Conheça o parque no Quênia que inspirou o filme ‘O Rei Leão’

Os cenários do filme são reais, selvagens e estão abertos à visitação.

Por Abigail Higgins
Publicado 1 de out. de 2020, 12:30 BRT
Trilhas de caminhada fazem curvas sinuosas ao redor do desfiladeiro Ol Njorowa, no Parque Nacional Hell's ...

Trilhas de caminhada fazem curvas sinuosas ao redor do desfiladeiro Ol Njorowa, no Parque Nacional Hell's Gate, no Quênia.

Foto de Anup Shah, Nature Picture Library
Disney+ estreia no Brasil em 17 de novembro e traz até você Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic, tudo em um só lugar.

Os animadores do filme da Disney O Rei Leão viajaram para um parque com cenários deslumbrantes no Grande Vale do Rift, no Quênia, para entenderem, como diz Mufasa, o ciclo da vida. Quando os visitantes do Parque Nacional Hell’s Gate chegam aos imensos penhascos esculpidos por um lago pré-histórico que dá nome ao parque, eles descobrem que a formação que inspirou a Pedra do Reino é igualmente majestosa.

O fato de não se ver o Simba (que significa leão em suaíli) no parque é uma vantagem exclusiva: a ausência de predadores significa que é possível entrar nas savanas e dar de cara com girafas, zebras, antílopes e javalis enquanto anda a pé — ou ainda melhor, de bicicleta. O Hell’s Gate é um dos únicos lugares da África Oriental em que se pode caminhar pelo parque inteiro. É possível até mesmo fazer um safári de bicicleta — algo totalmente diferente de observar os animais estando em um carro de safári (a Walt Disney Company é acionista majoritária da National Geographic Partners).

Com cerca de 67 quilômetros quadrados, o parque fica localizado no Grande Vale do Rift, uma falha geológica irregular que se estende do Líbano a Moçambique e que divide o continente em dois, distanciando as duas partes alguns milímetros todos os anos. É isso que faz de Hell’s Gate uma maravilha geológica digna de ser visitada: torres de pedra que podem ser escaladas por quem gosta de adrenalina e trilhas com curvas sinuosas ao redor de um desfiladeiro formado por águas antigas e furiosas. Veja como explorar todos esses lugares em Hell’s Gate.

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    Zebras no Parque Nacional Hell’s Gate, no Quênia.

    Foto de Ariadne van Zandbergen, Alamy

    Pedale em meio a uma manada de zebras

    Hell’s Gate é menor e tem menos animais do que outros parques do Quênia, mas não existe nada como andar de bicicleta em meio a uma manada de zebras ou tentar acompanhar o galope de uma girafa. A melhor trilha para bicicletas se estende por 6,5 quilômetros a partir da entrada principal do parque, a entrada Elsa Gate, até a área de piqueniques e a estação da guarda-florestal, próximas à entrada do desfiladeiro Ol Njorowa.

    Aventure-se pela estrada de terra nas primeiras horas da manhã ou ao fim da tarde para evitar o intenso clima equatorial; é provável que veja animais o dia todo, como famílias de javalis atravessando a estrada ou manadas de gazelas brincando entre acácias. O parque é ideal para a observação de pássaros, exibindo mais de cem espécies. Mantenha distância do búfalo-d'água; eles são mais perigosos do que aparentam.

    Não perca a Torre de Fischer, uma formação rochosa de 25 metros de altura feita de lava vulcânica derretida empurrada através de uma fenda no solo — ou, segundo o folclore local, o local se formou depois de uma garota rebelde ser transformada em pedra após desafiar sua família antes de seu casamento. Esse é um dos diversos locais para fazer escaladas no parque. Entre em contato com a Climb BlueSky, uma academia de escalada em Nairóbi, para mais informações.

    Conheça um pouco da história da Terra

    Leve um lanchinho — e uma Tusker gelada, a cerveja favorita no Quênia — para saborear na área de piqueniques da estação da guarda-florestal. É importante saber que há muitos macacos-verdes-africanos e babuínos nessa região, e diferentemente de Rafiki (que significa amigo em suaíli), o amigo mandril de Simba, é mais provável que esses macacos roubem sua comida e não lhe ofereçam nenhum sábio conselho.

