Síria deve assinar o Acordo de Paris. EUA ficam isolados
Apesar da suspensão pendente, estados americanos, organizações sem fins lucrativos e empresas declararam fidelidade ao compromisso.
Participação no Acordo de Paris
A Síria, uma nação destruída pela guerra civil, prometeu se juntar a uma iniciativa global para conter as mudanças climáticas. Agora, o único país fora do acordo é os Estados Unidos.
Devastada pela guerra, o país anunciou que assinaria o Acordo de Paris em 7 de novembro na Conferência do Clima de 2017, a COP23, que em Bonn, na Alemanha. O acordo de 2015 restringe o aumento da temperatura global em 2ºC em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial e implementa esforços para limitar aumentos após 1,5ºC. A Síria, que se envolve em conflitos armados desde que protestos anti-governo agitaram o país em 2012, se ausentou do compromisso por causa dos conflitos internos.
A Nicarágua assinou o acordo no final de outubro, mas o presidente dos EUA, Donaldo Trump, anunciou em junho planos para retirar o país do tratado, alegando que ele prejudicaria trabalhadores e contribuintes americanos.
O jornalista ambiental Stephen Leahy está na conferência e disse a National Geographic por e-mail que as cidades e estados dos EUA, junto com universidades e ONGs, alugaram um espaço fora da conferência para tranquilizar as pessoas e afirmar que ainda estão comprometidos com os objetivos do acordo.
"As pessoas e aliados dos EUA planejam realizar uma grande marcha em Bonn no sábado para gritar: "Nós ainda estamos participando!" Leahy escreveu no e-mail. Ele acrescentou que os manifestantes reafirmam as ações que estão tomando para o Acordo de Paris e "que Trump é uma aberração".
Desde o anúncio de Trump, estados e cidades americanas declararam apoio não oficial ao Acordo de Paris. Desde junho, 10 estados e o Distrito de Columbia prometeram seguir o Acordo de Paris. Vários estados se juntaram à Aliança do Clima dos EUA e centenas de cidades assinaram a Agenda Nacional de Ação Climática das Prefeituras para reduzir as emissões localmente. Regras impedem que os EUA se retirem oficialmente do acordo antes de novembro de 2020.
De acordo com a Conservation International: "Com quase todos os países do mundo agora a bordo, isso também envia um forte sinal às comunidades, empresas e cidadãos dos Estados Unidos de que temos o direito e a responsabilidade de agir em relação as mudanças climáticas".
Com informações de Michael Greshko.