Turistas visitam a Edícula (local onde, segundo a Bíblia, Jesus foi sepultado e que corresponde a ...

Os 5 fatos sobre a Igreja do Santo Sepulcro, local onde estão algumas estações da Via Crucis

O templo religioso construído no local onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo teria sido crucificado e sepultado, guarda parte da história e do cristianismo.

Turistas visitam a Edícula (local onde, segundo a Bíblia, Jesus foi sepultado e que corresponde a 14ª estação da Via Crucis) dentro da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, Israel.

Foto de Simon Norfolk
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 11 de abr. de 2025, 07:00 BRT

Local de peregrinação de milhares de pessoas religiosas e de visita de turistas do mundo inteiro, a Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local tradicionalmente atribuído onde teria ocorrido a crucificação e o sepultamento de Jesus Cristo. De acordo com uma passagem da Bíblia (mais especificamente no livro de João 19, versículos 41-42), o túmulo de Jesus estava próximo ao local da crucificação e, por isso, a igreja foi planejada para incluir os dois locais tão importantes para os cristãos.

Os visitantes, que muitas vezes acompanham todo o percurso das 14 estações da Via Crucis de Jesus pelas ruas de Jerusalém, em Israel, chegam à etapa final ao adentrar na Igreja do Santo Sepulcro, que possui as últimas estações da cruz, como conta a Encyclopædia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido).

Localizada no bairro noroeste da Cidade Velha de Jerusalém, além de ser um lugar sagrado para os religiosos, o templo também faz parte de diferentes momentos da história da humanidade e guarda artefatos arqueológicos e artísticos. 

Confira, abaixo, alguns fatos e curiosidades que a National Geographic traz sobre a Igreja do Santo Sepulcro.

Acima, a fachada da entrada da Igreja do Santo Sepulcro localizada na área chamada como Cidade ...

Acima, a fachada da entrada da Igreja do Santo Sepulcro localizada na área chamada como Cidade Velha de Jerusalém, em Israel.

Foto de Jorge Lascar CC BY 2.0

1. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no século 4 d.C.


De acordo com o Novo Testamento da Bíblia, Jesus foi crucificado no Gólgota“o lugar da caveira” (como contam os livros de Mateus 27, versículos 33-35; Marcos 15, versículos 22-25; e João 19, versículos 17-24). Esse local foi identificado como uma colina com uma área de pedreiras abandonadas fora da muralha da cidade de Jerusalém da época, como explica o site oficial da Igreja do Santo Sepulcro.

Ainda segundo a fonte, cerca de dez anos após a crucificação construiu-se um outro muro que cercava a área da execução e do sepultamento incluindo a região oficialmente dentro da cidade, o que explica a localização atual do Santo Sepulcro dentro da Cidade Velha de Jerusalém.

No século 4, o imperador romano Constantino, o Grande, que tinha se convertido ao cristianismo, mandou demolir o templo de Vênus, em Jerusalém, para dar lugar a uma igreja. Durante a demolição, foi descoberta uma tumba que se acreditava ser a de Jesus. Constantino, então, construiu uma igreja nesse mesmo lugar — que foi santificada oficialmente em 336 d.C., afirma o site oficial do local.

2. A igreja foi destruída e reconstruída diversas vezes ao longo da história


Segundo a Britannica, após ter sido construída a mando do Imperador Constantino, a antiga Igreja do Santo Sepulcro foi queimada pelos persas no ano 614 d.C. e, posteriormente, restaurada por Modesto (o abade do mosteiro de Teodósio, de 616 a 626 d.C.). 

Séculos depois, ela foi novamente colocada abaixo pelo califa egípcio al-Ḥākim bi-Amr Allāh por volta de 1009 e, de novo, restaurada – dessa vez pelo imperador bizantino Constantino 9 Monômaco. “No século 12, foi realizada uma reconstrução geral da igreja, conta a fonte inglesa. Desde aquela época, foram necessários diversos reparosrestaurações e reformas frequentes, sendo que a atual Igreja do Santo Sepulcro data essencialmente de 1810”, relata a enciclopédia inglesa. 

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    Na foto, cristãos rezam dentro do local onde está a tumba de Jesus Cristo dentro da Igreja do Santo Sepulcro.

    Foto de Oded Balilty

    3. Quatro estações da Via Crucis estão localizadas dentro da Igreja dos Santo Sepulcro


    Muito tradicional para os cristãos do mundo inteiro, a Via Crucis (também chamada de Via-Sacra ou Via Dolorosa) está intimamente ligada ao rito da Paixão de Cristo, pois marca os 14 lugares principais (ou estações) que Jesus percorreu ao longo da Jerusalém antiga até o local onde foi crucificado e morto

    Igreja do Santo Sepulcro possui as quatro últimas estações da Via Crucis — pois como foi construída justamente onde está, segundo a Bíblia, o lugar em que Jesus foi sepultado – a 14ª e última estação – conhecido como “Edícula”. 

    Como explica o site oficial da igreja, em seu interior estão ainda outros três destes pontos considerados sagrados: a 13ª estação é relacionada a quando o corpo de Jesus é retirado da cruz e é localizada na Pedra da Unção, dentro do templo, onde os religiosos acreditam que o corpo de Cristo foi preparado para o sepultamento.

    12ª estação também fica na igreja e é justamente o local em que Jesus teria morrido na cruz e onde hoje existe a “Capela da Crucificação”, construída ao redor da pedra do calvário (espaço no qual a cruz foi colocada). A capela tem um altar e é adornada com vários símbolos religiosos e obras de arte que retratam a crucificação de Jesus, conforme descreve o site da igreja.

    Já a 11ª estação é também no local da crucificação, mas se refere ao momento em que Jesus tem suas mãos e pés pregados na cruz. A 10ª estação, por sua vez, não fica dentro da Igreja do Santo Sepulcro, mas bem próxima – na chamada Capela dos Francos. Ela está no canto nordeste do pátio do Sepulcro — e se refere ao lugar onde Jesus foi despojado de suas roupas.

    4. A Igreja dos Santo Sepulcro é um local sagrado para seis diferentes religiões cristãs 


    De acordo com um artigo da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, membros de seis religiões cristãs diferentes — as igrejas Ortodoxa Grega, Igreja Católica Romana, Igreja Apostólica Armênia, Copta, Ortodoxa Síria e Ortodoxa Etíope — consideram o Santo Sepulcro de Jerusalém um local sagrado

    Tanto que há diferentes horários de oração e divisões precisas dentro da igreja voltadas a cada uma delas e a seus peregrinos.

    5. Em 2016, novas descobertas arqueológicas foram realizadas no local


    Segundo a Britannica, em 2016santuário que envolve o túmulo de Jesus, a Edícula, passou por uma restauração significativa, e a própria tumba foi aberta pela primeira vez em séculos. Amostras de argamassa foram retiradas da superfície original de calcário da tumba e de uma laje de mármore que a cobre para serem analisadas. 

    Essas peças foram datadas como sendo de aproximadamente 345 a.C., sendo que as evidências arqueológicas anteriores vinham apenas do período das Cruzadas (entre os séculos 10 a 13). Essa descoberta fornece evidências da existência de um santuário mais antigo no local, e outras amostras analisadas confirmaram as sequências históricas de reconstrução da igreja.

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