Conheça 4 dos animais mais diferentes da América Latina
A enorme biodiversidade dos países dessa parte das Américas guarda animais que têm características bastante peculiares. Conheça alguns deles.
Peixe-morcego nos mares da Venezuela.
A América Latina abriga alguns dos ecossistemas mais biodiversos do planeta. Seja na Floresta Amazônica, na gelada Patagônia ou em algum dos milhares de arquipélagos que rodeiam as terras desta parte do planeta, existem animais com características que chamam a atenção por sua singularidade – e fazem da região o seu habitat. Conheça quatro dos bichos latinoamericanos mais “fora da curva”:
Pichiciego-menor, um tatu com carapaça rosada
O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus) é uma espécie de tatu que mede pouco mais de 10 centímetros e passa a maior parte de sua vida escavando embaixo da terra. De acordo com o artigo Orelha média do pichiciego-menor Chlamyphorus truncatus: comparação com parentes do tatu por meio de tomografia computadorizada (2020), do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), o animal é um dos menores tatus do mundo e uma das espécies mais raras de mamíferos da América do Sul
A espécie é encontrada nas planícies da Argentina e, por conta da sua carapaça rosada que cobre seu pelo branco, também é conhecido como Pink Fairy Armadillo (Tatu Fada-Rosa, em tradução livre).
O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus) é uma espécie de tatu que mede pouco mais de 10 centímetros.
Peixe-morcego de Galápagos, um peixe que “caminha”
Segundo o Galapagos Conservation Trust (Fundo de Conservação de Galápagos, na tradução livre), fundo beneficente com 25 anos de experiência em programas de conservação no arquipélago, o peixe-morcego de Galápagos – ou peixe-morcego de lábios vermelhos – é “uma criatura bizarra endêmica das Ilhas Galápagos que caminha em vez de nadar e parece que está pronto para uma noite na cidade.”
A definição ocorre pela coloração vermelha vibrante – quase fluorescente – de seus lábios que se destacam entre os marrons, pretos e brancos de seu corpo. Segundo a entidade, o peixe habita águas profundas e também é considerado peculiar por ter “pseudo-pernas”. Elas nada mais são do que as nadadeiras do peixe-morcego, que são adaptadas para impulsioná-lo no fundo do oceano.
Peixe-morcego nos mares da Venezuela.
Urutau-grande, um pássaro de canto assustador
O urutau-grande (Nyctibius grandis) é uma ave da família Nyctibiidae, também conhecida como família dos urutaus, e que pode ser encontrado em quase toda a América do Sul – da Guatemala, ao Paraguai, Peru e por todo o Brasil.
Segundo o “Manual das Aves do Mundo”, uma série em vários volumes produzida pela editora espanhola Lynx Edicions em parceria com a BirdLife International, esta é a maior espécie da família. O urutau-grande pode ter de 45 e 57 centímetros de comprimento, pesar entre 360 e 620 gramas e sua envergadura de asa chega a um metro.
Sua peculiaridade, porém, esta em sua boca descomunal e canto característico, que chega a ser considerado assustador. Por ser uma ave noturna, o urutau também é conhecido localmente como “mãe-da-lua" ou “chora-lua”, e é um pássaro que carrega muitas superstições, sendo considerado sinal de mau agouro ou má sorte.
Urutau, pássaro de canto assustador, no Brasil.
Mara da Patagônia, um roedor que pula, anda e galopa
As maras da Patagônia são roedores de pernas traseiras longas, com corpos alongados e pernas dianteiras finas similares a animais com cascos. Esses animais, que parecem uma montagem entre partes de uma capivara, coelho e antílope, habitam o centro e sul da Argentina, na região da Patagônia, segundo informações do Instituto Nacional de Conservação Zoológica e Biológica do Museu Smithsonian (Estados Unidos).
Lebre ou mara patagônica (Dolichotis patagonum) em uma reserva de animais.
As maras chegam aos 70 centímetros de comprimento, com uma cauda de 4 a 5 centímetros e pesam entre 8 a 16 kg. Esses animais também podem se mover de várias maneiras. Eles podem andar, pular como um coelho, galopar ou trotar.