Curiosidades do Egito: mitos, deuses e os segredos das pirâmides

A cultura do Antigo Egito ainda é um mistério. Especialistas refletem sobre quais eram as principais deidades, como é a lenda da origem desses deuses e como construíram e o que representam as pirâmides.

Pirâmides de Gizé, nos arredores de Cairo, Egito. A antiga cultura egípcia segue sendo um mistério em várias partes. Especialistas refletem sobre quais eram as principais deidades em suas crenças, o que contam as lendas de seu surgimento e como construíram e o que representam as pirâmides, que tanto fascinam o mundo.

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Por Redação National Geographic
Publicado 28 de mar. de 2022, 12:00 BRT

O Egito é berço de inesgotáveis mitos e fontes de fascinação. O valor histórico da sua cultura já serviu de inspiração para documentaristas, diretores, artistas e cientistas em diversas produções. No entanto, apesar da vastidão dos seus atrativos, duas temáticas são recorrentes entre quem busca alimentar a curiosidade que os egípcios despertam: a mitologia e suas imponentes pirâmides.

Detalhe do templo de Kom-Ombo no rio Nilo, Egito.

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Introdução à mitologia do Antigo Egito

O Guia mitológico do Antigo Egito – da historiadora de arte da Universidade de Málaga, na Espanha, Raquel García García – descreve a mitologia egípcio como "realmente extensa e com numerosas variantes”.

Em sua origem, relata o texto, “a capital de cada um dos 42 nomos, ou condados, do Egito parece ter sido a sede de uma divindade ou grupo de deuses, que eram mestres e patronos do condado e cultuados até o fim do período antigo”.

Para a autora, quanto mais nos aproximamos da condição original do Egito, mais nos deparamos com indícios de que a religião “era um interminável politeísmo, que nem sempre seguia uma base animista”. 

“Ao falar de mitologia, estamos nos enquadrando na religião do Antigo Egito, que se expressa de uma forma mitológica. Ou seja, há uma série de relatos sobre Deus”, explicou durante uma vídeo-chamada com a reportagem da National Geographic o pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet) Marcelo Campagno, doutor em história pela Universidade de Buenos Aires e especialista em assuntos sobre os estados primários e egiptologia. 

Entretanto, o cientista argentino sustenta que não há na mitologia egípcia algo como um texto único (como é o caso das religiões monoteístas), mas muitas histórias – lendas – que foram mudando ao longo dos tempos.

Apesar da complexidade da mitologia egípcia, o especialista esclareceu que os documentos que os pesquisadores têm acesso expressam a religiosidade da elite. Em contrapartida, os pensamentos dos camponeses, que eram a maioria da população egípcia, não tiveram a mesma difusão. 

Os quatro deuses principais do Antigo Egito

“Há um mito central que agrega uma grande quantidade de histórias: a do rei, identificado como um deus particular, Hórus, que, por sua vez, se articula com diversos deuses em uma série de relatos fundamentais para entender a religião e política” do Antigo Egito, afirma Campagno. 

Desse mito central do rei, representado por um drama mitológico, se desprende um quarteto composto por Ísis, Osíris, Seth e Hórus como os deuses protagonistas da cultura egípcia. 

“É a história mítica mais importante da cultura egípcia, porque representa o drama da herança real. Ou seja, quando um rei é morto por um parente, quem deve receber a herança do trono?”, explica Campagno. Para o pesquisador, esse conjunto místico de Osíris, Ísis, Hórus e Seth é quase onipresente. “Apesar disso, ao longo das épocas, os deuses centrais vinculados à realeza são diferentes em determinados períodos.” 

Por sua vez, Victor Vilar, professor de filosofia, egiptólogo e diretor da Fundação Sophia do México, destaca que “provavelmente, cada localidade no Egito tinha seu próprio deus e, de fato, existe uma série de locais em que existe um Deus com o mesmo nome, mas que não sabemos mais nada dele”, em entrevista por vídeo-chamada à National Geographic. 

