O que é e para que serve o ChatGPT

Conheça a capacidade do novo modelo de inteligência artificial que promete revolucionar o setor e já se tornou um fenômeno no mundo da tecnologia.

O ChatGPT é um modelo irmão do InstructGPT, que é treinado para seguir uma instrução em um prompt e fornecer uma resposta detalhada.

Foto de ChatGPT InstructGPT
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 23 de jan. de 2023, 17:21 BRT

Quem já tentou conversar com um assistente virtual sabe como a experiência de comunicação com chatbots pode ser limitada. Mas uma nova tecnologia promete revolucionar a experiência de conversação através de sistemas de inteligência artificial que estão sendo considerados revolucionários.

Trata-se do ChatGPT, um modelo de rede neural desenvolvido pela OpenAI, empresa fundada em 2015 nos Estados Unidos por Sam Altman e Elon Musk (que se desligou dela em 2018). O ChatGPT é, basicamente, um robô virtual (um chatbot), mas com muito mais potencial de execução de tarefas. 

O programa foi lançado no mercado em novembro de 2022 e segundo a empresa desenvolvedora, a ferramenta é treinada para interagir de forma a proporcionar a experiência mais próxima de uma conversação humana. A ferramenta pode ser testada gratuitamente neste link

Isso significa que, entre as possibilidades de uso, o ChatGPT pode gerar textos em diversos estilos, traduzir para vários idiomas, responder perguntas e entregar ao usuário desde respostas simples até  a geração de textos longos e poéticos. Ele também pode ajudar em tarefas como redação, pesquisa e atendimento ao cliente. 

(Relacionado: Como a inteligência artificial pode ajudar a solucionar as mudanças climáticas)

Como funciona o ChatGPT 

O ChatGPT foi criado a partir da técnica de inteligência artificial conhecida como  Aprendizagem por Reforço de Feedback Humano (RLHF, na sigla em inglês). Segundo a OpenAI, o processo de treinamento da ferramenta consiste em alimentar o chatbot com um grande conjunto de dados de texto e, em seguida, usar esses dados para que ele aprenda padrões dentro do idioma. 

(Você pode se interessar: Reconhecimento facial com máscara já é uma realidade – gostemos ou não)

Para isso, os treinadores humanos de IA realizaram conversas em que participavam dos dois lados, tanto do usuário (pergunta) quanto como se fossem o assistente virtual (respostas). Depois de diversas interações, os treinadores classificam as melhores conversas para que a ferramenta aprenda a gerar textos semelhantes. 

Quais são as limitações do ChatGPT

Apesar de impressionante, a ferramenta de inteligência artificial ainda tem limitações. A própria empresa que a criou lista os seguintes problemas:

  • O ChatGPT pode escrever respostas que parecem plausíveis, mas incorretas ou sem sentido. 
  • A ferramenta é sensível a ajustes na frase de pergunta inicial ou várias tentativas do mesmo da mesma pergunta. Por exemplo, dada a formulação de uma frase, o chatbot pode alegar não saber a resposta, mas com um pequeno ajuste no texto, pode responder corretamente.
  • Geralmente, o ChatGPT é excessivamente detalhado e usa certas frases, como reafirmar que ele é uma ferramenta de linguagem treinada.
  • Idealmente, a inteligência artificial faria perguntas esclarecedoras quando o usuário fornecesse uma consulta ambígua. Em vez disso, o bot atual geralmente adivinha o que o usuário pretendia dizer. 

ChatGPT: uma inteligência artificial tão surpreendente quanto preocupante

A capacidade da ferramenta de dar respostas precisas e coerentes em uma simulação quase fiel de textos escritos por humanos é impressionante. Entretanto, preocupações foram levantadas sobre os possíveis usos inadequados da IA. 

Mas de acordo com a OpenAI, o ChatGPT pode responder a instruções prejudiciais ou exibir um comportamento tendencioso, o que é visto como algo problemático. Por exemplo, o bot poderia elaborar rapidamente um rascunho de malware (software malicioso tipicamente usado para ataques hacker) se for solicitado. 

Produção de notícias falsas e fraudes em trabalhos acadêmicos são outros pontos que preocupam. Segundo artigo recente publicado no jornal The New York Times, alguns professores de universidades e escolas estão revendo métodos de avaliação de textos para evitar trabalhos feitos por essa inteligência artificial. 

Segundo a desenvolvedora da tecnologia, esforços têm sido feitos para que o chatbot recuse estas solicitações inapropriadas.

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