Tiriba-de-peito-cinza
Cobiçada por traficantes e colecionadores por sua beleza, estima-se que existam apenas 250 indivíduos adultos da espécie na natureza hoje.
- Nome comum: Tiriba-de-peito-cinza
- Nome científico: Pyrrhura griseipectus
- Tipo: ave
- Dieta: onívoro
- Tempo de vida médio na natureza: 20 anos
- Tamanho: 23 cm
- Peso: 63 g
- Status de ameaça: em perigo
- Tendência populacional: aumentando (IUCN)/declinando (ICMBio)
Também conhecido como periquito-de-cara-suja, o tiriba-de-peito-cinza é endêmico do Brasil. Na verdade, hoje é encontrado apenas em três locais no Ceará: Serra do Baturité, Quixadá e Ipu, numa área que abrange 600 km². Também há registros históricos em Pernambuco, Alagoas e na Paraíba. A espécie tem uma coloração marcante e viva, com uma forte mancha vermelha no peito, uma espécie de larga coleira acinzentada no pescoço e tons de bronze no rosto. Vivem em bandos dentro de florestas úmidas próximas a serras e regiões de clareiras. Usa tanto cavidades rochosas para ninhos quanto ocos de embaúbas e ingás.
Para se alimentar, o tiriba-de-peito-cinza busca larvas de insetos e vegetação de árvores como a própria embaúba, além de banana, milho, feijão e nêsperas, entre outras grãos e frutos. Hoje, estima-se que existam 250 indivíduos maduros da espécie na natureza. Por conta da sua beleza, é um alvo preferencial de traficantes de animais silvestres e criadores domésticos. Também há problemas de perda de habitat, mas o consenso é de que se a captura for coibida, há bom potencial de recuperação do tiriba-de-peito-cinza.
Ao longo dos séculos, essa ave já recebeu inúmeras classificações taxonômicas. Ainda no século 17, em 1648, o livro Historia Rerum Naturalium Brasiliae chama de anava um animal com características idênticas. Por conta disso, ela já foi conhecida como Pyrrhura anaca. Hoje, estabeleceu-se o consenso em torno de Pyrrhura griseipectus.