Quais as consequência da perda de áreas úmidas para o meio ambiente

As áreas úmidas cobrem 6% da superfície da terra e são responsáveis por serviços ecossistêmicos essenciais à vida humana e de milhares de outras espécies da fauna e flora.

Por Redação National Geographic
Publicado 2 de fev. de 2023, 11:52 BRT

Os pântanos montanhosos recebem sua água tanto da precipitação quanto da água de degelo glacial. Embora as zonas úmidas possam se formar em uma ampla gama de condições, cada uma está ligada a um determinado tipo de água regime. À medida que nosso clima mais quente muda os padrões de chuva e encolhe as geleiras, essas habitats especializados podem não ser capazes de se adaptar com rapidez suficiente.

Foto de Anand Varma

A existência de áreas úmidas oferece uma série de benefícios para o meio ambiente e para as pessoas. No entanto, sua existência está seriamente comprometida.

Estima-se que mudanças climáticas adversas em áreas úmidas, incluindo recifes de coral, resultem na perda anual de serviços ecossistêmicos no valor de mais de US$ 20 trilhões, adverte uma nota informativa da Convenção Ramsar, um tratado intergovernamental assinado na cidade iraniana de Ramsar, em 1971, por 168 países com objetivo de proteger as áreas úmidas do planeta. 

Entre as consequências da perda e degradação desses ecossistemas – que incluem mangues, pântanos, charcos e estuários, por exemplo – está a aceleração do ciclo da água, adverte o capítulo Vivendo sem pântanos, escrito por Patricia Kandus e Priscilla Minotti, no livro Água + Pântanos, publicado pela Universidade Nacional de San Martin (Argentina), em 2018.

Além disso, o livro diz que a falta de cobertura vegetal natural, perdida pelo avanço da agricultura industrial, leva a uma perda na capacidade do solo de amortecer o impacto das chuvas. Isso faz com que a água não seja tão absorvida, e sim escoa mais rápido e em maior quantidade para outros lugares, carregando consigo partículas do solo, nutrientes e poluentes.

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Por sua vez, esse escoamento acelerado pode impactar diretamente os cursos de água, aumentando a turbidez (o quanto a água é turva) e diminuindo a qualidade da água, diz o capítulo.

Além disso, um folheto informativo no site da Convenção de Ramsar sobre o Dia Mundial das Áreas Úmidas, comemorado dia 2 de fevereiro, acrescenta que a mineração de recifes de coral pode deixar a costa exposta a ondas mais fortes do que o normal. 

Enquanto isso, o folheto acrescenta, o desmatamento de manguezais (para a criação de camarão ou extração de sal, por exemplo) remove a barreira costeira natural e reduz a capacidade do ecossistema de absorver carbono. 

Estima-se que regiões pantaneiras consumam cerca de 30% de todo o carbono na terra. Portanto, queimá-las e drená-las libera o dióxido de carbono (CO2) armazenado em grandes quantidades na atmosfera.

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