O arco-e-flecha sobre cavalos volta a ganhar popularidade, mas como esporte

A prática não é mais apenas um método de caça ou uma estratégia de batalha, e o regime de treinos dos atletas é intenso.

Publicado 25 de mai. de 2018, 11:24 BRT
Arco e flecha montado a cavalo volta a se popularizar como esporte

UM ANTIGO ESPORTE está de volta entre as gerações mais jovens.

A arquearia montada, uma tradição com origens em impérios como o otomano e o mongol, vem ganhando popularidade novamente na Indonésia. Enquanto os antigos guerreiros utilizavam a prática de atirar arcos de cima de um cavalo para a caça e o combate, seu reaparecimento foi mais amigável: arqueiros de diferentes países passam por um intenso regime de treinamento para competirem nacional e internacionalmente.

O esporte envolve atirar flechas em um alvo enquanto cavalgam. Acertar o alvo com as flechas já é complicado o bastante com o atleta de pé ou sentando em uma base imóvel, mas quando o arqueiro está em cima de um cavalo, isso requer ainda mais equilíbrio, muita coordenação e uma conexão entre o cavalo e seu cavaleiro.

A arquearia montada era utilizada por muitas culturas antigas em todo o mundo, incluindo os indígenas americanos, nômades europeus e impérios asiáticos. Ela é representada em imagens e textos de diversas culturas há milênios, e continuou sendo utilizada até o desenvolvimento da pólvora e das armas de fogo. Com as armas cada vez mais populares, o uso do arco e flecha se tornou menos vantajoso, e a arquearia montada foi abandonada como estratégia no campo de batalha.

Com comunidades começando a homenagear seus antepassados e sua história ao explorarem tradições antigas, como a Mongólia, e após o esporte aparecer na cultura pop através de franquias como Jogos Vorazes, jovens atletas voltaram a se interessar.

Tanto homens quanto mulheres estão participando do ressurgimento do esporte na Indonésia. Um grupo de mulheres no país que luta pela quebra de estereótipos religiosos e de gênero até tentou praticar o esporte enquanto usavam suas nicabes, um traje religioso que cobre suas faces.

Bambang Minarno, que participou da competição exibida no filme mencionado acima, disse à Newsflare que o esporte requer treinamento extensivo.

“Todo o movimento do arqueiro é feito sem usar os olhos” ele disse. “Isso vai desde os movimentos para pegar as flechas, colocá-las no arco e controlar o cavalo sem olhar. A sensibilidade e a técnica devem ser treinadas.”

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