A busca de um alpinista por um pico ainda não escalado

Depois de anos de tentativas e do ataque cardíaco sofrido por seu parceiro, David Lama finalmente chegou ao topo da mais alta montanha do Nepal, que nunca havia sido escalada.

Por Andrew Bisharat
Publicado 19 de jan. de 2019, 09:30 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
David Lama alcançando o cume da Lunag Ri, Himalaias, em 25 de outubro de 2018.
Foto de Sean Haverstock, Red Bull Content Pool

À medida que DAVID LAMA se arriscava por uma íngreme cordilheira coberta de neve em direção a uma região ampla e curva de granito exorbitantemente acima do Himalaia, a ocasião marcava o fim de uma busca que havia começado em 2015 e envolveu três expedições extremamente perigosas, incluindo aquela que quase matou seu parceiro de alpinismo Conrad Anker.

Mas também marcou a primeira vez que alguém chegou ao topo dos 6.907 metros de Lunag Ri que, antes do mês de outubro último, era conhecida como a montanha mais alta do Nepal ainda não escalada—ou pelo menos o mais alto dos picos que o governo do Nepal permite que os alpinistas escalem.

A primeira expedição de grande altitude de Lama é algo que se torna cada vez mais raro. Durante quase um século de alpinismo exploratório no Himalaia, uma a uma, as maiores montanhas foram escaladas, incluindo o Everest e o restante dos cumes de 8 mil metros, seguidos pelos de 7 mil metros.

Lama climbs a ridge on his way to becoming the first person to stand on the summit of Lunag Ri.

 

Foto de <p> Martin Hanslmayr, Red Bull Content Pool</p> <p>&nbsp;</p>

No Nepal, que é o lar das maiores montanhas da terra—oito dos 10 picos mais elevados do planeta, incluindo o Everest, estão localizados nesse país relativamente pequeno, do tamanho aproximado do estado de Arkansas—encontrar picos virgens está ficando cada vez mais difícil. Acredita-se que todas as cerca de 40 montanhas de 7 mil metros do país tenham sido escaladas (o número exato depende da proeminência topográfica, que mede a independência de um cume em relação aos picos que estão nas proximidades. Mas nem todo mundo concorda com o grau de proeminência exigido para uma montanha independente, daí a disparidade com relação a quantas montanhas de 7 mil metros existem no Nepal).

O Nepal reconheceu oficialmente que Thulagi Chuli foi a última montanha de 7 mil metros a ser escalada, em 2015, por uma equipe de alpinistas russos, a montanha tem 7.059 metros.

Essas questões podem parecer inconsequentes, mas montanhistas sérios se preocupam muito com elas, e a economia do Nepal se baseia no montanhismo como uma fonte de renda importante. Desde 1949, o Ministério do Turismo do Nepal abriu 414 montanhas para o alpinismo, com 104 adicionadas apenas em 2014. Todas as montanhas do local exigem autorização para serem escaladas, com um custo de US$250 para picos com menos de 6,5 mil metros até US$11 mil por uma fenda no Everest durante a alta temporada.

Muito embora uma grande quantidade de alpinistas visite o país a cada primavera, com a esperança de colocar seus nomes na lista das quase 5 mil pessoas que já escalaram o Everest, alpinistas de elite, como Lama e Anker, exploram mapas e imagens de satélite à procura de despenhadeiros obscuros e intactos.

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    David Lama alcançando o cume da Lunag Ri, Himalaias, em 25 de outubro de 2018.
    Foto de Sean Haverstock, Red Bull Content Pool

    No entanto, algumas das montanhas do Nepal permaneceram fechadas, pois são designadas como locais religiosos ou estão localizadas em áreas fronteiriças sensíveis. Particularmente, Machapuchare (cerca de 6.993 metros), chamada de “Montanha Rabo de Peixe” devido ao seu cume único com formato de rabo de peixe, é considerada pelos hindus como sendo o lar do deus Shiva. (Nos anos de 1950, uma equipe de alpinistas britânicos recebeu autorização do Rei do Nepal para escalar Machapuchare desde que prometessem parar abaixo do cume; eles atingiram uma distância de cerca de 152 metros do topo e retornaram. A montanha está fechada desde então).

