Como as borboletas monarcas escapam de seus predadores? Descubra 3 características marcantes sobre elas
Uma borboleta monarca senta-se em uma flor de calêndula. Floresta Nacional de Coronado, Arizona, Estados Unidos.
Única em sua espécie, a borboleta monarca (Danaus plexippus) cativa com suas asas alaranjadas, com manchas brancas e listras pretas que se estendem pelo corpo. Sua elegância distinta de voo faz dela um espetáculo fascinante da natureza.
As monarcas são uma das borboletas mais reconhecidas e mais bem estudadas do planeta. Invertebradas e herbívoras, elas se caracterizam por sua migração sazonal: durante o inverno, milhões delas migram dos Estados Unidos e do Canadá para o sul da Califórnia e do México.
Para saber mais sobre elas, National Geographic se dedica a investigar esta espécie e descobrir características intrigantes que tornam essa borboleta única.
(Talvez você se interesse por: As borboletas-monarcas não estão mais ameaçadas de extinção, revertendo uma afirmação recente)
1. As cores da borboleta monarca afugentam seus predadores
Você sabia que as cores da borboleta monarca afugentam os predadores? Isso porque suas tonalidades sugerem um “gosto feio e venenoso", diz um artigo da National Geographic latino-americana sobre o inseto.
O veneno teria origem na erva-leiteira, uma planta tóxica que essas borboletas usam para se alimentar. Nesse sentido, as monarcas evoluíram e desenvolveram maneiras de tolerar as toxinas e armazená-las em seu corpo. Dessa forma, essas borboletas se tornam venenosas para seus predadores, incluindo pássaros.
Outro fato curioso é que essa espécie voa extremamente devagar, percorrendo em média 9 quilômetros. Além disso, possui seis patas, mas utiliza apenas as patas médias e traseiras. As patas dianteiras estão presas ao corpo e são vestigiais (ou seja, perderam sua função), como conta um artigo do Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos.
2. Ciclo de vida: a monarca põe entre 300 e 500 ovos
Normalmente, as borboletas monarcas fêmeas põem entre 300 e 500 ovos em um período de duas a cinco semanas. Elas depositam esses ovos separadamente nas folhas de plantas como os algodoeiros, e os colam nessa superfície usando uma secreção que produzem, como informa o artigo da National Geographic.
Depois de alguns dias, os ovos eclodem em larvas, também conhecidas como lagartas.
Distinguir as monarcas fêmeas dos machos não é tão difícil. Um artigo do governo mexicano explica que as fêmeas têm asas mais escuras e listras pretas mais grossas. Os machos, por sua vez, têm asas mais finas e um ponto preto pode ser visto em cada uma das asas traseiras.
3. Borboletas monarca: quantos quilômetros ela pode percorrer
Todos os anos, milhões de borboletas monarcas, que vivem em média de 6 a 8 meses, migram no outono dos locais onde vivem para regiões com condições mais quentes de temperatura.
Os insetos chegam a voar mais de 4 mil quilômetros de sua área de verão no Canadá – até as montanhas da região central do México, onde passam o inverno, relata um artigo da National Geographic Espanha (intitulado “Manchas brancas nas asas são fundamentais para a migração da borboleta monarca”).
Quando os dias voltam a ficar mais longos e a temperatura mais amena no norte, as monarcas começam a se deslocar outra vez. No caminho, elas param em certos lugares para botar seus ovos.
Como as monarcas fazem uma viagem tão longa? Elas dependem do sol, mas também têm uma bússola magnética que lhes permite seguir seu curso mesmo em dias nublados, conclui a National Geographic.