    A partir desse local, é possível contratar um guia para uma caminhada pelo desfiladeiro Ol Njorowa, a área é administrada pela comunidade do povo maasai. A trilha é para quem tem coragem, quem a atravessa tem que cruzar riachos, subir em pedras e escalar rochas, mas a paisagem exuberante vale o esforço.

    Em algumas partes, as paredes do desfiladeiro são tão altas e tão próximas umas das outras que quase não deixam a luz entrar. Se o cenário lhe parecer familiar, pode ser porque O Rei Leão não é o único filme em que Hell’s Gate é visto nas telas — Lara Croft: Tomb Raider também foi filmado nesse lugar. Já no fim da trilha, observe os vapores ondulantes dos gêiseres do parque e mergulhe suas mãos nas nascentes borbulhantes que são quentes o suficiente para cozinhar ovos.

    O Parque Nacional Hell’s Gate fica próximo de dois vulcões, Longonot e Suswa.

    Foto de Nichole Sobecki

    Desfrute de um spa sustentável

    O Quênia foi o primeiro país africano a utilizar energia geotérmica e Hell’s Gate está na liderança: os gêiseres e as fontes termais do parque são utilizados para coletar energia geotérmica e fornecer quase metade da energia elétrica do Quênia. Ambientalistas e entusiastas de safáris se preocupam com as ameaças à vida selvagem e à beleza natural. É uma preocupação relevante, mas captar esse tipo de energia é algo notável em um país cuja população duplicou em 25 anos e onde mais de 60% das pessoas ainda vivem sem eletricidade. Visite o recém-construído Olkaria Spa e banhe-se em águas ricas em minerais, produzidas a partir de vapores condensados, para ter uma ideia de como o parque pode combinar turismo e desenvolvimento no futuro.

    A área do parque é administrada pela comunidade da região, com caminhadas guiadas oferecidas pelo povo indígena maasai.

    Como chegar lá

    Hell’s Gate está localizado a cerca de 14 quilômetros da saída da estrada que liga Nairóbi a Naivasha. O trajeto de duas horas de carro a partir de Nairóbi é uma viagem em si, especialmente pela vista espetacular da Estrada de Escarpa do Grande Vale do Rift. Caso esteja preparado para negociar, terá a oportunidade de comprar lembrancinhas do Quênia dos vendedores ao longo do caminho. A estrada foi construída por prisioneiros de guerra italianos durante a Segunda Guerra Mundial e a pequena igreja também construída por eles vale uma visita.

    Viagem de fim de semana

    Hell’s Gate fica próximo de dois vulcões, Longonot e Suswa, e os dois rendem ótimas caminhadas durante o dia. Também está próximo do Parque Nacional do Lago Nakuru; nele, você poderá avistar os rinocerontes que não viu em Hell’s Gate, e do Lago Naivasha, onde é possível fazer um passeio de barco. Aquelas brilhantes faixas cor-de-rosa na beira do lago? Sim, são bandos de flamingos.

    Onde ficar

    Hell’s Gate conta com três áreas de acampamento: Endachata, Naiburta e Oldubai, onde você dormirá ouvindo o sinistro som das risadas das hienas e despertar cedo para um safári ao nascer do sol. A maioria dos animais é avistada nas primeiras horas da manhã e o parque estará banhado por uma luz dourada.

    Caso esteja à procura de um pouco mais de infraestrutura, aposte no Camp Carnelly, que fica a 15 minutos de carro da entrada do parque. Lá, é possível armar uma barraca nas margens do Lago Naivasha ou se hospedar em uma cabana sob acácias. Independentemente da sua escolha, relaxe no restaurante Lazy Bones, onde é possível tomar um gim-tônica e saborear samosas com recheios criativos. Ao lado, o Fisherman’s Camp oferece acomodações parecidas — e uma excelente pizza feita em forno à lenha.

    Considere opções no Airbnb caso prefira alugar um chalé rústico ou uma casa maior para um grupo de amigos (que talvez inclua o Pumba).

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