    À medida que mais montanhas são escaladas pela primeira vez, a oportunidade de fazer uma verdadeira primeira expedição em uma montanha significativamente alta se torna cada vez mais rara—e cobiçada.

    “É o último vestígio de exploração”, diz Anker, que já fez diversas primeiras expedições durante sua carreira de alpinista de mais de três décadas. “Esse desejo de ser o primeiro é impulsionado pelo ego dos alpinistas. Realizar uma primeira expedição é experimentar a imortalidade”.

    Experimentando a imortalidade

    O maciço de Lunag, uma fatia montanhosa, impressionantemente íngreme, com uma linha acidentada de pelo menos sete cumes distintos, se parece com uma montanha que poderia, certamente, render imortalidade a um montanhista—se não o matar primeiro. Ele foi “descoberto” pelo montanhismo mundial em 2008, quando os alpinistas americanos David Gottlieb e Joe Puryear avistaram o maciço a partir do cume, em uma primeira expedição na vizinha Kang Nachugo (cerca de 6.735 metros).

    “Um maciço monstruoso se destacou, e nós não tínhamos ideia do que era”, escreveu Puryear no American Alpine Journal. “Ele era menor do que seus vizinhos gigantes, mas o seu volume e relevo vertical íngreme em todos os lados eram impressionantes”.

    Em 1995, o lendário montanhista austríaco Peter Habeler (à esquerda) convidou Lama, na época com cinco anos de idade, para participar de um acampamento de alpinismo de crianças e o apresentou ao esporte do montanhismo. Lama continuou e se tornou um escalador esportivo campeão mundial antes de voltar sua total atenção ao montanhismo.
    Photograph from Lama Archive

    Depois que Puryear e Glottlieb escreveram sobre ele, diversas equipes de alpinismo experientes reuniram expedições para escalar a Lunag Ri, mas nenhuma conseguiu chegar ao seu ponto mais alto.

    “Eu sabia que não se tratava apenas de um pico qualquer que ainda não havia sido escalado”, diz Lama, que foi o primeiro a ver uma foto da Lunag Ri em 2013. “Era uma montanha que ia ser difícil de escalar, e foi isso que me deixou mais interessado: testar a mim mesmo em uma rota realmente difícil e, com sorte, durante o processo, fazer uma primeira expedição”.

    Nascido para escalar

    Se algum dia alguma criança nasceu com o alpinismo no sangue, essa criança foi David Lama. Nascido em 1990 de Claudia Werglef, uma turista austríaca recém-formada em enfermagem em 1988 que amava as montanhas e estava visitando o Nepal quando encontrou Ringi Lama, um guia de trilhas. Eles de casaram e dois anos depois David nasceu em Innsbrook, na Áustria.

    Ele foi apresentando ao alpinismo durante um acampamento de aventura de uma semana para crianças, realizado por Peter Habeler, o famoso montanhista austríaco que, em 1978, com Reinhold Messner, chegou ao primeiro cume do Monte Everest sem oxigênio suplementar. Habeler, que conhecia o pai de Lama, gostou de David, na época com cinco anos de idade, e permitiu que ele participasse de seu acampamento de aventura de verão, muito embora houvesse uma exigência de idade mínima de oito anos.

    Quando tinha 10 anos, Lama foi amplamente reconhecido como um alpinista prodígio, recebendo a atenção de revistas europeias de alpinismo devido a diversas escaladas difíceis ao ar livre. Em 2005, ele ganhou o Campeonato Mundial Juvenil da Federação Internacional de Alpinismo Esportivo pelo segundo ano consecutivo. No ano seguinte, subiu para a divisão adulta e se tornou a pessoa mais jovem a ganhar um título da Copa Mundial tanto pelo alpinismo esportivo quanto pela escalada esportiva de blocos, exibindo uma competência rara, tanto em resistência quanto em força.