O que mais conhecemos do mundo egípcio, conta Vilar, são aqueles deuses que tiveram uma maior influência em todo o território ou que estavam vinculados ao poder monárquico. 

“O deus do sol Rá ou Ré, por exemplo, estará ligado ao rei, porque ele é seu filho. Então, será patrono da realeza tal qual Hórus”, detalhou.

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      Templo de Isis de Philae, perto da cidade de Aswan, Egito.

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      O mito da criação na mitologia egípcia

      Mas afinal, quem são Osíris, Ísis, Seth e Hórus e como eles surgiram? Segundo conta Raquel García García em seu Guia, existem três teorias sobre a criação na perspectiva egípcia. 

      Rá deu a luz a dois deuses, Shu e Geb, e a duas deusas Tefnet e Nut. Shu e Tefnet deram origem à atmosfera, se serviram de Geb, que se transformou em terra, e elevaram Nut, que, por sua vez, virou o céu. 

      Rá era o regente sobre todas as coisas. Posteriormente, Geb e Nut tiveram dois filhos: Seth e Osíris; e duas filhas: Néftis e Ísis. Osíris acabou por suceder Rá como regente supremo, o que gerou a inveja de Seth.

      “Geb, a terra, e Nut, o céu, ficam separados por seu pai Shu, o ar, durante 360 dias. Graças a um jogo, o deus Thot consegue ganhar cinco dias durante os quais Geb e Nut puderam se unir, gerar e dar a luz a quatro filhos: Osíris, Seth, Ísis e Neftis, que nasceram nesta mesma ordem”

      por RELATO DE PLUTARCO
      CITADO POR TERESA BEDMAN GONZÁLEZ

      Versões alternativas do mito da criação

      Sobre essa teoria, Campagno explica que o mito da criação revela a importância do parentesco como forma de organização social no Antigo Egito. Para o cientista, o fato dos deuses serem familiares uns dos outros fala muito da percepção dos laços sociais dos egípcios.

      A segunda teoria sobre a criação do mundo conta que o deus Khnum, representado com uma cabeça de carneiro, e sua esposa Heqet, de corpo humano e cabeça de sapo, foram os primeiros deuses a existir. Eles confeccionaram os homens e criaram os deuses, assim como também moldaram os animais e plantas. 

      “Conta a lenda que ele dava forma aos recém-nascidos antes de colocá-los no ventre de suas mães e que ajudava a rainha do Egito no momento de dar à luz o futuro faraó”, descreve a obra de García García. 

      Finalmente, elenca o auts, “a terceira teoria conta que Ptah foi um dos criadores do mundo, concebendo os homens, os animais e as plantas primeiro em seu coração. Para os egípcios, o coração carrega o pensamento, a inteligência e os sentimentos”. Em seguida, pronunciando seus nomes, deu vida aos seres e as plantas. 

      Osíris, Ísis e Seth: a tríade fundamental do Egito

      “As tríades de deidades, muito comuns em épocas distintas, sempre são compostas por pai, mãe e filho. Neste caso, a referência seria Osíris, Ísis, Seth e, mais tarde, Hórus. Todos esses deuses formam parte da narrativa sobre a origem e surgimento de uma realeza totalmente estruturada na base do parentesco”, contou Marcelo Campagno sobre a história mitológica que essas deidades protagonizam. 

      Segundo detalha García García em seu livro, “Osíris foi um deus originalmente local da cidade de Dêdet, no Delta do Nilo, cujo símbolo era pilar com projeções circulares de várias cores. Ele era a divindade da morte, patrono das almas falecidas, rei do mundo inferior e senhor da ressurreição e da nova e eterna vida”. 

      Por sua vez, Ísis, esposa e irmã de Osíris, simboliza o céu como esposa e mãe do Sol. As representações dela a mostram com asas no lugar dos braços, às vezes com um trono sobre sua cabeça ou ostentando um um cocar em forma de abutre com as asas abertas que recaem sobre ambos os lados do rosto. 

