Estar ao ar livre pode melhorar sua qualidade de vida
Montanhas que cercam a icônica Machu Picchu, no Peru. Sensação de bem-estar pode envolver outros fatores, como a qualidade do ambiente natural em termos de riqueza de espécies vegetais e animais ou histórias e significados pessoais, bem como práticas culturais de longa data.
Enquanto olhar por muito tempo para as telas pode ter efeitos prejudiciais à saúde, um tempo ao ar livre pode ser benéfico. Desde passear por uma floresta até caminhar em um parque urbano pode ter efeitos positivos sobre a saúde e bem-estar.
De acordo com um artigo publicado em 2019 na revista científica Scientific Report, há evidências de que viver em áreas urbanas mais verdes está associado a menores chances de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, sofrimento mental e hospitalizações por doenças respiratórias, como asma. Além disso, passar tempo em áreas naturais também diminui o risco de obesidade e miopia em crianças.
A partir destes dados, os pesquisadores associaram o contato recreativo com a natureza e a saúde auto-relatada (informada pelas próprias pessoas) de mais de 19 mil britânicos. O estudo concluiu que passar pelo menos 120 minutos por semana na natureza é positivo para a saúde, independentemente de este tempo ser cumprido através de uma visita prolongada ou várias visitas curtas a espaços verdes.
Os resultados foram consistentes para grupos diversos: homens e mulheres; crianças, adultos e idosos; pessoas de alta ou baixa classe socioeconômica; para portadores de doenças crônicas ou deficiências; e para quem é ativo fisicamente ou não.
Entretanto, o documento observa que a relação entre a exposição à natureza e a resposta sobre a saúde e bem-estar são “mal investigadas” e sugere cautela na análise dos resultados. Segundo os pesquisadores, a sensação de bem-estar pode envolver outros fatores, como a qualidade do ambiente natural em termos de riqueza de espécies vegetais e animais ou histórias e significados pessoais, bem como práticas culturais de longa data.