    Conrad Anker (à direita) e Lama (à esquerda), juntos com o cameraman Martin Hanslmayr (no centro), descansam no cume do Pico Fox durante a preparação para a primeira tentativa de Lama e Anker na Lunag Ri em 2015. No ano seguinte, Anker sofreria um ataque cardíaco durante sua segunda tentativa.
    Foto de Conrad Anker

    Ainda, apesar de seu talento óbvio e sucesso prematuro, Lama gradualmente perdeu o interesse por competições indoor, que passou a considerar monótonas.

    “Eu passava tanto tempo treinando para competições que não havia muito mais tempo para escaladas ao ar livre”, diz ele.

    Em 2007, ele desistiu da Copa Mundial e fez sua primeira viagem para Yosemite com seus pais.

    “Foi basicamente a minha primeira experiência em paredões”, diz Lama, que escalou o El Capitan e outros monolitos icônicos. “Foi uma daquelas viagens em que pude perceber que havia formas mais ousadas de escalar".

    “Foi uma mudança de 180 graus em termos de interesses”, conta Jorg Verhoeven, alpinista e amigo austríaco. “Sem mais treinos em lugares fechados, sem mais competições—as montanhas eram seu novo parque de diversões”.

    Até 2011, Lama estava focado exclusivamente no alpinismo. Ele foi capaz de levar suas excelentes habilidades de escalada esportiva para as montanhas—onde pernas robustas e pulmões resistentes são mais importantes do que dedos fortes—permitindo que ele alcançasse objetivos que poucos montanhistas haviam considerado possíveis, como a primeira expedição livre ao Topo Sudeste do Cerro Torre, na Patagônia (uma conquista que lhe rendeu o título de um dos Aventureiros do Ano de 2013 da National Geographic).

    Anker, que era na época o capitão da equipe de atletas The North Face e acompanhava de perto alpinistas talentosos, havia acompanhado os sucessos de Lama em grandes montanhas.

    “Ele é a próxima geração de alpinistas”, observou Anker. “Ele consegue aguentar as dificuldades em todas as disciplinas do alpinismo. Além disso, ele tem esse legado único, que lhe permite ler e analisar a rocha como um europeu, mas se movimentar com a fluidez e a energia de um sherpa".

    Ataque cardíaco nas alturas

    Em 2015, Lama e Anker, uma dupla improvável de alpinistas de gerações e históricos muito diferentes, uniram forças para fazer sua primeira tentativa de escalar a Lunag Ri.

    Com uma enorme cabeleira preta, Lama, de 28 anos, tem aproximadamente 1,70 m de altura e músculos bem definidos. Por outro lado, Anker, 56, é um californiano loiro, de estrutura sólida, com cerca de 1,82 m de altura. Os dois parecem ser uma combinação estranha, exceto pelo temperamento estável e meticuloso, que se mostra inestimável em situações caóticas e imprevistas nas montanhas.

    Lama observa Lunag Ri do Pico Fox, aclimatizando-se para sua tentativa de chegar ao cume em outubro de 2018. Quase um século de montanhismo nos Himalaias deixou poucos picos intactos para que os alpinistas reivindicassem o seu feito.
    Foto de Martin Hanslmayr

    Na primeira tentativa deles, alguns erros táticos—como desperdiçar um local de acampamento que teria permitido que descansassem antes de fazerem uma tentativa até o cume—fez com que eles retornassem quando faltavam cerca de 396 metros até o cume. Posteriormente, Anker resumiu a experiência, “Aquela era uma montanha maior, mais difícil do que nós”.

    Com um conhecimento melhor do terreno, Lama e Anker retornaram à Lunag Ri no ano seguinte, mas as coisas não ficaram mais fáceis. A expedição quase terminou em tragédia—duas vezes. Em um determinado ponto, assim que Anker escalou uma inclinação que o levou para cima e para fora de um canal vertical, ele mal conseguiu evitar uma pequena avalanche de blocos de gelo. Se ele tivesse sido apenas um minuto mais lento para escalar a inclinação, ele teria sido esmagado.