      Já Seth é caracterizado, segundo a especialista, “como o adversário da tríade”, sendo comumente colocado como o direto oposto de seu irmão, Osíris. Também conhecido como “Senhor do sul”, Seth era costumava ter uma aparência marcada por orelhas grandes e nariz pontiagudo, podendo representar vários animais que viviam do Antigo Egito. “Sua representação de forma animal deixava até os antigos egípcios perplexos, mesmo que ele também aparecesse com forma humana.” 

      Seth, filho de Nut, era uma deidade honrada especialmente pelos soldados, que o adoravam por seu caráter implacável, sua força e frieza. 

      Por fim, “Hórus é uma deidade relacionada ao Sol, representada com a cabeça de um falcão. Filho se Osíris e Ísis e marido de Hathor. O culto a Hórus era tão generalizado que o hieróglifo do falcão passou a ser um signo clássico para designar deidades masculinas. Seu nome parece significar “o muito alto”.

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        Entrada, com falésias e montanhas, do Templo Mortuário da Rainha Hatshepsut, também conhecido como Djeser-Djeseru. Localizado no complexo de Deir Elbari, na margem ocidental do rio Nilo, perto do Vale dos Reis, Luxor, Egito.

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        Curiosidades do Egito: a rivalidade entre Osíris e Seth

        “Segundo a lenda, Osíris nasceu no primeiro dos cinco dias que encerram o ano e que eram considerados sagrados. Ele nasceu ao lado de sua irmã gêmea e esposa Ísis. Seu irmão mais velho Seth ficou com ciúmes dele, perseguiu-o e posteriormente o matou. Sua esposa o encontrou no deserto ou em um rio – as versões variam – e o ressuscitou com algum tipo de magia”, resume a autora em seu livro. 

        Mais adiante, o Guia Mitológico do Antigo Egito conta que (de acordo com outras versões) a deusa descobre que Seth havia despedaçado o corpo de Osíris em 14 partes. 

        No entanto, graças à ajuda de Anúbis ou Thoth, Ísis concebeu Hórus do cadáver de seu marido temporariamente de volta ao mundo dos vivos. “Com o bebê nos braços, Ísis voa para se proteger de Seth até os verdes arbustos da salva. Diferentes deuses e deusas, como Neftis e Thot, a ajudaram e a protegeram, alimentando-a junto ao pequeno Hórus. Ao crescer, o filho vai em busca de seu tio para se vingar. Na grande batalha, Seth é derrotado”, reconstrói em seu texto García García. 

        A dualidade na mitologia egípcia

        Uma das questões filosóficas que surgem deste mito é: existem os conceitos de maldade e bondade no mundo egípcio?

        Segundo Vilar, o Egito é um país de dualidades e esse universo dual era muito marcado na vida cotidiana de seus cidadãos. “Por exemplo, o dia e a noite, a margem oriental e a ocidental do Nilo, onde nasce o Sol e onde ele se põe, o alto e o baixo Egito”, enumera o egiptólogo. 

        O que acontecia era que, quando observavam a natureza, uma das coisas que distinguiam é que havia uma parte fértil e outra desértica, “ambas em uma contínua dança”.

        De acordo com Vilar, essa mesma observação da natureza propiciou o elemento dual mítico de Seth e Osíris. Quer dizer, Osíris é a fertilidade e Seth, o deserto. 

        “A cada ano Seth tenta roubar territórios do irmão, seca a terra, a mata. Osíris, com seu poder fecundo e com as lágrimas de Ísis que formam o Nilo, retorna a vida à terra”, explica Vilar. 

        “Os mitos que nos falam das lutas entre Osíris, Hórus e Seth se tornaram conhecidas sobre a imagem distorcida do espelho grego, da mão de Plutarco e Diodoro. Recordemos que o conceito de bem e mal é uma invenção grega e não egípcia, afirma a escritora e pesquisadora de egiptologia Teresa Bedman González no documento O mito do deus Seth publicado pelo Instituto de Estudos do Antigo Egito e armazenado digitalmente pela biblioteca virtual Miguel de Cervantes. 

