao, que abriga três andares de arte moderna e contemporânea. A estrutura brinca continuamente com curvas, tanto por dentro quanto por fora. Tomos curvados e fachadas de vidro conectam a parte externa de seus espaços interiores. O titânio usado na construção, junto com o design das curvas, contribui para o edifício captar luz. Inaugurado em 1997, a estrutura revolucionou a maneira das pessoas olharem para museus e arquitetura.
Foto de Gonzalo Azumendi, Getty ImagesCENTRO HEYDAR ALIYEV, AZERBAIJÃO
O Centro Heydar Aliyev em Baku, Azerbaijão, foi projetado pela arquiteta britânico-iraquiana, Zaha Hadid. Abriu em 2012 e consequentemente, em 2014, Hadid recebeu o prêmio Design do Ano do Museu de Design de Londres. O projeto fluído, parecido com um cone espiral de sorvete, não tem uma única linha reta. Abriga um museu, nove andares de salas de exibição e um auditório. O museu é dedicado a preservar a história do Azerbaijão e a vida e trabalho de Heydar Aliyev, antigo presidente da nação. Ocupando três andares, o museu dá aos visitantes uma visão interativa e profunda do patrimônio da região.
Foto de Jane SweeneyMUSEU JUDAICO DE BERLIM, ALEMANHA
A extensão de Daniel Libeskind ao original Museu Judaico de 1933 visa recordar e integrar as repercussões do Holocausto. O novo museu não tem sua própria entrada, requer que visitantes entrem através de um corredor subterrâneo da antiga estrutura. Através desse projeto, Libeskind queria despertar sentimentos de ausência, invisibilidade e solidão, que fizeram grande parte da vida dos judeus. É fácil se perder dentro da estrutura, há becos sem saída e espaços vazios para todo lado, iluminados apenas por fachos de luz que se infiltram da parte externa. De acordo com o site do arquiteto, a estrutura simbólica foi construída para entender a história de Berlim (incompleta sem a contribuição de seus cidadãos judeus), combinar o significado do Holocausto com a memória e consciência da cidade e para Alemanha reconhecer a supressão da vida judaica em sua história.
Foto de Pierre Adenis, Laif, ReduxMUSEU DA MEMÓRIA DE ANDALUCÍA, ESPANHA
O Museu da Memória de Andalucía dá aos visitantes uma chance de conhecer a história da região desde a pré-história até os dias atuais. Projetado por Alberto Campo Baeza e em harmonia com a sede central da Caja Granada Savings Bank (também projetado por Baeza), a estrutura incomum é composta por três andares, o mais elevado alinha-se com o estrado do edifício principal Caja Granada. É construído ao redor de um pátio circular, de onde rampas elípticas sobem para conectar os vários níveis. Em uma das pontas dessa morada em miniatura sobem íngremes placas verticais, que consistem de telas de plasma para serem usadas para grandes exibições públicas.
Foto de Wim Wiskerke, Alamy Stock PhotoMUSEU MARÍTIMO DINAMARQUÊS, DINAMARCA
Construído pelo BIG (Bjarke Ingels Group), esse museu dinamarquês está situado na cidade de Helsingør (também conhecida como Elsinore) entre o Castelo de Kronborg, patrimônio da UNESCO—que dizem ter inspirado Hamlet de Shakespeare —e o Cultural Yard da cidade. Com uma proximidade tão grande de marcos culturais e arquitetônicos, o Museu Marítimo Dinamarquês deixa sua marca com sua existência subterrânea em uma antiga doca. O ponto mais alto do museu é o topo da barreira de vidro, um metro acima do solo. Pontes inclinadas conectam várias exibições que apresentam coleções de navios mercantes e suas histórias dos últimos quatro séculos. Além de exibições, há também uma cafeteria e uma loja—tudo subterrâneo.
