Anta albina flagrada por armadilha fotográfica

Depois de ouvir os relatos do que parecia uma lenda, o fotógrafo Luciano Candisani foi atrás

Por Luciano Candisani
Publicado 27 de abr. de 2018, 09:26 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Versão albina: a anta é o maior mamífero terrestre do Brasil, com 2 metros de comprimento e 25 quilos.
Foto de Luciano Candisani

Esta reportagem foi publicada originalmente na edição de abril de 2015 da revista National Geographic Brasil.

Era quase uma lenda. Moradores do Legado das Águas-Reserva Votorantim, uma área protegida de Mata Atlântica com 31 mil hectares no Vale do Ribeira, em São Paulo, afirmavam avistar com frequência uma anta de cor muito diferente do marrom-escuro comum da espécie – de tão branca, quando iluminada pelo luar, ela lembraria um fantasma no escuro da noite. De tão verossímeis, as histórias me motivaram a montar guarda com a câmera sucessivas madrugadas diante de goiabeiras onde o animal teria sido visto refastelando-se nos frutos maduros caídos no chão.  esforço rendeu muitos registros de antas – nenhuma branca. 

A solução do mistério veio com uma fotografia disparada pela própria anta em um estúdio camuflado na mata – uma câmera-armadilha com três flashes ligados a dois sensores de infravermelho calibrados para disparar o obturador e as luzes sempre que algo passasse diante do seu feixe invisível. “Trata-se de um macho adulto. Até onde sabemos, é o primeiro registro fotográfico de albinismo em anta na natureza no Brasil”, diz a bióloga Patrícia Medici, especialista nesses animais. As imagens abrem uma linha promissora de estudos a se juntar ao intenso esforço de pesquisa em andamento na reserva.

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