Lugares inesquecíveis: conheça 3 pontos de Los Angeles que são cenários de cinema
Também conhecida como a “cidade dos sonhos”, Los Angeles é um cenário a céu aberto para quem quiser visitar lugares eternizados em filmes e séries de sucesso. Siga este roteiro!
O skyline vibrante de Los Angeles.
Los Angeles divide com Nova York o posto de cidade mais famosa dos Estados Unidos para os brasileiros. Mas essa é uma das poucas características que as duas metrópoles têm em comum. Encravada no ensolarado estado da Califórnia, Los Angeles é mais ampla e colorida que Manhattan, esta última marcada por um skyline repleto de arranha-céus de vidro, aço e cimento.
A segunda maior cidade norte-americana foi fundada em 1781, quando um grupo de colonos composto por 14 famílias (cerca de 44 pessoas) de origens nativo-americana, africana e europeia, deixou o território onde atualmente fica o norte do México, cruzou o deserto e se assentou em uma comunidade agrícola na área. Essa pequena vila tinha o nome de "El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Ángeles de Porciúncula", o que posteriormente batizou a Los Angeles da atualidade, como conta o site oficial sobre L.A.
Toda essa efervescência cultural diversa, que pode ser vista desde o surgimento, permanece até hoje. De acordo com o Censo dos Estados Unidos de 2020, 39,4% da população do estado da Califórnia é formada por hispânicos, e essa característica está refletida também em L.A., que é uma das duas principais cidades do estado, ao lado de São Francisco.
Atualmente, cerca de 4 milhões de habitantes vivem em Los Angeles compartilhando uma cultura urbana bastante única, que tem praias e montanhas nos arredores, e vivendo sob a onipresente influência dos estúdios de cinema. Afinal, L.A. é a terra dos estúdios de Hollywood, a mais poderosa indústria cinematográfica do planeta. É também a “cidade dos sonhos”, como é conhecida, onde um desconhecido pode se tornar uma estrela, um roteirista anônimo vira um escritor famoso, e um diretor que teve a ideia de filmar batalhas interestelares se torna alguém premiado e mundialmente reconhecido.
Por isso mesmo, National Geographic preparou um roteiro para conhecer mais pontos da cidade ligados ao cinema e também à história de Los Angeles. Para além da obrigatória visita à Calçada da Fama, aproveite essas três escalas a seguir:
Primeira parada: a placa de Hollywood
Começar a conhecer Los Angeles pela mítica placa de Hollywood é uma boa opção por dois motivos: o viajante já confere, de cara, um dos mais importantes pontos turísticos locais e, ao mesmo tempo, tem a chance de olhar lá de cima para a amplitude de uma das metrópoles mundiais mais cheias de personalidade. Será quase irresistível a vontade de tirar fotos diante do letreiro, que já foi cena de incontáveis filmes e séries.
Símbolo máximo de Los Angeles: a histórica placa de Hollywood.
Construída em 1923, a placa fica localizada no Parque Griffith (um dos maiores parques municipais com vida selvagem urbana nos Estados Unidos, como explica o próprio site oficial da atração). Seu acesso pode ser feito através de trilhas e mirantes especialmente criados para a visitação.
Para quem quiser chegar mais perto do ponto turístico, o site oficial da atração oferece três tipos de caminhadas, com níveis diferentes de dificuldade e distância. O local é vigiado por câmeras 24 horas por dia e tem um posto da polícia por perto para dar auxílio a quem chega.
Mas vale fazer o tour durante o dia: o site oficial da atração reforça que o letreiro não se acende durante a noite. A placa escrita Hollywood fica no lado sul do Monte Lee, no Parque Griffith, localizado ao norte da Mulholland Highway.
Segunda escala: a Los Angeles Union Station
Los Angeles é uma cidade plana, mas também rodeada de montanhas. Suas ruas e avenidas largas são um convite para aterrissar no aeroporto LAX (que recebe voos diretos de São Paulo a L.A. com a Delta e operados pela Latam), alugar um carro e percorrer a metrópole em quatro rodas (já sabendo que vai enfrentar um certo trânsito).
Mesmo dentro desse cenário motorizado, a estação de trem Union Station é uma parada obrigatória, pois conta muito da história da cidade, que foi cenário para filmes de diversos gêneros.
