
“Superpoderes” das orcas: da caça em grupo à ecolocalização, os 5 dados da maior predadora dos mares
Duas orcas (Orcinus orca) nadando livremente nos gelados mares próximos ao lado sul da Ilha Unimak, no Alasca (Estados Unidos).
As orcas (Orcinus orca) têm o codinome de “baleia assassina” por serem terríveis predadores dos oceanos e serem capazes de se alimentarem de grandes animais como até mesmo os tubarões. Mas ao contrário do que imagina a maioria das pessoas, esse animal marinho não é realmente uma baleia, e sim um mamífero da família dos golfinhos.
Apesar de popularmente serem confundidas com baleias, elas são, na verdade, da família Delphinidae – a mesma dos golfinhos, como define o Noaa Fisheries (divisão de pesca da National Oceanic and Atmospheric Administration, dos Estados Unidos).
Conheça melhor essa e outras características importantes que fazem da orca um animal único e essencial para o equilíbrio dos oceanos.

Uma orca avistada na costa, bem próxima da areia, na região de Estancia Punta Norte em Chubut, no sul da Argentina.
Como as orcas caçam e outros dados essenciais sobre elas
Abaixo, confira fatos, curiosidades e características desses grandes “primos assassinos” dos golfinhos:
1. As orcas são encontradas em todos os oceanos do mundo
É possível encontrar orcas em todos os mares da Terra, tanto em águas frias como tropicais. Elas nadam normalmente, em profundidades de 20 a 60 metros, ainda que possa ser vista também em águas rasas. Já na hora de caçar, mergulham por cerca de 300 metros em busca de alimento, como explica o site Animal Diversity Web (ADW), enciclopédia online do Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
2. As orcas são facilmente identificadas por sua coloração única
Esses grandes mamíferos dos mares são facilmente reconhecidos por sua coloração preta e branca características. As orcas são pretas na superfície dorsal e brancas por toda a parte inferior na superfície ventral.
Há também uma mancha branca acima dos olhos. O comprimento médio de uma orca macho adulto é de 8 metros, segundo a ADW.
3. As orcas emitem diferentes sons de comunicação
Inteligentes e sociáveis, as orcas emitem alguns sons para se comunicar e cada grupo produz ruídos distintivos reconhecidos por seus membros até mesmo à distância.
Elas fazem uso desses sons de ecolocalização para se comunicar, navegar e caçar, emitindo ruídos que reverberam embaixo d’água.

Na foto, vemos uma orca caçando uma foca que estava flutuando em um iceberg na Antártida.
4. A orca é o maior predador dos oceanos
As orcas são carnívoras e estão no topo da cadeia alimentar. Apresentam dietas variadas, alimentando-se de aves marinhas, peixes, pinguins e de outros mamíferos marinhos como focas e leões marinhos. Também caçam até mesmo baleias e predadores perigosos como os tubarões, que podem ser abocanhados pelos dentes das orcas – os quais alcançam cerca de dez centímetros de comprimento, informa a ADW.
Conforme explica a fonte, as orcas comem, em média, 45 quilos de alimento por dia. Elas engolem presas pequenas inteiras, mas tendem a rasgar as maiores antes de consumi-las.
As orcas são caçadoras sociais, por isso elas geralmente caçam em bandos e usam comportamento coordenado e comunicação para capturar presas maiores do que elas.
(Você pode se interessar: Orcas x tubarões-baleia: descobertos os truques que elas usam para caçar o maior tubarão do mundo)
5. As orcas já foram usadas como “atração” em parques e aquários em diferentes lugares do mundo
Atualmente, elas não estão tão ameaçadas de extinção como no passado, quando caçadores e pescadores já tiveram como alvo as orcas. Porém, durante décadas elas foram alvo de pessoas que buscavam as orcas para explorar sua beleza e exotismo comercialmente. Elas foram usadas como atração em parques e aquários pelo mundo – algo bastante controverso e criticado por especialistas.
Embora a criticada captura de orcas para exibição em aquários e parques não ocorra mais nos Estados Unidos e nem no Brasil, a espécie ainda sofre outras ameaças, incluindo limitações alimentares, contaminantes químicos na água dos mares e distúrbios causados pelo aumento do tráfego de embarcações nos oceanos, comenta o artigo sobre as orcas no site do Noaa Fisheries.
