O que acontece com o organismo após muitas horas de exposição ao sol

O banho de sol é necessário para produzir vitamina D, mas a exposição prolongada à radiação ultravioleta tem efeitos prejudiciais à saúde.

Mulheres tomam banho de sol enquanto um concerto é organizado para o Dia de Astana, Cazaquistão.

Foto de Gerd Ludwig
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 3 de jan. de 2023, 18:06 BRT

A exposição ao sol em pequena quantidade é essencial para a saúde, pois permite que o organismo produza vitamina D para fortalecer os ossos e os sistemas muscular e esquelético. No entanto, a exposição excessiva tem consequências negativas, adverte a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Especificamente, 10 a 15 minutos de exposição ao sol por dia no dorso das mãos, braços e rosto são suficientes para a saúde, indica os  Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Quais são os efeitos da exposição prolongada ao sol na pele  

Segundo a OMS, existem efeitos agudos e crônicos da exposição solar.

As consequências nos casos mais agudos podem ser: danos ao DNA, queimaduras solares, reações fototóxicas e fotoalérgicas e imunossupressão, que pode ser considerado um fator de risco de câncer e levar à reativação de um vírus (por exemplo, o de herpes labial).

Já em registros com efeitos crônicos da exposição à pele e lábios, a organização mundial cita: melanoma cutâneo (tumor maligno potencialmente fatal); carcinoma epidermoide (outro tumor maligno); carcinoma basocelular (câncer de pele de crescimento lento); e envelhecimento prematuro da pele (perda de elasticidade e diminuição da cicatrização de feridas).

Por outro lado, a OMS alerta que a radiação ultravioleta pode causar efeitos oculares agudos, como fotoceratite (inflamação da córnea) e fotoconjuntivite (inflamação da conjuntiva).

Segundo a OMS, esses efeitos oculares são reversíveis e geralmente não causam danos a longo prazo, embora sejam dolorosos e possam exigir intervenção terapêutica. Nesse caso, o desconforto pode ser evitado com óculos de proteção.

Siberianos tomam sol na praia em um dia quente de verão, Rio Iset, Sverdlovsk, Rússia (1959).

Siberianos tomam sol na praia em um dia quente de verão, Rio Iset, Sverdlovsk, Rússia (1959).

Foto de B. Anthony Stewart

Além disso, os efeitos crônicos da radiação ultravioleta na visão podem ser: catarata (doença ocular na qual o cristalino se torna cada vez mais opaco, causando alteração da visão e, eventualmente, cegueira); pterígio (crescimento de carne que pode cobrir parte da córnea); e câncer dentro e ao redor do olho (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular ou melanoma).

Da mesma forma, "a exposição aos raios ultravioleta também pode influenciar o aparecimento de degeneração da mácula relacionada à idade".

Como se proteger da exposição excessiva ao sol

Entre as medidas de proteção, a OMS cita: limitar o tempo de exposição ao sol do meio-dia; ficar na sombra; vestir roupas de proteção; usar chapéu de abas largas para proteger os olhos, o rosto, as orelhas e o pescoço; e usar óculos de sol envolventes que garantam alta proteção contra os raios ultravioleta A e B.

Caso não seja possível evitar o sol, recomenda-se a aplicação de protetor solar de amplo espectro nas áreas da pele que não podem ser cobertas por roupas. Além disso, a agência mundial de saúde indica que o uso de dispositivos de bronzeamento artificial deve ser evitado.

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