Os 7 lugares históricos na América Latina que você deve visitar pelo menos uma vez

Confira a lista de destinos latino-americanos que foram declarados de interesse cultural pela Unesco devido à majestade das paisagens ou ao valor histórico.

Vista aérea de Anorí, na Colômbia, um dos lugares mais ricos em espécies do mundo.

Foto de Federico Rios
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 15 de mai. de 2023, 16:47 BRT

O valor universal e excepcional de lugares únicos da América Latina fazem de certos destinos na região uma verdadeira riqueza em termos de biodiversidade e características históricas. 

Portanto, sua conservação é essencial, já que uma vez perdidos, eles possuem características irrecuperáveis, como adverte a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

Por esta razão, a inclusão destes locais na lista do património cultural mundial pela entidade da ONU (Organização das Nações Unidas) é uma ferramenta útil para ajudar as comunidades locais a enfrentar os desafios relacionados com as alterações climáticas, a urbanização e o desenvolvimento sustentável

Trata-se também um guia valioso para quem procura conhecer melhor a América Latina e não pode deixar de conhecer alguns de seus pontos altos. National Geographic listou lugares únicos, recomendados pela Unesco, para se visitar ao menos uma vez na vida. 

1. México: cidade pré-hispânica de Chichen Itza

Estátua de Chac Mool e pirâmide de El Castillo em Chichen Itza, Yucatán, México.

Foto de Paul Nicklen

Quando se fala em México, uma das principais atrações históricas locais é a mítica cidade maia de El Castillo, um edifício conhecido como Monumento ao Tempo, de acordo com o artigo "O que existe dentro da pirâmide de Chichén Itzá?", publicado em abril de 2023 por National Geographic.

El Castillo foi um dos mais importantes centros de atividade social da atual cidade de Yucatán, no México, ao longo de quase mil anos de história. Os maias e os toltecas deixaram vestígios da sua visão de mundo nas paredes de vários edifícios, colunas e monumentos que, hoje em ruínas, fazem parte do patrimônio cultural da humanidade desde 1988. 

2. Costa Rica: as esferas de pedra de Diquís

O segundo lugar histórico da lista está localizado no delta do rio Diquís, no sul da Costa Rica, onde se conservam provas do sistema social, econômico e político que prevaleceu no período histórico do país entre os anos de 500 e 1500, segundo a Unesco. 

Entre túmulos e sepulturas, estão conservadas uma série de pedras esféricas entre 0,7 e 2,5 metros de diâmetro, cuja fabricação, utilização e significado continuam a ser um completo mistério para os arqueólogos costa-riquenhos. 

As esferas são surpreendentes pela perfeição das suas formas, quantidades e tamanhos; e é por esta razão que, desde 2014, fazem parte da lista do património cultural mundial

(Descubra: Quando e como foi descoberto o fogo: a verdade sobre essa história)

3. Colômbia: parque ecológico de San Agustín

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    No final da Cordilheira dos Andes, no norte da América do Sul, existe uma região de 116 hectares no departamento de Huila, na Colômbia, onde se conserva a maior colecção de monumentos religiosos e esculturas megalíticas de toda a América do Sul, segundo a Unesco. 

    As obras de arte localizadas no parque ecológico de San Agustin representam deuses e animais míticos das culturas que habitaram a região entre os séculos 1 e 8. Foram declaradas património cultural pela Unesco em 1995 porque simbolizam a capacidade das sociedades pré-hispânicas de criar e exprimir, na pedra e na terra, a sua forma única de organização social e de cosmovisão. 

    4. Peru: a cidade de Cusco

    Paredes de pedra traçam o contorno de Vitcos, um dos últimos refúgios dos governantes incas, Rosaspata, Vilcabamba, Cusco, Peru.

    Foto de Robert Clark

    Os incas celebravam as suas festividades religiosas e políticas na antiga metrópole peruana de Cusco até que, no século 16, os conquistadores espanhóis sitiaram a cidade para construir igrejas e palácios reais sobre as ruínas dos templos incas. 

    Segundo a Unesco, a comunidade inca demarcou claramente as áreas destinadas à produção agrícola, artesanal e fabril em toda esta região, que abrange um total de 148 hectares no atual Peru, no coração dos Andes, a 3.400 metros acima do nível do mar.  

    5. Brasil: a área de Conservação do Pantanal

    O Brasil inaugurou seu primeiro local de importância histórica na lista do patrimônio da Unesco a ser reconhecido pelos seus 187 mil hectares de área natural protegida com o Pantanal. 

    O bioma representa 1,3% do pântano brasileiro, uma das maiores zonas úmidas de água doce do planeta, também conhecida pela vasta fauna e vegetação que preserva. 

    Entre outros critérios considerados pela organização internacional para o Pantanal ser incorporado como patrimônio cultural no ano 2000, destaca-se a importância do vasto pântano para a conservação da diversidade biológica do Brasil. Isso porque cerca de 80 espécies de mamíferos, 650 tipos de aves, 50 espécies de répteis e 300 variedades de peixes vivem nessa região, uma das mais singulares do planeta. 

    (Pode estar interessado em: O que é a biodiversidade e como pode ser protegida?)

    6. Bolívia: a cidade histórica de Sucre

    A cidade de quatro nomes (Charcas, La Plata, Chuquisaca, Sucre) foi a primeira capital da Bolívia, fundada pela colônia espanhola no século 16. Por isso, a atratividade da cidade é realçada pela mistura de tradições arquitetônicas locais com estilos europeus importados e que podem ser vistos nas igrejas fundadas nessa época. 

    Sucre surgiu das terras dos Yampara, grupo indígena da confederação dos Charcas, na Bolívia, por volta de 1538, com o nome de "Ciudad de la Plata de la Nueva Toledo". Em 1839, a cidade foi rebatizada como tal em homenagem a António José de Sucre, líder da independência do país andino. É um testemunho histórico do período colonial do país, conclui a Unesco. 

    7. Argentina: a Quebrada de Humahuaca

    Situada na província de Jujuy, no norte da Argentina, a Quebrada de Humahuaca é um vale montanhoso que forma um corredor natural de 155 quilômetros de comprimento através do qual corre o rio Grande de Jujuy. Esta região é uma prova substancial de que ali existiu uma rota comercial durante os últimos 10 mil anos. 

    Entre seus sedimentos foram encontrados vestígios de povoações nômades, comunidades agrícolas primitivas e povos pré-hispânicos. Integra o itinerário cultural denominado Caminho Inca (Qhapac Ñan, segundo a língua quechua) até as ruínas de Machu Pichu, no Peru, razão pela qual foi declarado Património Mundial da Unesco em 2003. 

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