O que é o Dia Mundial de Combate à Aids e como ele surgiu?

Segundo a entidade da ONU que lidera o combate à doença, é possível controlar a Aids até o ano de 2030, se certas medidas forem tomadas globalmente.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 1 de dez. de 2023, 09:02 BRT
Dia mundial de combate a aids sida

O Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado todo 1º de dezembro. A data foi criada pela OMS e ONU. 

Foto de Rovena Rosa Agência Brasil

O Dia Mundial de Combate à Aids foi criado em outubro de 1987 pela Assembléia Mundial de Saúde, da Organização das Nações Unidas (ONU) como forma de unir forças, em diversos países, no enfrentamento da doença causada pelo vírus HIV

De acordo com a UNAIDS (entidade das Nações Unidas para o enfrentamento à doença), somente em 2022 cerca de 1,3 milhões de pessoas contraíram o vírus HIV no mundo, outros 39 milhões convivem com a doença, enquanto 630 mil indivíduos acabaram morrendo em decorrência do problema. 

Já no Brasil, estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV, segundo informa o site do Ministério da Saúde do país. Destas, 900 mil conhecem seu diagnóstico.

Por esse motivo, o Dia Mundial de Combate à Aids reforça não só a necessidade de estudos e avanços científicos no combate à doença, como também destaca o papel da tolerância e da solidariedade às pessoas infectadas pelo HIV, como destaca o Conselho Nacional de Medicina, um órgão do Ministério da Saúde do Brasil. 

Um fim para a Aids até o ano de 2030

De acordo com o mais recente relatório da UNAIDS publicado em 2023, é possível acabar com a Aids – como problema de saúde pública global – até o ano de 2030, se certas medidas forem seguidas por todos os países. 

Para a entidade, os governos precisam seguir certas metas globais, tais como: “ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% com carga viral controlada”, informa o documento. 

Neste cenário, países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, a República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas "95-95-95", diz o relatório da UNAIDS. Na América Latina, o destaque é o Brasil, que em números gerais atuais possui 88-83-95 de alcance, respectivamente, segundo  os mesmos dados da entidade. 

O Brasil está entre os países mais próximos de alcançar a meta de controle total da Aids proposta pela UNAIDS para 2030, entidade da OMS e da ONU dedicada à enfermidade que ainda hoje é uma questão de saúde pública. 

Arquivo Marcelo Camargo Agência Brasil

A Aids tem cura?

Apesar de ainda não existir uma cura para a contaminação viral da Aids no organismo, já existe todo um protocolo médico que garante uma boa qualidade de vida para quem carrega a enfermidade. Para tratar a doença se usa um coquetel de remédios antirretrovirais dedicados a controlar a quantidade e a ação do vírus HIV no organismo. 

Ainda que as pesquisas avancem em busca de uma eliminação total da Aids nos indivíduos, a melhor maneira de controlar o problema continua sendo através da prevenção, seja pelo uso de preservativos (masculinos ou femininos) nas relações sexuais ou evitando o compartilhamento de seringas ou objetos que contenham sangue que possa estar contaminado.  

Como se prevenir contra a Aids 

Atualmente, também é possível se prevenir contra o HIV usando a PrEP, um método que, segundo o site do Ministério da Saúde brasileiro informa, “consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV”. 

No entanto, a pessoa que usa o PrEP precisa realizar um acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. 

No Brasil, o tratamento contra a Aids é garantido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que faz do país um modelo na condução do problema. 

Governos e instituições como a UNAIDS reforçam que, apesar do tratamento bem-sucedido contra a doença ter se popularizado, a Aids continua sendo um grande problema de saúde que precisa ser enfrentado principalmente em países da África e por pessoas que não têm acesso a medicamentos. Em 2022, a Aids ainda matava uma pessoa por minuto, de acordo com o relatório da entidade da ONU, que pede por maior colaboração entre o Norte e o Sul globais para alcançar a meta de controle absoluto da doença.

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