Como e quando ver a chuva de meteoros Eta Aquáridas: tudo o que você precisa saber
O fenômeno, relacionado ao famoso cometa Halley, será visível a partir do Hemisfério Sul.
O observatório Yerkes flagra um cometa que se desintegra na atmosfera. Baía de Williams, Wisconsin, Estados Unidos.
Nos dias 4 e 5 de maio, a chuva de meteoros Eta Aquáridas será a protagonista do céu noturno. De acordo com Beatríz García, astrofísica e pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), o fenômeno poderá ser apreciado em toda a América Latina, embora alguns fatores possam diminuir sua visibilidade.
O que é uma chuva de meteoros
Uma chuva de meteoros é um evento celeste no qual uma série de detritos cósmicos entra na atmosfera da Terra em alta velocidade, vindos de um ponto no céu noturno chamado radiante, informa a American Meteor Society, uma organização de pesquisa sem fins lucrativos sediada em Nova York, Estados Unidos.
De acordo com a agência espacial norte-americana Nasa, esses detritos são resultado de rastros deixados por cometas enquanto fazem a própria órbita ao redor do Sol.
O que são as Eta Aquáridas
As Eta Aquáridas são uma chuva de meteoros que atinge o pico no início de maio de cada ano e é famosa por sua velocidade, diz a Nasa. Os meteoros rápidos podem deixar rastros brilhantes (fragmentos incandescentes de detritos) que podem ser vistos por vários segundos a minutos.
Os pedaços espaciais que interagem com a atmosfera terrestre para criar as Eta Aquáridas têm origem no cometa 1P/Halley. "Cada vez que o Halley retorna ao sistema solar interno, seu núcleo lança uma camada de gelo e rocha para o espaço. Os grãos de poeira eventualmente se tornam as Eta Aquáridas em maio e as Orionídeas em outubro", explica a agência espacial norte-americana.
Quando e onde ver a chuva de estrelas Eta Aquáridas
Em 2023, o fenômeno é visível de 15 de abril a 27 de maio. No entanto, o pico de estrelas, ou seja, quando a maior quantidade de meteoros será visível, ocorrerá entre 4 e 5 de maio, esclarece a Nasa. O auge do fenômeno poderá ser visto tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul.
Segundo a astrofísica argentina, desta vez pode não ser possível desfrutar da chuva como em outras ocasiões, pois é esperada uma cadência máxima de meteoros de 1 por minuto.
Além disso, a Lua cheia de sexta-feira (5/5) pode atrapalhar a observação. "Na hora em que o evento começar a aparecer, a Lua estará no meio do céu, iluminando de forma eficiente e impedindo a detecção de objetos menos brilhantes", adverte a pesquisadora do Conicet.