Mutum-do-sudeste

Caça e devastação fizeram com que restassem apenas 250 indivíduos dessa espécie endêmica da Mata Atlântica na natureza.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 17 de abr. de 2020, 09:00 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
O comportamento do mutum-do-sudeste assemelha-se ao de uma galinha: a ave é ruim de voo, prefere ficar no chão e empoleira-se em árvores na hora de dormir.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark
  • Nome comum: Mutum-do-sudeste
  • Nome científico: Crax blumenbachii
  • Tipo: ave
  • Dieta: onívoro
  • Tempo de vida médio na natureza: 10 anos
  • Tamanho: 93 cm
  • Peso: 3.5 kg
  • Status de ameaça: criticamente em Perigo
  • Tendência populacional: declinando

O mutum-do-sudeste é uma ave endêmica da Mata Atlântica brasileira encontrada hoje em apenas poucos locais do Espírito Santo e Bahia. O comportamento do animal compara-se ao de uma galinha: é ruim de voo e prefere ficar no chão. Na hora de dormir, empoleira-se em árvores. Os ninhos, aliás, chegam a alturas de até 20 metros e são construídos pelos machos como um cesto trançado. Em geral, a fêmea põe dois ovos a cada ciclo reprodutivo. A incubação fica toda a cargo dela por 30 dias, mas o casal cuida junto dos filhotes por pelo menos quatro meses.

O macho tem o corpo todo preto, com exceção de uma plumagem branca no ventre e de um vermelho forte na base do bico. A espécie também é conhecida como mutum-do-bico-vermelho. Já as fêmeas apresentam coloração menos uniforme, com tons de ferrugem. Na natureza, tudo indica que essas aves sejam monogâmicas. Para conquistar a parceira, os machos fazem um ritual que envolve dança e vocalização. Esses animais são conhecidos por uma série de sons característicos nos momentos em que estão curiosos, assustados ou se alimentam. No cardápio, entram frutas, folhas e insetos como caracóis, aranhas e centopeias.

Mas essa ave grande e bonita corre muito risco. Seu habitat preferido, matas de vegetação baixa de baixa altitude, próximas a várzeas e com muita disponibilidade de água, foi bastante degradado. Além disso, já foi muito caçado e é vulnerável ao ataque de animais domésticos, como cachorros. Esse cenário colocou o mutum-do-sudeste em uma posição delicada: estima-se que na natureza existam apenas 250 indivíduos adultos. Quando se sente em perigo, o mutum levanta o topete num gesto muito característico.

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