Tabom: a comunidade de descendentes de escravos brasileiros em Gana
Apesar de a língua portuguesa ter se perdido, a influência brasileira ainda é evidente na culinária, na religião e em diversos nomes. Termo de batismo surgiu de uma frase corriqueira: “tá bom!”.
Publicado 10 de ago. de 2018, 18:26 BRT

Crianças jogam futebol nos arredores do bairro tabom em Acra, no Gana.
Foto de Fellipe AbreuLekia Nelson em Acra, Gana. Lekia é quem recebe o espirito de Xangô. Ela é uma das últimas ligações da comunidade tabom com o candomblé brasileiro.
Foto de Fellipe AbreuComerciante no bairro tabom, em Acra, Gana. Uma teoria alternativa sobre a origem do nome tabom diz respeito a esses comerciantes: segundo o professor Fiscian, um tabom, aos vender suas mercadorias, os brasileiros sempre repetiam que o produto "está bom, está bom".
Foto de Fellipe AbreuDesde a chegada dos primeiros afro-brasileiros até os dias de hoje, os homens tabons são conhecidos como excelentes alfaiates. Nessa localidade, dentro do bairro Tabom, dezenas de homens trabalham na costura de roupas em pequenas salas como esta.
Foto de Fellipe AbreuHomens tabons trabalham em oficina de alfaiataria em Acra, Gana. O ofício trazido pelos primeiros afro-brasileiros ainda é motivo de orgulho para a comunidade.
Foto de Fellipe AbreuEdmund Nelson posa para a foto ao lado da pintura de seu pai, George Aruna Nelson, um dos mais destacados alfaiates tabom. Aruna Nelson morou na Inglaterra e na Alemanha, onde fez cursos de alfaiataria na década de 1950. De volta a Gana, onde até hoje é motivo de orgulho para os tabons, trabalhou costurando e ensinando novos alfaiates até os anos 1990.
Foto de Fellipe AbreuVista aérea da região portuária onde os primeiros tabom desembarcaram na década de 1830.
Foto de Fellipe AbreuSenhora tabom prepara uma sopa tradicional em frente à Brazil House.
Foto de Fellipe AbreuAlém de ser uma espécie de líder cultura da comunidade, Eric Morton é o mestre percussionista tabom, autoridade responsável pelos funerais e pelas cerimônias relativas a Xangô.
Foto de Fellipe AbreuAcompanhada de Eric Morton, Lekia Nelson comanda um ritual em homenagem a Xangô em Acra, Gana. Lekia é uma importante líder religiosa tabom e a única que ainda mantém alguma relação com os santos do Candomblé.
Foto de Fellipe AbreuVendedora ambulante caminha por vielas próximas à Brasil House – casa construída pelos primeiros afro-brasileiros a chegar em Gana –, na rua BrasIl Street, em Accra, Gana.
Foto de Fellipe AbreuVista aérea do bairro onde os primeiros tabom se instalaram em Accra, no Gana.
Foto de Fellipe AbreuAisha vende bananas no bairro de Jamestown, em Acra, no Gana.
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