A arquitetura impressionante da Los Angeles Union Station.
Concebida em 1933, mas inaugurada somente em 1939, a Union Station fez parte de uma espécie de era dourada do desenvolvimento ferroviário dos Estados Unidos, um país que atualmente se move muito mais por transporte automobilístico do que por trem. Além de ainda ser um importante ponto de chegada e partida, a Union Station também abriga cafés e restaurantes e uma arquitetura que vale ser vista.
A “última das grandes estações de trem”, como é conhecida segundo seu site oficial, foi desenhada por pai e filho arquitetos – John e Donald Parkinson – respeitando a herança hispânica da fundação de L.A. Pouco tempo depois de ser inaugurada, já funcionava sete dias por semana, 24 horas por dia, transportando milhares de pessoas sem parar de funcionar nem mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, completa o site.
Para entender qual é a importância da Los Angeles Union Station para o cinema basta olhar seu hall de entrada principal e descobrir quantos filmes neste cenário são capazes de vir a sua mente. Um deles, por exemplo, tinha Leonardo DiCaprio no papel principal.
Parada número três: Regency Village Theatre
Os letreiros brilhantes e a imponência da arquitetura do Regency Village Theatre fazem deste histórico cinema localizado em Westwood Village, na parte oeste de Los Angeles, um verdadeiro ícone da cidade.
Suas portas abriram no verão de 1931 sob o nome de Fox Westwood Village, como conta o site do próprio cinema, e desde então ele vem sendo palco para concorridas estreias cinematográficas. O Regency Village Theatre também é, de certa forma, um personagem de L.A., uma cidade que vive e respira cinema já que seu design único, de estilo mediterrâneo, foi assinado pelo arquiteto Percy Parker Lewis, um especialista em desenhar salas de cinema.
Ainda que tenha passado por diversas restaurações, o local mantém seu ar vintage e a enorme capacidade das salas de projeção – são 1.400 lugares – o que relembra a “Era de Ouro” de Hollywood (ocorrida entre os anos 1920 e 1960).
Pelas portas do Regency Village Theatre já passaram estrelas de cinema de todos os tempos, desde a nova-iorquina Barbra Streisand, passando por nomes populares e atuais como Sandra Bullock, Ryan Reynolds ou Jennifer Lopez.
Enquanto viaja rumo a Los Angeles com a Delta Air Lines, descubra 3 curiosidades sobre o cinema conectadas à cidade – e que talvez você não sabia:
1. Um dos filmes de maior bilheteria da história do cinema teve sua aguardada pré-estreia oficial em Los Angeles. Trata-se de “Vingadores: Ultimato”, cuja primeira e concorrida exibição pública oficial foi em 22 de abril de 2019, três dias antes de ser lançado no mundo todo. O longa-metragem de aventura foi exibido no Centro de Convenções de Los Angeles, conhecido por sua arquitetura em cristal e aço, as instalações tecnológicas e por abrigar alguns dos maiores e mais importantes eventos dos Estados Unidos.
2. As ruas de Bel-Air continuam sendo cenário para a ficção, como no caso da série que leva o mesmo nome do famoso bairro de classe alta de LA, localizado aos pés das Montanhas de Santa Mônica. A série “Bel-Air” é o remake de um grande sucesso do passado, a bem-humorada “Um Maluco no Pedaço” (1990-1996), estrelada pelo ator Will Smith na juventude. A nova versão, no entanto, modernizou a trama do jovem que deixa a casa da mãe na Filadélfia e vai morar com os tios milionários em Bel-Air e, com isso, discute temas como racismo, amizade e projetos de futuro. Lançada em 2022, “Bel-Air” tem duas temporadas.
3. Nem todo mundo sabe, mas nos arredores de Los Angeles se encontra um dos parques da Disney – o Disneyland Resort. Localizado a 40 quilômetros de L.A., o parque é menor que o localizado na Flórida, porém foi o único que o próprio Walt Disney conheceu. Isso porque ele foi inaugurado em 17 de julho de 1955, sendo o primeiro a retratar os personagens e os universos cinematográficos que ficaram conhecidos no mundo inteiro.