Ondas de calor, recordes de temperatura e El Niño potente: os alertas sobre as mudanças no clima

O ano de 2023 já é o mais quente registrado em 125 mil anos, enquanto o El Niño segue firme até abril do ano que vem. Especialistas chamam a atenção para a rapidez das mudanças climáticas.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 9 de nov. de 2023, 16:19 BRT
onda de calor brasil

Termômetros marcam mais de 40°C em Brasília, Brasil. Agências dedicadas ao clima alertam que El Niño deve seguir forte até meados de 2024. 

Foto de Fernando Frazão Agência Brasil

Ondas de calor com alerta de “perigo potencial”, temperaturas recordes, El Niño influenciando o clima mundial até a metade de 2024: os alertas mais recentes feitos por institutos de investigação sobre o clima confirmam que as mudanças climáticas estão chegando rápido e com alto impacto. 

No último dia 8 de novembro tanto a Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão da Nações Unidas para o clima, quanto o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia soltaram alertas com dados preocupantes sobre o aquecimento da Terra em função dos gases do efeito estufa

O ano mais quente da história deve ser 2023

De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, o ano de 2023 tem tudo para se tornar o mais quente dos últimos 125 mil anos quando se encerrar, em dezembro. 

O instituto europeu vem registrando recordes de temperatura com ondas de calor que primeiro atingiram o Hemisfério Norte durante o verão e agora chegam à parte sul do globo com enorme intensidade. No Brasil, por exemplo, espera-se que a atual onda de calor a atingir o país eleve as temperaturas em até 5ºC  em diversos estados, como informa o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Além disso, o  Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus alerta que outubro deste ano bateu o recorde de mais quente da história, superando a marca registrada em 2019 em 0,4 graus Celsius – o que é uma grande diferença segundo os estudiosos. 

El Niño potente até abril de 2024

Já a  Organização Meteorológica Mundial (OMM) informa que o atual fenômeno El Niño deve durar pelo menos até abril de 2024, influenciando os padrões climáticos e aumentando a temperatura no planeta não só em terra, como também no mar. 

A OMM ressalta que o El Niño alcançará seu ponto máximo entre novembro deste ano e janeiro de 2024 – e que deve se manter persistente no próximo inverno do Hemisfério Norte e no verão do Hemisfério Sul, duas estações que estão prestes a começar. 

“Eventos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas torrenciais e inundações serão potencializados em algumas regiões, com repercussões significativas. Por esta razão, a OMM está comprometida com a iniciativa Alerta Prévio para Todos, com o objetivo de salvar vidas e minimizar as perdas económicas", informou Petteri Taalas, secretário-geral da agência.

Vale  lembrar que o El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos, diz a OMM, e dura geralmente entre nove e 12 meses. “Este é um padrão climático natural associado ao aquecimento da superfície oceânica no Pacífico tropical central e oriental. Mas, agora, ocorre no contexto de um clima alterado pelas atividades humanas”, reforça a agência da ONU.

Crianças se refrescam no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A nova onda de calor deve atingir diversos estados do centro-sul do Brasil, dizem os institutos metereológicos.

Foto de Fernando Frazão Agência Brasil

Onda de calor no Brasil: quais estados serão mais atingidos?

A mais recente onda de calor a chegar ao Brasil (sem nem que o verão tenha começado oficialmente) promete temperaturas acima dos 40ºC e sensação térmica bastante abafada em cinco estados, em especial.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais devem sofrer os maiores impactos das altas temperaturas, e a onda de calor considerada histórica deve fazer com que os termômetros passem dos 42ºC em cidades do Centro-Oeste brasileiro. 

Por isso, é importante ficar atento aos cuidados médicos recomendados para se proteger do calor, que pode ter efeitos nocivos sobre o corpo – como fraqueza, tontura, dor de cabeça – e até causar a possibilidade de risco de morte. 

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