Foto de Hufton+Crow, Alamy Stock PhotoMUSEU DE ARTE DO RIO, BRASIL
O Museu de Arte do Rio (MAR) funciona em três prédios—o Palacete Dom João VI (que já foi um palácio), um edifício da polícia, e outra estrutura que era originalmente um terminal rodoviário—que são ligados por um telhado em forma de onda, uma passarela e uma praça. A mansão abriga as galerias de exibição do museu, enquanto o edifício da polícia abriga a Escola do Olhar, uma iniciativa educacional que ensina educadores da rede pública sobre arte. O maior desafio encarado pelos projetistas Bernardes + Jacobsen foi unir essas três áreas.
Foto de Robert Harding World Imagery, Getty ImagesCENTRO GEORGES POMPIDOU, FRANÇA
Richard Rogers e Renzo Piano ganharam um concurso internacional em 1971 para construir um “centro de informação, entretenimento e cultura”. Aberto desde 1977 em Paris, o Centro Georges Pompidou agora abriga um museu de arte moderna, uma biblioteca de referência, um centro de design industrial, um espaço de exposição temporária, uma biblioteca infantil e centro de arte, um centro de pesquisa audiovisual (IRCAM) e restaurantes. A diversidade de funções do Pompidou está representada em sua estrutura: Foi projetada com claras influências pós-modernas para ser “um lugar flexível, construído com partes pré-fabricadas.” Escadas rolantes e elevadores ficam no exterior da estrutura, permitindo um espaço interno contínuo e uma vista panorâmica incrível da praça.
Foto de Frank Heuer, Laif, ReduxMUSEU GUGGENHEIM, EUA
Museu mais antigo dessa lista, o Museu Solomon R. Guggenheim em Nova York foi encomendado em 1943, mas só abriu em 1959. Frank Lloyd Wright, o arquiteto por trás da estrutura, morreu seis meses após a inauguração. É, sem dúvida, o edifício mais importante que ele já construiu. O site do museu cita Paul Goldberger sobre o impacto dessa estrutura: “O edifício de Wright tornou aceitável socialmente e culturalmente que um arquiteto projete um museu altamente expressivo e profundamente pessoal. Nesse sentido, quase todos os museus do nosso tempo são filhos do Guggenheim.” Ao longo dos anos, a rotunda estrutura modernista foi fechada para restauração diversas vezes, mais ainda permanece uma obra arquitetônica.
Foto de Massimo Borchi, Atlantide Phototravel/Getty ImagesMUSEU DO DESENHO ARQUITETÔNICO, ALEMANHA
Criado pela Fundação Tchoban para despertar o interesse em ideias arquitetônicas desenhadas à mão, o Museu do Desenho Arquitetônico abriu em 2013 no Pfefferberg, local de uma antiga cervejaria em Berlim. As linhas e ângulos sólidos da estrutura foram projetados por Sergei Tchoban e Sergei Kuznetsov da SPEECH de Moscou para lembrar gavetas deslizáveis e prateleiras onde tais desenhos normalmente são guardados. As gravuras arquitetônicas grosseiras no exterior das paredes de concreto também se encaixam nesse tema. A estrutura de cinco andares tem espaço para uma loja do museu, galerias de exibição, um terraço que é usado para conferências e uma área de trabalho curatorial.
Foto de Jan-Peter Boening, ZENIT, Laif, ReduxHEART MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE HERNING, DINAMARCA
Projetado pelo arquiteto americano Steven Holl, o museu visa promover arte contemporânea através de exibições de arte visual e música. A estrutura de um andar é localizada em um espaço aberto de grama bem perto de uma velha fábrica de camisas, que também abriga uma parte da coleção de arte. Isso e o fato da cidade de Herning ter suas raízes na relação com tecidos e arte, inspiraram o contorno da estrutura. Visto de cima, o telhado lembra mangas de camisa. O museu, que abriu em 2009, consiste de galerias de exibição, um auditório, salas de ensaio musical, um restaurante e uma biblioteca de mídia.
Foto de View Pictures, Getty Images