Os objetos sagrados de religiões afro-brasileiras apreendidos pela polícia
Um total de 521 objetos sagrados recolhidos entre 1890 e 1945 por batidas policias em terreiros cariocas foram transferidas do Museu da Polícia Civil para o Museu da República.

Cachimbo com rosto esculpido. Objetos como este são utilizados por médiuns incorporados de espíritos de antigos escravizados, popularmente chamados de Pretos Velhos na umbanda. Acervo Museu da República. Confira reportagem completa.
Imagem de madeira pintada de uma sereia que muitas vezes é associada ao orixá Iemanjá, considera senhora dos oceanos no Brasil. Em algumas vertentes de encantaria – religiões afro-amerindias como o tambor de mina e o babaçuê – também se cultuam as sereias como divindades. Acervo do Museu da República.
Cabeça esculpida em pedra do caboclo Lalu, espírito de um antigo indígena que se manifesta em rituais de umbanda e algumas nações do candomblé. Acervo do Museu da República.
Conjunto de três atabaques utilizados em rituais de candomblé e umbanda. Acervo do Museu da República.
Assentamento para o orixá Exu feito de argila com punhais, moedas e búzios. Acervo do Museu da República.
Atabaque com pintura verde e branca e flechas relacionadas a Oxossí, orixá da caça e matas. Acervo do Museu da República.
Representação de figura humana feminina em argila com sementes incrustadas nos ombros e seios e búzios nos olhos e boca. Possivelmente uma representação da pombagira.
Figura humana com cabeça, tronco e braço esquerdo junto ao corpo, e búzios incrustrados nos olhos, boca, peito, nuca e costas em cruz. Um tecido marrom claro está amarrado com nós ao pescoço – uma possível gravata. Acervo do Museu da República.
Diadema utilizado por médiuns em rituais de umbanda para a manifestação de espírito de antigos indigenas, entitulados Caboclos. Acervo Museu da República.
Imagem do cavaleiro São Jorge, santo católico tradicionalmente sincretizado na umbanda carioca e associado a Ogun, orixá do metal, da tecnologia e da guerra. Acervo Museu da República.
Imagem de um caboclo, nome dado aos espíritos de antigos indígenas, talhada em madeira e pintada. Acervo Museu da República.
Imagem de um caboclo, nome dado aos espíritos de antigos indígenas, talhada em madeira e pintada. Acervo Museu da República.
Usada como objeto de proteção, esta figa de madeira tem uma pedra incrustada e carrega uma estrela de cinco pontas, comumente associada ao orixá Oxalá, o mais velho e respeitado do panteão iorubá. Acervo Museu da República.
Provável oratório escavado em madeira para Santo Antônio, comumente conhecido como santo casamenteiro no cristianismo popular e presente em algumas linhas de umbanda. Acervo Museu da República.
Garrafa contendo uma pequena estrutura em madeira e imagem de São Sebastião, santo comumente associado a Oxossi, orixá das matas e da caça. Acervo do Museu da República.
Boneca em tecido representa uma cabocla, espírito de antigos indígenas que se manifestam em rituais de umbanda, jurema e algumas nações de candomblé. Acervo Museu da República.
Imagem de um casal abraçado e amarrado nas pernas. Não se sabe ao certo, mas a peça pode ter sido feita como agradecimento pela formação do casal, ou como objeto utilizado em rituais para unir duas pessoas. Acervo do Museu da República.
Imagem em madeira dos santos Cosme e Damião, católicos, e Doum, uma divindade surgida na umbanda. Juntos, eles representam e protegem os erês, os espíritos das crianças. Acervo do Museu da República.
Possível firmeza de Orixás, um conjunto de elementos distintos reunidos para um mesmo propósito na umbanda. A estrela de seis pontas pode representar Xangô, orixá da justiça; o cruzeiro, Omolu, orixá da morte e da cura; e as espadas, Ogun, orixá da guerra. Acervo do Museu da República.
Placa de identificação da Choupana de Tupinambá, nome associado ao caboclo homônimo, muito famoso na umbanda. Acervo Museu da República.
