Como é o contágio da hanseníase?

Esta doença infecciosa continua a afetar a população mundial. No entanto, novas terapias permitem o tratamento, caso detectada precocemente.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 30 de jan. de 2023, 17:00 BRT
Uma colônia para pessoas com hanseníase estabelecida por missionários médicos norte-americanos em Sunchon, Coreia (1945).

Uma colônia para pessoas com hanseníase estabelecida por missionários médicos norte-americanos em Sunchon, Coreia (1945).

Foto de Willard Price

hanseníase, popularmente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Segundo informações oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 foram detectados 127 558 novos casos da doença em todo o mundo.

Deste total, 8629 casos foram entre crianças com menos de 15 anos, resultando numa taxa de detecção de 4,4 novos casos por milhão de crianças. 

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) adverte que, pelo menos, 24 países da América Latina notificaram casos de hanseníase. Entre eles estão a Colômbia, Cuba, Argentina, México, Paraguai, República Dominicana, Venezuela e Brasil, sendo este último responsável por 94% dos casos em toda a região. 

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Como a hanseníase se propaga

contágio com a bactéria causadora da hanseníase ocorre pela exposição às gotículas respiratórias expelidas da boca e do nariz de alguém infectado, diz a OMS. O contacto próximo e frequente com pessoas não tratadas são, portanto, as formas mais comuns de propagação.

A doença não é altamente infecciosa e pode ser curada através de tratamento gratuito, segundo a Opas. O tratamento da hanseníase é realizado a partir de uma combinação medicamentosa, chamada de poliquimioterapia, composta por diferentes antibióticos para tentar aumentar a eficácia do tratamento.

Nos últimos 20 anos, a poliquimioterapia tratou e curou mais de 16 milhões de pessoas com hanseníase, diz a Opas.

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Quais são os sintomas da hanseníase?

O período médio de incubação da hanseníase é de cinco anos, e os primeiros sintomas podem aparecer já no primeiro, de acordo com a OMS. No entanto, a doença pode levar duas décadas ou mais para se manifestar.

A Opas reconhece os seguintes sintomas como os mais comuns da doença: 

  • Manchas claras, escuras e nódulos na pele
  • Perda de sensibilidade na área onde as manchas estão presentes;
  • Fraqueza muscular;
  • Sensação de formigamento nas mãos e nos pés.

Além disso, a Opas adverte que, quando os casos não são tratados no início dos sintomas, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes na pele, nervos, membros e olhos, como deformidades, mutilações, mobilidade reduzida dos membros e cegueira.

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