Quantas galáxias existem no Universo?
A Via Láctea do sul brilha sobre o rio Manambolo, em Madagascar.
Há cerca de duas décadas, o Telescópio Espacial Hubble lançou uma série de imagens do céu que “revolucionaram a forma como a astronomia e o olho humano veem o Universo”, definiu a Agência Espacial Canadense (CSA, na sigla em inglês). Em 1995, o Hubble mostrou que a região próxima à constelação da Ursa Maior, uma porção do espaço que se pensava estar vazia, continha pelo menos 3 mil objetos celestiais.
Entre eles, diz a CSA, a maioria era galáxias de diferentes formas, cores, algumas mais distantes do que outras, e em diferentes estágios de evolução. Como a luz emitida por estes objetos viaja a uma velocidade fixa e constante (um bilhão de quilômetros por hora, segundo a CSA), as observações reveladas por Hubble não mostravam o objeto como ele era na época, mas como era quando aquele flash de luz foi emitido, centenas ou milhares de anos atrás.
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Quantas galáxias conhecemos de acordo com o Telescópio Hubble
De acordo com a Agência Canadense, astrônomos que estudaram as imagens feitas pelo Hubble estimam que existam mais de 1 trilhão de galáxias no universo observável.
Conhecer a aparência e as características de galáxias distantes é importante porque, de acordo com a CSA, à medida que avançamos no espaço, podemos aprender como era o universo primitivo em um intervalo de tempo de até 500 milhões de anos depois do Big Bang, e descobrir como o Universo funcionava em seus primeiros anos de vida.
Imagem do Telescópio Espacial Hubble de galáxias azuis brilhando através de um aglomerado de galáxias amarelas.
O que mais existe no Universo além das galáxias?
O Universo contém uma infinidade de objetos conhecidos pela ciência humana: galáxias, estrelas, planetas, buracos negros, cometas e asteroides. No entanto, a agência espacial estadunidense Nasa adverte que não se sabe ao certo de que é composta a maior parte do Universo.
Quando os astrônomos estudaram o espaço, afirmaram que ele está em constante expansão. Considerando que o espaço contém apenas os objetos acima mencionados, até agora os astrônomos são incapazes de explicar o motivo da expansão.
A energia que faz o Universo se expandir, segundo a Nasa, é chamada de energia escura. Não se sabe muito sobre o que é e por que ela está lá, mas a ciência estima que dois terços do Universo são formados por ela (68%), diz a agência espacial estadunidense.
Além disso, mais de um quarto do Universo é composto por um elemento que contém força gravitacional, assim como estrelas e galáxias, mas sua composição não é conhecida, o que o torna impossível de ser estudado até o momento. Os cientistas da Nasa o chamam de matéria escura.
A Nasa afirma que a matéria e a energia escura compreendem 95% do total do Universo. Por sua vez, a luz, o calor, os planetas e tudo o que é conhecido pelo homem constituem apenas os 5% restantes, escancarando o quanto o ser humano ainda desconhece do Universo.