Como morreu Júlio César, um dos principais governantes da Roma Antiga?
Fontes detalham que Júlio César foi atacado com adagas e sofreu cerca de 23 punhaladas no Senado Romano, para onde foi participar de uma audiência. Mas nem todos os senadores sabiam da conspiração contra o ditador e boa parte dos presentes ficou em silêncio – "horrorizado"– com o que tinha presenciado.
O dia 15 de março de 44 a.C. ficou marcado na Roma Antiga como um dos dias mais explosivos do império. Foi durante uma sessão do Senado que Júlio César morreu, como resultado de uma conspiração política envolvendo alguns dos mais altos nomes da República Romana, como explica um artigo da Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimentos gerais baseada no Reino Unido).
Entre os conspiradores estavam senadores importantes como Marcus Junius Brutus e Gaius Cassius Longinus, detalha a Britannica. A fonte acrescenta que esses e outros políticos tinham receio de que Júlio César estivesse planejando se tornar rei, assumindo poder excessivo e acabando com a República Romana.
Já um artigo de National Geographic Education conta que Júlio César era "imensamente popular entre o povo de Roma". "Ele foi um líder militar bem-sucedido que expandiu a república para incluir partes do que hoje são a Espanha, a França, a Alemanha, a Suíça e a Bélgica. César também foi um autor popular que escreveu sobre suas viagens, teorias e visões políticas", afirma.
Os conspiradores, por sua vez, alegavam que "o assassinato era necessário" para restaurar a liberdade e a República romanas. No entanto, a consequência da brutal morte de César resultou em uma série de guerras civis, que progressivamente deram fim para a República – dando início ao Império Romano.
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Uma estátua de Júlio César feita em mármore e exposta em Roma, na Itália.
Como Júlio César foi morto?
Tanto a Britannica como o artigo de NatGeo contam que Júlio César foi esfaqueado 23 vezes pelos conspiradores. Ele foi morto no Teatro de Pompeu, onde o Senado estava reunido temporariamente. A data marcou a história e ficou conhecida como "Idos de Março".
"César decidiu ir à reunião do Senado, mas o que ele não sabia era que mais de 60 conspiradores estavam esperando por ele lá, com seus punhais prontos", explica um artigo do site de história da BBC intitulado "The death of Caesar: do we know the whole story?"(ou "A morte de César: conhecemos toda a história?", em tradução livre).
Já um outro artigo de NatGeo dedicado ao tema e intitulado "Por dentro da conspiração para matar Júlio César" narra que o primeiro golpe aconteceu ao meio-dia. "Os conspiradores 'de repente desembainharam suas adagas e correram sobre ele'", diz a fonte.
Foi desse acontecimento que surgiu a famosa frase "Até tu, Brutus", dita por Júlio César ao se dar conta de que Junius Brutus, a quem considerava próximo e confiava, também participava do golpe, inclusive atacando-o na coxa. Brutus participou tanto da origem da conspiração como do assassinato em si, explica a reportagem histórica de NatGeo.
César inicialmente teria tentado resistir ao ataque, mas cedeu ao perceber após ver as ações de Brutus no complô. Na sequência da morte de César, "a maioria do Senado romano, que não estava a par do plano de assassinato, ficou em silêncio e horrorizado", finaliza o artigo de NatGeo.
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O que aconteceu em Roma após a morte de Júlio César?
Com o assassinato do líder romano, quem ascendeu ao posto de líder de Roma foi Otávio, seu sobrinho-neto e filho adotivo. Ele passou a se chamar César Augusto. "O reinado de Augusto marcou o fim da República Romana e o início do Império Romano", diz o texto de National Geographic Education.
O funeral de César, por sua vez, foi um evento marcante na Roma Antiga, com o corpo do político sendo queimado em uma grande pira no Fórum Romano diante de intensa comoção popular, diz a Britannica. "Grande parte do público romano odiava os senadores pelo assassinato, e uma série de guerras civis se seguiu", finaliza a National Geographic Education.