Ancestral humano de 3,6 milhões de anos é revelado ao público

A montagem do "Pé Pequeno", o esqueleto hominídeo mais antigo já encontrado na África Austral, foi um esforço que demorou mais de 20 anos.

Por Elaina Zachos
Publicado 11 de dez. de 2017, 13:14 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Australopithecus prometheus Little Foot - Pé Pequeno
O crânio do Australopithecus prometheus, conhecido como "Pé Pequeno", está em exibição agora.
Foto de Mujahid Safodien, AFP, Getty

Pela primeira vez, um esqueleto quase completo de 3,67 milhões de anos foi divulgado (em inglês) ao público.

Em 6 de dezembro, um fóssil de Australopithecus chamado "Pé Pequeno" foi exibido no Hominin Vault no Instituto de Estudos Evolutivos da Universidade do Witwatersrand em Joanesburgo, África do Sul. Os restos mortais foram limpos e reconstruídos para revelar um esqueleto que contém mais de 90 por cento de seus ossos intactos, exceto por partes de seus pés, pélvis e patelas (em inglês).

"Ele tem várias primeiras vezes," Ron Clarke, um paleoantropólogo que contribuiu com a descoberta, conta a Eyewitness News."É o primeiro esqueleto adulto completo, é o primeiro esqueleto que tem um braço completo, e uma perna completa em um indivíduo que pode ser comparado, e é o mais antigo na África Austral".

Pé Pequeno foi investigado extensivamente desde que Clarke encontrou quatro de seus fragmentos de pé enquanto cavava uma caixa de ossos animais nas Grutas de Sterkfontein, na África do Sul, em 1994, e enviou outros pesquisadores para lá em julho de 1997 para procurar pistas. A partir disso, os pesquisadores trabalharam arduamente para escavar e preparar os fósseis para sua exibição atual.

Clarke, juntamente a outros especialistas internacionais, em breve, lançará mais de 25 artigos científicos sobre a pesquisa. Os resultados deverão ser publicados no próximo ano.

Esqueletos fossilizados são uma descoberta rara, e esqueletos completos são praticamente inéditos. Com sua datação de quase 4 milhões de anos, Pé Pequeno rivaliza com Lucy, que é o esqueleto mais conhecido, da África Oriental. Lucy tem cerca de 3,2 milhões de anos, está 40% completa e não tem a cabeça. "Esta é uma das mais notáveis descobertas fósseis feitas na história da pesquisa de origens humanas", afirma Clarke em um comunicado para imprensa. "E é um privilégio revelar hoje a descoberta dessa importância".

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