    Analisando retrospectivamente, aquela quase perda pode ser vista como um presságio, um sinal pouco auspicioso para que retornassem, pois em breve Anker sofreria um ataque cardíaco induzido pela altitude que quase lhe custou a vida.

    No próximo ponto de ancoragem, Lama observou que alguma coisa não estava certa. Anker estava se movimentando de forma estranhamente lenta. “Não estou me sentindo bem”, disse Anker, visivelmente sem fôlego, “mas vamos continuar”.

    Lama subiu outro comprimento de corda de uns 30,5 metros e à medida que Anker seguiu atrás dele, ele sentiu uma dor aguda repentina em seu peito. Anker tentou desprezá-la e continuou, mas começou a ficar cada vez mais lento.

    Lama ficou mais preocupado, pois Anker teve que descansar na corda algumas vezes. Lama segurou a corda com firmeza, tentando auxiliar Anker na medida em que ele subia. Finalmente, Anker alcançou a borda e desabou.

    “Ele disse que sentia dor em seu coração ou nos pulmões”, disse Lama. “Eu pensei, não há como eu poder realizar uma RCP aqui. Se isso piorar, ele vai morrer aqui”.

    “Eu sabia que não se tratava apenas de um pico qualquer que ainda não havia sido escalado”, diz Lama, que foi o primeiro a ver uma foto da Lunag Ri em 2013. “Era uma montanha que ia ser difícil de escalar, e foi isso que me deixou mais interessado”.
    Foto de Martin Hanslmayr

    Anker insistiu que começaria a se sentir melhor logo. Não havia necessidade de descer, disse ele.

    “Conrad, você tem cinco minutos”, disse Lama. “Se você não melhorar, vamos descer”.

    Eles nem esperaram tudo isso. Lama preparou um rapel e desceu a dupla cerca de 152 metros. Ao alcançar a geleira, Lama pegou a mochila de Anker, deu a ele um machado de gelo, e eles caminharam juntos, conforme Anker cambaleava, até o acampamento de base avançado a alguns quilômetros de distância.

    Deitado na geleira, Anker disse, “Bem, eu sempre imaginei quando receberia a mensagem de que já era hora de sair desse jogo. … E eu acho que ela chegou”.

    Lama arranjou um helicóptero. Anker foi levado ao Hospital Siddhartha em Katmandu, onde precisou ser submetido a uma angioplastia imediata para remover um bloqueio.

    Antes que o helicóptero levasse Anker, ele deixou uma mensagem com Lama que o paralisou.

    “Bem, David, acho que agora depende de você”.

    Subindo sozinho

    Em 2016, depois que Lama recebeu a notícia no acampamento de base de Lunag Ri de que Anker havia conseguido chegar ao hospital em Katmandu e que ficaria bem, ele começou a analisar as palavras de Anker.

    “Aquilo foi um tipo de autorização”, disse Lama. “Eu fiz uma primeira tentativa sozinho depois de saber que Conrad ficaria bem”.

    Ele decidiu tentar uma rota diferente montanha acima, pegando uma ampla rampa de neve de aproximadamente 914 metros com um serac extremamente grande—uma parede de gelo vertical que tende a desprender grandes blocos—que emergia acima da rota como uma espada de Dâmocles no estilo alpino. Ele e Anker haviam evitado esse caminho precisamente devido ao perigo, mas Lama havia ponderado que, como estava sozinho, poderia subir rápido o suficiente para passar por baixo dele antes que o sol surgisse e as temperaturas elevadas aumentassem as chances de ele desmoronar.

    Ele chegou ao Topo Oeste, um terreno que ele e Anker conheciam da tentativa de 2015. De lá, ele seguiu seu caminho para o topo em meio à neve profunda, ao longo da borda, fina como uma navalha. Na medida em que a rocha ficava mais íngreme, ele subia com dificuldade, fincando suas picaretas e botas nas pequenas rachaduras do granito.