        O que representam Osíris e Seth

        “Osíris é o deus da fertilidade, da agricultura e da navegação. Seth vai ensinar aos homens como caçar no deserto, sobreviver e guerrear. Ambos os aspectos se complementam e, por isso, há um símbolo conhecido como Sema-tauy ou Sema-taui, que representa a união das duas terras a partir da imagem de duas plantas que convergem no centro, onde, às vezes, aparece a imagem de Hórus – filho de Osíris e a representação da vida, do renascimento – espelhada a uma imagem de Seth. Ambos são os dois complementos do Egito”, enfatizou Vilar. 

        Essa mesma dualidade entre Osíris e Seth é projetada com a aparição de Hórus. Para o pesquisador argentino, “o princípio de Seth além da maldade é a turbulência, enquanto Hórus traz a ordem, o estável”. 

        O que representa o deus Rá

        Na cultura egípcia, o Sol permeia todos os aspectos da vida cotidiana. Por isso, um dos deuses centrais do Egito antigo é Rá. “O deus Rá está vinculado ao rei no sentido de que o rei é visto como filho de Rá. Assim, esse deus é colocado como patrono da realeza, tal como Hórus”, disse Vilar. 

        O deus solar é considerado uma deidade criadora. “Ele se manifestava de diferentes formas, um homem com cabeça de falcão, com um círculo representando o Sol sob ou atrás de sua cabeça e rodeado por uma cobra. Em seu renascimento, pela manhã, ele se transforma em Khepri, o deus nascente, com cabeça de escaravelho”, destaca García García em seu livro.  

        A Lua na mitologia egípcia

        A Lua também tinha seu próprio deus representante: Jonsu ou Khonsu. O Guia Mitológico do Antigo Egito relata que tal deus lunar era representado, geralmente, por uma forma humana com o cabelo arrumado em um cacho lateral indicando juventude. O texto também esclarece que Jonsu podia ser associado a uma forma de múmia, assim como Hórus, Ptah ou Thot. 

        Em quanto ao significado, García García revela que Khonsu “parecia representar o vagabundo, o errante”. 

        “A palavra Khonsu é difícil de entender literalmente, mas, para alguns egiptólogos, seu significado é algo como a placenta do rei, representada pela Lua. É onde o rei foi gerado, ou seja, o momento antes de nascer”, conta Vilar. “Está relacionado com a Lua porque ele se vincula a esse processo oculto no qual em seguida emerge o Sol. Na mitologia, o Sol é engolido pela deusa Hathor para depois ser parido por ela. A Lua é o elemento em que o Sol se esconde antes de nascer." 

        Para Campagno, “o nome de Khonsu vem do verbo genes que significa atravessar uma distância. Os egípcios eram uma sociedade tremendamente solar e, mesmo que a Lua tenha sua simbologia, tinha um lugar inferior com relação ao Sol”.

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          O Nilo é um grande protagonista da mitologia egípcia. Nesta imagem se observa a margem ocidental do rio.

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          Qual é a origem das pirâmides do Egito

          As pirâmides do Egito são, sem dúvidas, umas das maravilhas do mundo que mais fascinaram a humanidade ao longo da história. A perfeita forma triangular, as técnicas utilizadas e os mitos que envolvem as construções são mistérios que perduram por gerações. 

          Segundo o livro As pirâmides do Egito: Introdução ao seu estudo e técnicas de construção, do egiptólogo e ex-presidente da Associação Espanhola de Egiptologia, Rafael Agustí Torres, “é muito possível que, para a grande maioria das pessoas no mundo, a primeira imagem que apareça na mente ao ouvir a palavra Egito seja a das grandes pirâmides de Gizé”.

          Agustí Torres conta como, desde muito séculos atrás, essas três grandes pirâmides construídas durante a quarta dinastia por Quéops, Quéfren e Miquerinos foram consideradas, em seu conjunto, como a primeira das sete maravilhas do mundo antigo. 

          Entretanto, continua o livro, “existem muitas outras pirâmides no Egito”. Segundo os últimos dados levantados pela obra de Agustí Torres, são mais de 100. 

