Como as pirâmides do Egito são por dentro?

Apesar de muito exploradas, essas estruturas datadas de mais de 4 mil anos atrás ainda guardam segredos em seu interior.

Perfil completo da Grande Esfinge, com as pirâmides de Menkaure e Khafre ao fundo.

Foto de SHUTTERSTOCK
Por Redação National Geographic
Publicado 1 de fev. de 2023, 10:56 BRT

As pirâmides do Egito são construções incrivelmente complexas. De acordo com o Museu de História Natural do Smithsonian, nos Estados Unidos, as pirâmides compunham um complexo de edificações funerárias, que incluíam templos, capelas e outras tumbas, todas com finalidade de servir de descanso final para os faraós e outras personalidades importantes. Apesar de já muito investigadas, elas ainda guardam segredos.

Também segundo o Museu do Instituto Smithsonian, do lado de dentro, cada pirâmide é composta por várias salas e passagens, incluindo a câmara funerária do rei. Entretanto, por ter sido projetada para evitar saqueadores nas tumbas dos faraós, o acesso não é tão simples e não se conhece o interior dessas construções em sua totalidade. 

Como é por dentro das Pirâmides de Gizé

Entre as pirâmides de Gizé – a Pirâmide de Quéops, a mais antiga e alta das três, e suas duas vizinhas, as Pirâmides de Khafre e Menkaure – são feitas de massas sólidas de pedra, como explica a Enciclopédia Britannica (plataforma de checagem de fatos e educação do Reino Unido). Por serem algumas das pirâmides mais exploradas por estudiosos é possível conhecer com detalhes algumas de suas câmaras internas.  

Por exemplo, de acordo com a plataforma Britannica, sabe-se que a Pirâmide dedicada a Quéops, o governante mais poderoso do Antigo Reino do Egito (c.2690-2180 a.C), possui uma sala central conhecida como a Câmara do Rei, onde acredita-se ser o local de descanso do faraó. 

Além desta parte, a pirâmide guarda em seu interior também a Câmara da Rainha – outra sala nomeada por se acreditar ser onde a esposa de Quéops teria sido enterrada – e uma passagem mais alta, com paredes ornamentadas chamada de Grande Galeria, a qual dá acesso à tumba do rei. 

As pirâmides de Gizé.

Foto de Robert Clark

Atualmente, cientistas buscam desenvolver tecnologias para descobrir o que mais essas construções podem esconder. Em 2017, como parte de um projeto chamado "ScanPyramids", desenvolvido pela Universidade de Cairo (Egito), foi identificada a existência de um grande vazio escondido acima da Grande Galeria. O local, apelidado de Grande Vácuo, tem cerca de 6 metros de altura e quase 30 metros de comprimento, e sua função ainda é desconhecida. 

(Veja também: Luxor, a cidade de ouro perdida, é redescoberta por arqueólogos no Egito)

Um estudo publicado em 2022 na revista científica “Journal for Advanced Instrumentation in Science” descreve um plano de pesquisadores dos Estados Unidos de fazer uma tomografia completa por múon – raios capazes de atravessar objetos sólidos com mais eficácia que os raios-X – a fim de escanear o interior da estrutura da pirâmide de Quéops.  

Os pesquisadores estimam que leve entre dois e três anos para acumular dados suficientes para criar um mapa completo com imagens em alta resolução dessa pirâmide. 

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