Seis maneiras de vivenciar a cultura maori

A cultura indígena da Nova Zelândia está intricada às fundações da terra e de seu povo.

Por Carrie Miller
fotos de Krista Rossow
Publicado 5 de out. de 2018, 13:58 BRT
O Waitangi Treaty Grounds é rico em história e beleza. A Casa da Assembleia apresenta elaborados entalhes preservados em seu interior e exterior.
Foto de Krista Rossow

A cultura dos Maoris, o povo indígena da Nova Zelândia, faz parte do cotidiano do local, uma parte importante do passado, do presente e do futuro do país.

“Embora nossa cultura esteja em constante transformação, nossa história é imutável”, diz Mori Rapana, gerente cultural maori do Waitangi Treaty Grounds. “Para que possamos compreender o presente, é preciso começar pelo passado. Foi de onde viemos. Foi como chegamos até aqui. Foi por que viemos para cá”.

Para vivenciar ao menos uma fração dessa riqueza cultural, visite estes lugares e saboreie um pouco da tradicional cultura Maori.

Waitangi Treaty Grounds

A waka house, ou casa da canoa, no Waitangi Treaty Grounds, abriga diversas canoas de guerra cerimoniais, incluindo a maior canoa de guerra cerimonial do mundo, a Ngatokimatawhaorua. O local também conta com uma vista completa para a Baía das Ilhas.
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Localizado na Baía das Ilhas, o local é o berço da Nova Zelândia moderna. O Tratado de Waitangi foi elaborado e assinado há 178 anos pelos maoris e britânicos, motivados pelo desejo de trabalharem unidos e de proporcionarem um futuro sustentável para a Nova Zelândia. Talvez o local mais histórico de toda a Nova Zelândia, o Waitangi Treaty Grounds conta com um amplo museu, tours guiados com um descendente direto dos maoris que assinaram o tratado, e apresentações culturais. Planeje passar boa parte do dia aqui.

Floresta Waipoua

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    Localizada na costa oeste da Ilha Norte, a Waipoua é a floresta Kauri mais importante da Nova Zelândia. Ela é lar da Tāne Mahuta, a “senhora das árvores”, uma kauri de 50 metros de altura com circunferência de quase 14 metros, sendo a maior árvore ainda viva da Nova Zelândia. A árvore de 2 mil anos é parte importante da história de criação dos maoris, e eles ainda visitam a Waipoua para receber as bênçãos de Tāne Mahuta. “É um lugar muito espiritual. Ele tem mana [poder], e as pessoas sentem isso quando vêm visitar”, diz Bill Matthews, guia turístico da agência Footprints Waipoua.

    Lago Taupo

    Os entalhes Maori na Baía Mine, no Lago Taupo­ – na região central da Ilha Norte ­–, foram criados no fim da década de 1970 e representam a transmissão de conhecimentos de uma geração para a próxima. O entalhador-mestre Matahi Whakataka-Brightwell passou 10 anos treinando com anciãos maoris antes de dar início a esses entalhes, um deles com 14 metros de altura. Participe de um passeio de caiaque guiado ou de barco para vivenciar o poder dessas gravuras, acessíveis apenas por água.

    Rotorua

    Esta cidade geotermal na Ilha Norte é um reduto de experiências culturais para os visitantes. Há caminhadas guiadas, a reprodução de vilarejos maoris tradicionais, tours de medicina nativa e performances culturais – o suficiente para oferecer uma riqueza de detalhes sobre a história e cultura Maori.

    Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa

    O Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa oferece admissão gratuita e abriga mais de 500 mil artefatos.
    Foto de Krista Rossow

    Longe de oferecer uma experiência enfadonha e pesada, o Te Papa, em Wellington, é vibrante e interativo, com uma coleção impressionante de mais de 500 mil artefatos. A cultura Maori é proeminente, desde peças de arte a uma marae (casa do povo) e uma waka (grande embarcação semelhante a uma canoa). Visitas guiadas são oferecidas, e o ingresso para entrada é gratuito.

    Hokitika

    Localizada na costa oeste da Ilha Sul, Hokitika era conhecida pelos maoris como um local de pounamu, também conhecida como greenstone, uma jade nefrita estimada por sua durabilidade e beleza. Tradicionalmente, os maoris transformam a pounamu em ferramentas, armas e ornamentos, e em Hokitika é possível encontrar o trabalho de mestre-escultores.

     

    Carrie Miller é escritora, viajante e contadora de histórias baseada na Nova Zelândia para a revista National Geographic Traveler e outras publicações. Siga-a no Facebook e Instagram.

    Krista Rossow é fotógrafa colaboradora da National Geographic Travel. Você pode segui-la no Instagram @kristarossow.

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