    Subir sozinho fixando equipamentos para prender a corda, um processo conhecido como “rope soloing”, é muito mais seguro do que o “free-soloing” ou subir sem utilizar cordas (o método que Alex Honnold conhecidamente utilizou em sua primeira escalada individual do El Capitan de Yosemite), mas é lento e complicado. Lama utilizou essa técnica em diversos trechos da rota. Um trecho de aproximadamente 9 metros de altura na Lunag Ri demorou mais de uma hora, ritmo debilitante e desmoralizante naquela altitude, onde você está engolindo o ar e cada movimento parece pesado.

    Por fim, a tentativa individual de Lama em 2016 terminou logo abaixo da altitude alcançada por ele e Anker em 2015. Novamente, uma combinação de erros táticos—como carregar uma mochila muito pesada—bem como a dificuldade geral da montanha fez com que Lama retornasse com o cume a uma distância tentadora. Em sua barraca, um Lama visivelmente exausto, ofegante no ar rarefeito, virou sua câmera para si e disse, “Estou achando que isso termina aqui porque continuar seria suicídio".

    Em 2017, Lama tirou um descanso da Lunag Ri para dar a Anker a oportunidade de se reunir a ele em outra tentativa. “Eu queria dar a ele todas as chances para que mudasse de ideia”, disse Lama. “Por fim, o motivo pelo qual escolhi ir sozinho não foi para tornar a escalada mais difícil ou mais espetacular. Para mim, era simplesmente a maneira mais bonita de realizar esse projeto e subir até o final, tanto para Conrad quanto para mim. E senti que estava certo”.

    Então, Lama retornou ao Nepal no último outono e, em 23 de outubro, partiu por volta da meia-noite, em condições muito ríspidas. A encosta de neve que ele conheceu dois anos antes agora estava descoberta, rocha molhada, tornando desafiador encontrar o caminho. Ventos de cerca de 80 quilômetros por hora fizeram a temperatura cair para menos de -28 graus Celsius. Pacientemente, Lama trabalhou sua subida pelo terreno íngreme, passando pelo ponto alcançado por ele e Anker em 2015 antes de armar uma barraca para passar a noite. Desse ponto em diante ele não fazia ideia do que poderia esperar. Ninguém havia chegado tão longe na Lunag Ri.

    Em seu terceiro dia na montanha, ele começou sua reta final em direção ao cume. Ele deixou todo o equipamento pesado em sua barraca para que ficasse mais leve e esperançosamente mais rápido. Porém, conforme começou a subir, observou que seus dedos do pé estavam ficando dormentes. As condições pioravam à medida em que ele subia, tornando cada pisada mais insegura. Ele parou diversas vezes tentando retomar a sensibilidade em seus pés. Pensou em um de seus parceiros de escalada que havia recentemente perdido os dedos do pé devido à queimadura por congelamento no Denali. Enquanto isso, ele não tinha certeza com relação à sua rota, qual caminho no gelo levaria ao cume.

    Finalmente, contou com o instinto para levá-lo ao topo: “Eu apenas segui uma linha de gelo, não tinha certeza para onde ela me levaria”, conta ele. “À medida que o terreno foi ficando menos íngreme, eu tive certeza de que conseguiria”.

    Seis horas ou mais depois de deixar o acampamento, Lama se tornou a primeira pessoa a chegar no topo da Lunag Ri. No fim, as condições estavam mais difíceis do que em suas tentativas anteriores, mas Lama foi mais forte do que havia sido nos outros anos. Mas a verdadeira diferença, acredita, foi que ele queria chegar mais próximo daquela linha tênue que marca o limite entre o sucesso e o desastre.

    “É difícil enxergar essa linha até você atravessá-la”, diz Lama. “Eu não a atravessei ... mas senti que estava realmente próximo".

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