O que é o sorriso de Duchenne e por que ele é considerado um gesto genuíno?
As mulheres jovens sorriem e acenam.
O sorriso é algo intrínseco ao humano. Ele faz com que alguém se sinta bem, aproxima pessoas que nem se conhecem e pode até mesmo ajudar no controle da depressão, como informa o The Harvard Gazette, o site oficial de notícias da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Mas nem todos os sorrisos são tão sinceros quanto o de Duchenne, um gesto que leva o nome de Guillaume Duchenne de Boulogne (1806-1875), um neurologista francês pioneiro na descrição de vários distúrbios nervosos e musculares e no desenvolvimento de tratamentos médicos para eles. Ele também foi o criador do eletrodiagnóstico e da eletroterapia.
Quais são as características do sorriso de Duchenne?
O sorriso de Duchenne é caracterizado pela elevação simétrica bilateral dos lábios e pela ativação dos músculos orbiculares dos olhos (que atuam para abrir e fechar as pálpebras e são importantes na expressão facial).
Esse movimento cria um efeito de pé de galinha nos cantos dos olhos, explica a American Psychological Association (APA), uma organização científica e profissional que representa a disciplina nos Estados Unidos.
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Os sorrisos de Duchenne são sinceros?
De acordo com a agência, acredita-se que os sorrisos de Duchenne sejam genuínos, ao contrário de sorrisos fingidos e voluntários que não têm o componente da ativação dos músculos orbiculares dos olhos.
Conforme observado pela Encyclopaedia Britannica, os sorrisos falsos não têm esses movimentos musculares faciais e, como resultado, é fácil reconhecê-los.
No entanto, um artigo de revisão sobre o tema, publicado em 2021 na revista acadêmica Perspectives on Psychological Science, aponta que nem todos os sorrisos Duchenne são sinceros ainda que produzi-los na ausência de emoção positiva é difícil e frequentemente detectável.
Além disso, concluem os pesquisadores, a capacidade de produzir e reconhecer sorrisos de Duchenne pode variar de acordo com a formação cultural de uma pessoa.
