Na foto, a Tábua do Dilúvio da "Epopéia de Gilgamesh", da Suméria, e escrita em acadiano ...

Dia Internacional do livro: qual é o livro mais antigo do mundo?

Acredita-se que um dos primeiros livros da história possa ter influenciado na criação da “Ilíada” e da “Odisséia”, obras clássicas de Homero. No Dia Internacional do Livro, celebrado em 23 de abril, saiba que obra é esta.

Na foto, a Tábua do Dilúvio da "Epopéia de Gilgamesh", da Suméria, e escrita em acadiano (1300 - 1000 a.C.)

Foto de Imagem original de N/A uploaded por Joshua J. Mark Creative Commons Attribution-ShareAlike / World History Encylopedia
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 22 de abr. de 2024, 12:00 BRT

Seja na Grécia antiga, no Egito antigo, na Suméria ou na Mesopotâmia, os livros e pergaminhos escritos vêm acompanhando a existência da humanidade há milênios. Mas dos rabiscos deixados pelos primeiros hominídeos para o que se passou a considerar como literatura houve um enorme passo evolutivo. Historicamente, especialistas apontam que o livro que pode ser considerado o mais antigo é do período mesopotâmico, como informa um artigo sobre o tema na Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido).    

Mas, afinal, qual livro é o mais antigo do mundo e que histórias ele conta

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O livro mais antigo do mundo influenciou a bíblia hebraica

“A ‘Epopeia de Gilgamesh’ é frequentemente citada como a primeira grande composição literária”, conta a Britannica, e foi registrada, ou seja, escrita, na língua acadiana. Ela narra “aventuras” sobre Gilgamesh, o rei da cidade-estado suméria de Uruk (ou Uruque), que ficava a leste do rio Eufrates (e onde hoje fica o Iraque).

A fonte explica que, além de sua extensão, a “Epopeia de Gilgamesh” pode ser considerada a mais antiga e significativa na história da civilização também por causa de seu “impacto na literatura ao longo dos tempos”. 

“Acredita-se que a ‘A Epopéia de Gilgamesh’ tenha influenciado outras obras literárias antigas, incluindo a ‘Ilíada’, a ‘Odisseia’, a literatura romântica de Alexandre e a Bíblia Hebraica (o Antigo Testamento), todas as quais continuam a ter um impacto literário significativo por si mesmas”, completa a enciclopédia.

Uma ilustração remonta um dos contos do livro mais antigo do mundo. Aqui, um sobrevivente de um dilúvio conta ao rei Gilgamesh como sua arca foi parar na montanha.

Foto de H.M. Herget

O que está escrito no livro mais antigo do mundo? 

Já de acordo com a plataforma World History Encyclopedia (WHE), uma fonte em inglês e espanhol que traz conteúdos sobre história, a “Epopéia de Gilgamesh” é formada por uma série de contos, que acredita-se terem sido transmitidos de forma oral, e escritos entre 700 a 1 mil anos após o reinado do rei Gilgamesh

O autor do livro mais antigo do mundo, por sua vez, foi o escritor babilônico Shin-Leqi-Unninni, que escreveu a obra entre 1.300 e 1000 a.C, segundo a WHE. “Shin-Leqi-Unninni se baseou em fontes sumérias para criar sua história e, provavelmente, tinha um número significativo de fontes para trabalhar, já que Gilgamesh era um herói popular há séculos na época em que o épico foi criado”, diz WHE.

Os contos do livro mostram o rei Gilgamesh como “um grande herói” que acaba recebendo um status divino, “como um deus”, explica a plataforma. “Ele era regularmente retratado como irmão de Inannauma das deusas mais populares de toda a Mesopotâmia. As orações encontradas inscritas em tábuas de argila abordam Gilgamesh na vida após a morte como um juiz no submundo, comparável em sabedoria aos famosos juízes gregos da vida após a morte”, completa a fonte.

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Quem foi Gilgamesh, descrito no livro mais antigo do mundo 

De acordo com a World History Encyclopedia, Gilgamesh ou Gilgamés (2150-1400 a.C.) foi um rei considerado mítico e que comandou a cidade de Uruk, um território sumério cercado por muralhas. A plataforma conta que evidências históricas de sua existência foram registradas em menções a ele feitas por outras figuras históricas da época, bem como pelos poemas e lendas sobre o rei. 

“Gilgamesh é amplamente aceito como o quinto rei histórico de Uruk, que reinou no século 26 a.C. Acredita-se que sua influência tenha sido tão profunda que, mais tarde, outros reis da Mesopotâmia invocaram seu nome e associaram sua linhagem à sua própria”, finaliza a WHE.

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