Confira as imagens vencedoras do prêmio Fotógrafo de Vida Selvagem
Registro de aranha armadeira protegendo sua cria foi um dos laureados. O prêmio Wildlife Photographer of the Year é entregue pelo Museu de História Natural de Londres.

Um jovem elefante se apresenta embaixoo d'água na Tailândia. Esta foto, do australiano Adam Oswell, venceu o prêmio de fotojornalismo. Grupos de defesa dos animais preocupados com o bem-estar de elefantes em cativeiro veem estas performances como abusivas, pois encorajam comportamentos não naturais e dependem de técnicas de medo para tornar os elefantes complacentes.
Alex Mustard, baseado no Reino Unido, encontrou um peixe Solenostomus paradoxus se escondendo entre os braços de uma estrela-do-mar. A foto ganhou o prêmio Arte da Natureza. A cores vibrantes do peixe indicam que ele chegou no coral nas 24 horas anteriores. Em um ou dois dias, o padrão de cores mudaria, permitindo que ele se camufle com a estrela-do-mar.
Dois peixes ciclídeos machos lutam com suas mandíbulas por uma concha de lesma no lago Tanganyika, o mais antigo dos Grandes Lagos do Leste Africano. Dentro da concha, coberta pela metade, está uma fêmea pronta para botar seus ovos. O lago abriga mais de 240 espécies de peixes ciclídeos, que estão ameaçadas por vazamentos de produtos químicos e sobrepesca. A imagem rendeu ao fotógrafo espanhol Angel Vitor o prêmio Portfólio.
Itsaso Vélez del Burgo, diretor do Centro de Reabilitação de Primatas Lwiro, na África do Sul, apresenta um jovem e traumatizado chimpanzé a outro órfão sobrevivente. O centro cuida de cerca de 100 jovens chimpanzés cujos pais foram mortos ou resgatados do tráfico de vida selvagem. O fotógrafo sul-africano Brent Stirton venceu o prêmio Reportagem de Fotojornalismo pelo trabalho no centro.
Depois de ver várias pequenas aranhas em seu quarto no Brasil, o fotógrafo Israeli-canadense Gil Wizen olhou embaixo da cama. Ali, encontrou uma armadeira – uma das aranhas mais venenosas do mundo – protegendo sua cria. Antes de levá-la com segurança para fora de sua casa, ele fotografou a criatura, que tinha o tamanho de uma palma da mão, usando perspectiva forçada para fazê-la parecer ainda maior. Esta imagem levou o prêmio Vida Selvagem Urbana.
Uma aranha pescadora estica sua teia de seda para criar um saco de ovas nesta imagem que venceu o prêmio Comportamento de Invertebrados. O fotógrafo Gil Wizen encontrou a bicha embaixo de um tronco solto. Essas aranhas são comuns em pântanos e florestas temperados da América do Norte. Mais de 750 ovos já foram registrados em um único desses sacos.
O fotógrafo espanhol Javier Lafuente registrou a linha reta de uma estrada que cruz a paisagem de um pântano. A estrada foi construída nos anos 1980 para prover acesso à praia e separa o ecossistema em dois. O pântano de marés abriga mais de uma centena de espécies de aves.
A fotógrafa americana Jennifer Hayes registrou filhotes de focas-da-groenlandia no gelo em derretimento e venceu o prêmio Oceanos: a Grande Image. Todo outono, focas-da-groenlandia migram do Ártico para seus locais de acasalamento, atrasando os nascimentos até o gelo se formar. Focaas dependem desse gelo, o que significa que os números populacionais devem diminuir a medida que o planeta aquece.
O fotógrafo português João Rodrigues foi surpreendido por um casal de salamandra-de-costelas-salientes em uma floresta alagada da Península Ibérica. Foi a primeira vez que João pode mergulhar no lago em cinco anos, já que ele se enche somente durante invernos com mais chuva. Para capturar a imagem, vencedora da categoria Comportamento de Anfíbios e Répteis, teve menos de um segundo para ajustar sua câmera antes dos anfíbios saíram.
Laurent Ballesta foi nomeado Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano por esta foto de garoupas acasalando.
O fotógrafo Majed Ali from Kuwait caminhou por quatro horas em um parque nacional de Uganda para encontrar com Kibande, um gorila-da-montanha de quase 40 anos. "Quanto mais escalávamos, mais quente e úmido ficava", lembra Ali. Quando uma chuva refrescante caiu, Kibande continuou no aberto, aparentemente aproveitando o banho. Foi aí que a foto, vencedora do prêmio Retrato Animal, foi tirada.
O fotógrafo eslovaco-canadense martin Gregus usou um drone para registrar duas fêmeas de urso-polar brincando nas águas rasas entre-marés na baía de Hudson, no Canadá, durante um quente dia de verão. A imagem era parte de um portfólio de Gregus, que venceu o prêmio Estrela em Ascensão Portfólio por documentar esses ursos durante três semanas. A dificuldade que ursos-polares têm para sobreviver em tempos de mudanças climáticas é muito bem documentada, e Gregus queria mostrá-los de um jeito diferente, em um momento de lazer, no verão.
Fotógrafo canadense Shane Kalyn venceu o prêmio Comportamento de Aves por esta imagem de um ritual de acasalamento entre corvos na Colúmbia Britânica. O casal trocava presentes – musgo, galhos, pequenas pedras – e cantavam um para o outro para reforçar a relação. Kalyn teve que deitar no chão gelado para conseguir a foto.
Duas rendas de Svalbard lutam pelo controle do harém em Svalbard, na Noruega, nesta foto que ganhou o prêmio Comportamento de Mamíferos. O fotógrafo italiano Stefano Unterthiner seguiu estas renas durante a temporada de acasalamento. Ao ver a briga, ele diz que se sentiu imerso "no cheiro, no barulho, no cansaço e na dor." As renas brigaram com suas galhas até que o macho dominante, à esquerda, venceu seu rival e assegurou uma oportunidade de acasalar.
No estado de Montana, nos EUA, o fotógrafo americano Zak Clothier colocou uma armadilha fotográfica perto de carcaças de alces. Depois, voltou e viu que ursos-pardos tinham destruído a câmera. A foto, que ganhou o prêmio Animais e seus Ambientes, foi o último frame capturado pela câmera.