Terremoto mais mortal de 2017 abala Irã e Iraque

O tremor matou pelo menos 402 pessoas e destruiu comunidades locais.

Por Michael Greshko
Publicado 13 de nov. de 2017, 16:57 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT

O terremoto mais mortal de 2017 atingiu o Irã e o Iraque na noite do último domingo, matando pelo menos 402 pessoas.

Com magnitude de 7.3, o epicentro do tremor foi registrado no oeste do Irã, cerca de 30 quilômetros da cidade de Ḩalabjah, no Iraque, e há 20 quilômetros de profundidade.

De acordo com a CNN, a mídia estatal iraniana reportou que 295 iranianos foram confirmados mortos e 6.650 feridos. O New York Times relata que a maioria das mortes aconteceu em Sarpol-e Zahab, na província de Quermanxa, no oeste do Irã.

No território semiautônomo do Curdistão, no Iraque, pelo menos 7 pessoas morreram, de acordo com autoridades locais em entrevista à CNN. O ministro da saúde do Iraque disse que ao menos 535 iraquianos ficaram feridos.

Ambos países ainda avaliam os danos, mas o terremoto já bateu um recorde cruel neste ano. Com 402 mortos, o tremor ultrapassou o terremoto que atingiu a Cidade do México em setembro, que tinha matado 369 pessoas.

Baseado na localização do sismo, próximo à fronteira do Irã com o Iraque, é provável que ele tenha sido causado pela colisão de duas placas tectônicas: a Arábica – que apoia a península Arábica, o Iraque, a Síria e a Jordânia – e a Euroasiática, sobre a qual fica o Irã.

A uma taxa menor que 1 centímetro por ano, a placa Arábica desliza em direção noroeste para embaixo da placa Euroasiática e forma uma zona de subducção sob o oeste do Irã. A colisão pode parecer lenta, mas é o suficiente para moldar a Cordilheira de Zargos, uma cadeia de montanhas de 1,5 mil km que cruza o oeste do Irã e o noroeste do Iraque.

Essa junção geológica hostil pode gerar enormes abalos sísmicos, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Em 27 de novembro de 1945, um terremoto de magnitude 8.0, que aconteceu ao longo dessa falha, provocou um tsunami no Mar da Arábia e no Golfo de Omã. A inundação matou mais de 4 mil pessoas.

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