Os 5 fatos curiosos sobre o Império Romano que vão te surpreender

Esse período da Roma antiga viu a ascensão e a queda de diversos – e polêmicos – governantes, como Júlio César, César Augusto e Constantino, entre outros.

Nos portões que levam a Timgad, na Argélia, existem ranhuras na alvenaria deixadas pelas carruagens e carros romanos.

Foto de George Steinmetz
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 16 de out. de 2023, 08:00 BRT

Império Romano (27 a.C. - 476 d.C.) é um dos períodos mais importantes da história mundial. Em seu auge, tinha a maior estrutura sociopolítica do Ocidente, como conta a World Encyclopaedia of History, uma organização sem fins lucrativos que visa melhorar o ensino de história em todo o mundo.

Foi o imperador Diocleciano que, vendo que o império era grande demais para ser administrado pelo governo central, decidiu dividi-lo em dois: o Império Ocidental e o Império Oriental. 

No entanto, esse não é o único fato curioso sobre esse momento histórico. National Geographic selecionou alguns deles e compartilha os detalhes a seguir: confira.

1. Júlio César foi realmente o primeiro imperador de Roma?

O nome Júlio César é muito importante na história de Roma. Mas, embora ele seja frequentemente considerado o primeiro imperador, essa afirmação não é totalmente correta.

De acordo com a World Encyclopaedia of History, o senado romano deu a ele o título de ditador, pois Júlio César detinha o comando supremo do exército e o poder político ao mesmo tempo. Portanto, ele nunca recebeu o título de imperador propriamente dito.

2. Quem foi o primeiro imperador de Roma?

Homens correm em carruagens puxadas por cavalos diante da multidão de romanos.

Homens correm em carruagens puxadas por cavalos diante da multidão de romanos.

Arte de BIRNEY LETTICK

Por mais paradoxal que possa parecer, o primeiro imperador romano foi o sobrinho e herdeiro de Júlio César. Seu nome era Gaius Octavius Turinus, mas ele adotou o nome de Caesar Augustus

O próprio senado romano concedeu a ele o título de imperador, bem como o poder do cargo, já que Caesar Augustus havia conseguido derrotar inimigos do império, alcançado a estabilidade. Ele governou o Império romano de 27 a.C. até morrer, em 14 d.C., ou seja, por mais de quatro décadas.

Augustus reformou as leis, protegeu as fronteiras e garantiu a fama do império, que tinha o maior poder político e cultural até então. A "Pax Augusta", iniciada por ele, foi um período de paz e prosperidade até então desconhecido pelo povo e que durou mais de 200 anos.

3. Roma estava dividida em dois impérios: o oriental e o ocidental

Após uma sucessão de líderes e dificuldades enfrentadas por cada um deles, houve um período chamado "a crise do Império" (que ocorreu entre 235 d.C. e 284 d.C.). Esse período é assim chamado porque Roma estava em uma constante guerra civil envolvendo vários líderes militares que buscavam assumir o controle e o poder do império.

Nessa época, já havia uma grande crise, tanto social quanto econômica. Essa última foi causada pela desvalorização da moeda romana. 

Embora o imperador Aureliano tenha reunificado o império, foi Diocleciano quem decidiu dividi-lo em dois para poder administrá-lo com mais facilidade. Assim, nasceram o Império Romano do Oriente (também chamado de Império Bizantino) e o Império Romano do Ocidente.

(Leia também: A história do cavalo de Troia é real?)

4. Constantino, o imperador que transformou o cristianismo na religião principal 

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    Constantino marca as fronteiras de Constantinopla com vista a Bizâncio.

    Constantino marca as fronteiras de Constantinopla com vista a Bizâncio.

    Arte de ANDRE DURENCEAU

    Quando estava à frente do império (de 306 d.C. a 337 d.C.), Constantino usava o discurso de que Jesus Cristo era a figura que dava a ele legitimidade para estar no cargo, como conta a World Encyclopaedia of History. Dessa forma, ele poderia aumentar sua autoridade e poder como nem mesmo seus antecessores haviam feito.

    O primeiro Concílio de Nicéia (realizado em 325 d.C.), uma reunião com a presença de bispos de todas as regiões onde havia cristãos, foi presidido por Constantino com o objetivo de estabelecer os elementos da nova fé e decidir sobre questões como a origem divina de Jesus. 

    Durante o encontro também foi decidido quais manuscritos seriam compilados para formar o novo livro conhecido como Bíblia, acrescenta a enciclopédia de história.

    5. Quais foram os motivos para a queda do Império Romano?

    Diversos são os motivos apontados para o fim da era comandada pelo Império Romano. Entretanto, não há um consenso claro sobre os fatores específicos que levaram à queda.

    Acredita-se que o cristianismo tenha desempenhado um papel importante, pois essa nova religião minou os costumes sociais do império proporcionados pelo paganismo, como afirma a enciclopédia de história.

    Outros fatores foram a instabilidade política causada pelo tamanho do império, a invasão de tribos bárbaras, os interesses de cada parte do império (oriental e ocidental), a chegada de exércitos mercenários, a corrupção do governo, a forte dependência do trabalho escravo, o alto índice de desemprego e a inflação.

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