A imagem mostra uma lua quase cheia fotografada em 12 de junho de 2022 no Centro ...

Por que a Lua parece maior ao anoitecer? A resposta está no cérebro humano

O tamanho da Lua cheia no horizonte capta a atenção das pessoas tanto na Terra, quanto dos astronautas no Espaço. Mas seu tamanho não está ligado a fenômenos físicos ou atmosféricos.

A imagem mostra uma lua quase cheia fotografada em 12 de junho de 2022 no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida.

Foto de Ben Smegelsky Nasa
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 10 de jul. de 2024, 12:03 BRT

Quem costuma observar o céu à noite, provavelmente já notou que, ao anoitecer, quando a Lua surge no horizonte, ela parece bem grande. Mas à medida que as horas passam e o satélite da Terra ruma para o ponto mais alto do céu, ela diminui de tamanho”. Ao menos é o que a visão humana enxerga ao mirar para o alto.

Na realidade, porém, o satélite da Terra não muda de tamanho ou aparência com o passar das horas. De acordo com a Nasa (a agência espacial norte-americana), isso nada mais é do que uma ilusão ótica criada no cérebro humano, capaz de ser comprovada usando um truque simples, sem a necessidade de instrumentos técnicos..

As possíveis variações de tamanho da Lua no céu não passam de ilusão de ótica, diz a Nasa.

Foto de Tyrone Turner

O que é a ilusão lunar que faz a Lua parecer maior?

Embora os olhos humanos percebam a Lua de forma diferente, ela tem a mesma largura tanto perto do horizonte como quando está no ponto mais alto do céu, conta a agência espacial dos Estados Unidos. 

Essa sensação é conhecida como "ilusão lunar", e é uma miragem ótica que tem a ver com a maneira como nosso cérebro processa as informações visuais. Entretanto, reconhece a agência espacial, "ainda não há uma  razão científica satisfatória para explicar exatamente por que vemos a Lua assim".

"Em geral, as explicações propostas para a ‘ilusão lunar’ têm a ver com alguns elementos-chave de como apreciamos visualmente o mundo. Entre eles, como nosso cérebro percebe o tamanho dos objetos que estão mais próximos ou mais distantes, e a distância que esperamos que os objetos estejam quando estão próximos do horizonte", explica a Nasa. Os especialistas acreditam que os objetos no primeiro plano da visão também podem desempenhar um papel importante.

Deve-se observar ainda que os astronautas em órbita também veem a Lua com segundo essa mesma ilusão de ótica, embora não tenham objetos em primeiro plano que sirvam como indicadores de distância.

Como comprovar que a Lua não muda de tamanho no céu

Por mais interessante que seja notar as diferenças de tamanho da Lua por causa da ilusão visual que nasce no cérebro humano, é importante não confundir esse acontecimento com a ocorrência de uma uma Superlua, por exemplo. Este,  sim, é um fenômeno que se dá quando a órbita do satélite está mais próxima da Terra

A ilusão da Lua tampouco se trata de um efeito da atmosfera ou de qualquer outro fator físico, enfatiza a Nasa, e isso pode ser comprovado a olho nu.

São muitas as maneiras de demonstrar que o satélite da Terra tem o mesmo tamanho, independentemente de onde aparece quando está no céu. Uma forma simples, por exemplo, é estender o dedo indicador e colocá-lo para o alto, apontando para o objeto celeste. Assim, é  possível usar a unha do dedo humano como um medidor comparativo de tamanho para a Lua no céu, e fazer esse teste durante momentos diferentes da noite. 

Outra ação que pode ser feita para comprovar a ilusão de ótica ao olhar para o satélite é tirar uma foto da Lua em dois momentos diferentes, mantendo sempre as mesmas configurações da câmera (e do zoom). O resultado das imagens, como era de se esperar, será  o mesmo. 

Também é possível fazer essa verificação de uma terceira forma: usando um tubo de papel, como os que contêm papel-toalha. Basta fechar um olho e mirar a Lua através do tubo para perceber seu tamanho normal” – e não maior ao estar perto do horizonte. Após isso, imediatamente, feche esse olho e abra o outro: então, se perceberá que ela parece “enorme” novamente.

Como reforçado pela Nasa, o fenômeno chama a atenção principalmente nas noites de Lua cheia. A fonte espacial sugere que "até alguém descobrir exatamente como nossos cérebros estão agindo ao olhar para o céu, provavelmente é melhor aproveitar a ilusão da Lua e as visões mutáveis, atmosféricas e às vezes perturbadoras que ela cria".

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