Descobertos fósseis de pinguins com tamanho de um ser humano

Os cientistas acreditam que o pássaro de 55 milhões de anos seria de uma altura equivalente à nossa.

Por Redação National Geographic
Publicado 15 de dez. de 2017, 10:54 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT

Os restos fossilizados de um pinguim gigante foram encontrados em Hampden Beach, no sul da Nova Zelândia. Os fósseis, acreditam os pesquisadores, são de uma espécie de pinguim antiga, com 100 kg e que tinha de 1,75 a 1,80 m de altura, tamanho que se equivale a um ser humano. A espécie recém-descoberta é chamada de Kicimanu biceae e é derivada das palavras locais para "monstro" e "pássaro".

Acredita-se que a espécie tenha vivido durante a época Paleocena há 55 milhões de anos, tornando-se o fóssil de pinguim mais antigos já descoberto.

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    Reconstrução artística da Kumimanu biceae em comparação com um mergulhador humano.
    Courtesy Senckenber

    Os cientistas estimaram o tamanho do pinguim com base nos restos fossilizados das asas e os ossos das pernas encontrados na rocha sedimentar. Os pesquisadores publicaram recentemente suas descobertas no periódico Nature (em inglês), mas não é a primeira vez que os restos de pinguins antigos foram encontrados. Os fósseis com datação de 25 milhões de anos foram encontrados na Nova Zelândia, e alguns com datação de 30 milhões de anos foram encontrados no Peru.

    Esses outros fósseis de espécies antigas de pinguins indicam que esses animais tinham bicos mais longos do que seus parentes modernos, e que provavelmente usavam como lança para caçar peixes.

    Os pinguins Kumimanu tinham nadadeiras, e provavelmente se sentavam eretos como os pinguins modernos. Mas eles não tinham a cor branca e preta familiar de hoje, em vez disso, suas penas eram castanhas.

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      O esqueleto parcialmente preparado do pinguim gigante do Paleoceno, Kumimanu biceae. Os retângulos enfatizam o úmero e um osso da cintura escapular (coracoide), que são mostrados separados do agrupamento ósseo original.
      Foto de Senckenber, Cortesia

      Os cientistas especulam que o Kumimanu foi extinto há cerca de 20 milhões de anos, logo que grandes animais marinhos entraram em seu ecossistema. Os animais marinhos com dentes de grandes dimensões, como focas ou baleias, podem ter competido por comida na área ou consumido os pinguins gigantes como presas.

      Quando a Antártica e a Nova Zelândia eram subtropicais, os pinguins teriam compartilhado o mesmo ambiente que tubarões, tartarugas e outras aves marinhas.Os cientistas acreditam que os pinguins são descendentes dos corvos-marinhos, um grupo de aves aquáticas que persistem até hoje, e depois evoluíram e se espalharam. O asteroide que eliminou dinossauros e répteis marinhos abriu caminho para pássaros de mergulho marítimo como corvos-marinhos e pinguins.

      O úmero (topo) e um osso da cintura escapular (coracoide, inferior) do pinguim gigante do Paleoceno, Kumimanu biceae, em comparação com os ossos correspondentes de um dos maiores pinguins fósseis conhecidos até hoje (Pachydyptes ponderosus do Eoceno na Nova Zelândia) e os de um imperador Pinguim.
      Foto de Senckenber, Cortesia

      Esta história foi atualizada por  Sarah Gibbens e originalmente publicada por National Geographic Australia.

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