          Apesar de todas as dúvidas que cercam a arquitetura, o certo é que o significado é um dos aspectos mais destacados. 

          “Existem duas linhas da mitologia que, sozinhas, já são relevantes. A primeira entende que a origem antes da criação era um universo líquido e turbulento, mas quando o deus Atum criou, surgiu uma coluna primordial, uma espécie de monte de barro. É provável que essa ideia desse monte de terra tenha a ver com essas pirâmides”, supôs Campagno.

          O especialista coloca, porém, essa possibilidade em contraponto, pois existe a ideia de que o rei sobe ao céu e a pirâmide tem uma forma ascendente, que aponta como uma escada.

          O que significam as pirâmides de Gizé

          As pirâmides tiveram um processo de construção que derivou da “mastaba”, uma espécie de túmulo em forma retangular onde repousavam os primeiros monarcas do Egito. 

          De acordo com Campagno, na primeira e segunda dinastia, as tumbas dos reis eram construídas como mastabas, mas Vilar atenta que, a partir da terceira dinastia, houve uma mudança na teologia em que o fundamental deixou de ser a preservação do corpo e passou a ser a ascensão do rei ao céu

          Seguindo a proposta de Vilar, era possível dizer que, quando o rei falecia, sua parte imortal subia ao céu, para acompanhar o Sol em sua jornada noturna, ou seja, “em seu périplo diário por entre as estrelas”. 

          Segundo o documento A Dinastia IV: a era das pirâmides, da já mencionada Bedman González, publicado no Instituto de Estudos do Antigo Egito e armazenado na Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, “existem duas posições a respeito (sobre como e o porquê das pirâmides): a dos positivistas e a dos simbolistas”. 

          Na compilação da escritora, entre os primeiros estudiosos do tema se encontram autores como Borchardt, Petrie, Speleer e Edwards. Para eles, a pirâmide é concebida unicamente como o resultado da soma de tentativas de várias gerações de arquitetos para encontrar uma forma arquitetônica perfeita.

          Do ponto de vista dos simbolistas, as pirâmides seriam escadas que permitiriam aos reis subir às regiões celestiais.

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            Perfil completo da Grande Esfinge, incluindo as pirâmides de Quéfren e Miquerinos ao fundo.

             

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            Como as pirâmides do Egito foram construídas

            Ainda que os indícios dos enormes monumentos tenham surgido pouco a pouco, não há certezas sobre o método de construção das pirâmides. Segundo Vilar, a construção de pirâmides foram pensadas como complexos arquitetônicos. 

            Assim, templos eram desenhados nos pés das pirâmides, onde se realizavam rituais funerários. Em seguida, havia um caminho que terminava em outro templo perto do rio, onde as pessoas podiam fazer oferendas em homenagem ao rei, e, finalmente, outro caminho que levava a uma parte mais privada.

            Quanto à construção, "não há papiro que diga como foram feitas, o que deixa muito espaço para especulações", acrescentou o pesquisador argentino. Sobre isso, Campagno diz que havia o chamado tributo ao trabalho, por meio do qual o Estado convocava as pessoas para diferentes tipos de empregos, entre eles a construção dessas pirâmides.

            Ainda que não haja uma receita certa de como foram feitas, algumas técnicas indiretas são conhecidas. Por exemplo, o transporte das enormes pedras usadas na construção era feito por toras que se moviam “rolando” por trenós e areia molhada.

            “Sobre isso em particular, há indícios na parte mais acima das construções que tem a ver com um sistema de rampas que foram demolidas quando os blocos terminaram de ser depositados nas pirâmides”, acrescentou o egiptólogo.

            Obviamente, as pirâmides e os antigos deuses do Nilo continuam a fascinar milhões de pessoas em todo o mundo e inspirar produtos culturais de todos os tipos.

            Felizmente para as gerações futuras, e apesar das enormes descobertas feitas até agora, os cientistas dizem que o Egito ainda tem muitos segredos para revelar.

            Explore tudo sobre o Egito na National Geographic e descubra os mistérios mais interessantes de sua antiga e rica cultura.

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