Campo Rupestre: a vida escondida no topo de montanhas de clima árido e solo pobre
O ecossistema presente em topos de montanhas de Minas Gerais e da Bahia abriga algumas das áreas mais biodiversas do planeta.
Publicado 22 de abr. de 2019, 17:02 BRT, Atualizado 23 de abr. de 2019, 11:28 BRT

Entardecer no Monumento Natural da Serra da Calçada, em Minas Gerais. Apesar do clima árido e do solo pobre, a flora do Campo Rupestre conseguiu, ao longo de milhares de anos de evolução, desenvolver uma ampla diversidade de flores.
Foto de Augusto GomesFlores da Vellozia sp. aparecem depois das primeiras tempestades do verão em Minas Gerais. Depois de um período de seca severa, a chuva traz vida e cor aos Campos Rupestres.
Foto de Augusto Gomes A rodovia MG-010, outrora uma poeirenta estradinha de terra, serpenteia as montanhas na região do Alto Palácio, na Serra do Cipó, Minas Gerais.
Foto de Augusto GomesAs cavernas da cordilheira do Espinhaço também guardam uma biodiversidade peculiar. Morcegos e animais troglóbios perseveram nesses ambientes escuros.
Foto de Augusto GomesBoana cipoensis, popularmente conhecido como “perereca de pijama”, é outro belo anfíbio endêmico dos Campos Rupestres do Espinhaço, em Minas Gerais. Devido à distribuição geográfica restrita, ela tem sido afetado pela conversão dos campos naturais em pastagens, áreas de mineração e expansão urbana.
Foto de Augusto GomesBokermannohyla alvarengai, anfíbio endêmico da cordilheira do Espinhaço, camufla-se entre rochas. A espécie só é encontrada em campos rupestres de altitudes maiores que 1.000 m.
Foto de Augusto GomesNo topo das montanhas, em clima árido e solo pobre, a rica vegetação do Campo Rupestre, como esta bromélia, aparece nos lugares mais improváveis.
Foto de Augusto GomesPesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais iniciam trilha no Parque Estadual do Pico do Itambé, em Minas Gerais, em busca de anfíbios endêmicos e ameaçados de extinção. A região também faz parte da cordilheira do Espinhaço.
Foto de Augusto GomesO vale do Travessão, no Parque Nacional da Serra do Cipó, é o grande divisor das águas das bacias do rio Doce e do São Francisco. O parque é uma das regiões de Campo Rupestre mais visitada por turistas.
Foto de Augusto GomesGarimpeiro mostra diamantes extraídos de riachos na Chapada Diamantina (BA) com a mesma técnica usada por antepassados séculos atrás. A extração mineral é uma das maiores ameaças ao Campo Rupestre.
Foto de Augusto GomesBar na comunidade quilombola do Remanso, próxima ao pantanal dos Marimbus e da cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina (BA). Os quilombolas da região do Espinhaço são descendentes dos escravos que chegaram séculos atrás para buscar ouro, diamante e outros minerais.
Foto de Augusto GomesCasebre construído em meio às rochas da Chapada Diamantina (BA) por garimpeiros nos séculos 18 e 19. A mineração é uma ameaça antiga e recorrente à sobrevivência do Campo Rupestre. O rompimento das barragens de Brumadinho, em 2019, e Mariana, em 2015, afetaram trechos importantes de Campo Rupestre.
Foto de Augusto GomesFim de tarde no Campos Rupestre da serra da Calçada, em Minas Gerais. O clima árido e o solo pobre obrigaram a flora a desenvolver diferentes técnicas de sobrevivência nos Campos Rupestres.
Foto de Augusto Gomes