Peixe-boi-da-amazônia
Caçados por por sua carne, gordura e pele, a menor entre todos as espécies de peixes-bois viu sua população declinar consideravelmente no último século.
- Nome comum: Peixe-boi-da-amazônia
- Nome científico: Trichechus inunguis
- Tipo: mamífero
- Dieta: herbívoro
- Tempo de vida médio na natureza: 60 anos
- Tamanho: 2,75 metros
- Peso: 420 kg
- Status de ameaça: vulnerável
- Tendência populacional: declinando
O peixe-boi-da-amazônia é o menor entre todos as espécies de peixes-bois e vive em grande parte dos rios da bacia Amazônica. No entanto, ele não é encontrado acima de regiões com corredeiras. Tem uma coloração acinzentada na parte de cima e manchas que variam entre cinza claro, branco e rosado na barriga. A cauda é comprida e arredondada e, ao contrário de outros peixes-bois, não tem unhas na ponta das nadadeiras. Ao longo do ano, o comportamento do peixe-boi-da-amazônia varia conforme as estações de cheia e seca. Na cheia, prefere várzeas e áreas alagadas, sempre com águas superiores a 23ºC. Na seca, migra para lagos e canais profundos. Não há consenso sobre se esse movimento está relacionado apenas com a busca por alimentos, mas fato é que precisam consumir 8% do seu peso em plantas aquáticas e semiaquáticas todo dia: 50 espécies diferentes já foram identificadas no cardápio.
Até onde se sabe, a espécie é solitária na maior parte do tempo. Eles já foram avistados em grupos, mas em geral o máximo observado é uma mãe acompanhada do filhote. A gestação, aliás, dura 12 meses. Normalmente, apenas um pequeno peixe-boi nasce. Ele mama durante dois anos e as glândulas mamárias ficam localizadas nas axilas do animal.
Há uma lacuna de conhecimento sobre a espécie. Isso se deve à dificuldade em observá-los em seu habitat. Uma consequência desse fato é a dificuldade em estabelecer uma estimativa populacional, assim como de entender se o número de peixes-bois-da-amazônia está em ascendente ou decrescente. De qualquer forma, eles são caçados para alimentação desde o período colonial: apenas ente entre 1935 e 1954, entre 80 mil e 140 mil peixes-bois-da-amazônia foram mortos por sua carne, gordura e pele. Mesmo que essa prática tenha se tornado mais rara, a espécie hoje sofre com a perda de habitat, poluição e captura acidental em redes de pesca.