Os 3 mitos do antigo Egito que vão te surpreender

Os antigos egípcios acreditavam que o Universo surgiu de um enorme oceano e que os humanos foram feitos das lágrimas do deus Sol. Saiba mais sobre as crenças dessa incrível civilização.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 18 de mai. de 2023, 10:17 BRT
Representações de divindades egípcias na parede norte da tumba do Rei Tut.

Representações de divindades egípcias na parede norte da tumba do Rei Tut.

Foto de Kenneth Garrett

Quando se fala do Antigo Egito, estamos nos referindo à civilização que prosperou há cerca de 4 mil anos no nordeste da África, às margens do rio Nilo. Suas muitas realizações, preservadas em sua arte, monumentos e ciência, exercem um fascínio que continua a crescer à medida que novos achados expõem seus segredos.

Ainda que muito sobre essa civilização ainda seja um mistério, alguns aspectos, principalmente religiosos, que ditavam a vida do Antigo Egito já são bem conhecidos. Isso porque, muitos dos documentos encontrados por historiadores e arqueólogos – por exemplo, o Livro dos Mortos – narram a religião, mitos e crenças dos antigos egípcios. Conheça alguns deles. 

1. O mito da criação

De acordo com informações do Centro Americano de Pesquisa no Egito (Arce, na sigla em inglês), a mitologia egípcia conta que, antes da criação, existia apenas a escuridão que envolvia um enorme oceano primitivo chamado Nun. Então, quando o sopro da vida estava forte e pronto, a entidade Atum decidiu que era hora do início da criação. Assim, uma ilha emergiu das águas para sustentar essa divindade, que se manifestou na forma de Rá, o deus Sol do Egito.

Em uma colina que acabara de surgir, que seria a cidade antiga de Iwn (mais tarde chamada de Heliópolis pelos gregos), Rá criou os primeiros deuses a partir de si mesmo. Nasceram então o deus Shu (da aridez e do ar) e sua parceira Tefnut (deusa da umidade) que formam a atmosfera. Estes, por sua vez, gerariam outros deuses para completar o Cosmos egípcio: Geb, o deus da Terra, e Nut, a deusa do Céu, completando a formação do mundo. 

Em seguida, a Terra e o Céu geraram os Princípios da Vida, compostos pelos deuses Osíris, o ser perfeito que eventualmente governaria o resto do mundo, Ísis (mãe de todos os faraós), Set (deus das tempestades, do caos e da guerra) e Néftis (comumente representada como a senhora do lar e protetora dos mortos).

Já os humanos, diz a Arce, surgiram das lágrimas de Rá para habitar o mundo. 

Templo de Kom Ombo no rio Nilo, no Egito.

Foto de SHUTTERSTOCK

2. O mito de Osíris

De acordo com a Arce, a mitologia egípcia diz que Osíris assumiu o governo do mundo depois de Rá. Por muitos anos, ele foi um governante gentil e sábio, que ensinou aos humanos a agricultura e a civilização, sempre com a ajuda de sua irmã e esposa Ísis, que o auxiliava com criatividade e magia. 

A posição e prestígio de Osíris, conta a Arce, gerou inveja em seu irmão Set, conhecido por ser indisciplinado. Set invejava tanto Osíris que o matou para herdar seu trono e governar o Egito da maneira que desejava. 

Mas, com uso de magia, Ísis conseguiu ressuscitar Osíris, que voltou a vida por tempo o suficiente para engravidar a deusa. Depois, diz a mitologia egípcia, Osíris partiu para o além para governar sobre os falecidos. 

Dessa última relação entre Ísis e Osíris, nasceu o deus Hórus, que cresceria para vingar seu pai e recuperar o trono do Egito. 

3. O mito de Hórus e Set

De acordo com a Enciclopédia Britannica, plataforma de dados do Reino Unido voltada para a educação, Hórus é um deus da antiga religião egípcia que toma a forma de um falcão. Mas o mito mais famoso que envolve esse deus narra a batalha contra Set pelo trono do Egito

A  mitologia egípcia conta, de acordo com Britannica, que Hórus e Set montaram um verdadeiro exército para a batalha, e confrontos sangrentos foram travados por anos. Em um último combate, Hórus encontrou Set no meio de seu exército e o atacou. Set tentou, mas não conseguiu escapar do ataque de Hórus, que acabou tendo seu olho arrancado no combate. 

Se apiedando de Hórus, Hathor, a deusa do céu, das mulheres, da fertilidade e do amor, restaurou o olho do deus, que passou a ser uma representação de completude e cura. Segundo a enciclopédia, por esse motivo, o  símbolo do Olho de Hórus era frequentemente usado como em amuletos de proteção, saúde e restauração.

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