As cidades-esponja já se espalham pelo mundo e elementos que fazem essa união dos centros urbanos ...

Cidades-esponja na China e no resto do mundo: saiba onde essas metrópoles inteligentes já existem

Conheça como são os locais que já utilizam o conceito de cidade-sustentável na prática e possuem um manejo de água inteligente e mais responsável.

As cidades-esponja já se espalham pelo mundo e elementos que fazem essa união dos centros urbanos com construções arquitetônicas mais amigáveis ao meio ambiente pode ser encontrada em China, Estados Unidos, Tailândia, Alemanha e Dinamarca, só para citar alguns países. 

Foto de Divulgação Turenscape
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 28 de mai. de 2024, 15:38 BRT

Em um mundo que passa por constante transformação em decorrência das mudanças climáticas, as Cidades-esponja podem ser a saída para enfrentar climas extremos, com chuvas intensas e secas duradouras

Cidade-esponja é um conceito de cidade sensível à água, remetendo à situação na qual a mesma possui a capacidade de deter, limpar e infiltrar águas usando soluções baseadas na natureza” como explica um artigo sobre o tema publicado pelo Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (da sigla OICS, uma plataforma virtual de mapeamento e divulgação de conteúdos e soluções urbanas inovadoras em sustentabilidade apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o PNUMA).

Mas um futuro repleto de cidades-esponja não está tão distante quanto se possa imaginar. Isso porque diversas metrópoles do mundo já estão aplicando esses conceitos e se tornando referência no assunto. A seguir, descubra quais centros urbanos estão se tornando mais inteligentes e preparados para um planeta de extremos

Vista do Qunli Stormwater Wetland Park (ou Parque Manancial de Águas Pluviais), na cidade de Harbin, capital da província de Heilongjiang, na China. O lugar preserva o pântano, ambiente natural que existia na região, e que já era um espaço alagado acumulador de águas vindas das chuvas (em excesso ou não).  

Foto de Divulgação Turenscape

As Cidades-esponja da China 

China se tornou um dos países que mais investe em cidades-esponja desde 2012, quando uma grave enchente matou cerca de 80 pessoas em Pequim. Atualmente, a capital chinesa possui uma área de 150 hectares criada para absorver a água pluvial e evitar que tragédias como aquelas se repitam. 

Outras cidades no país também passaram por intervenções urbanísticas desde então, entre elas XangaiZhoushanSuzhou Xi’an, como informa um estudo da revista científica Elsevier. Já Jinhua (a cerca de 350 km de Xangai) apresenta algumas das mais belas construções seguindo esses conceitos, e é uma das vitrines chinesas com seus enormes parques com passarelas suspensas solo alagável.

conceito urbanístico relacionado ao meio ambiente também está ligado à China por causa do trabalho do arquiteto, urbanista e paisagista chinês Kongjian Yu, creditado mundialmente a maior referência e “criador” das “cidades-esponja” e vencedor do prêmio Sir Geoffrey Jellicoe, da Federação Internacional de Arquitetos Paisagistas, em 2020. Em entrevista para o Fórum Econômico Mundial, Yu disse que “as enchentes não são inimigas e podemos ser amigos das inundações e das águas usando sabedoria ancestral”. 

mais populares

    veja mais

    Vista do The Mangrove Eco-Park, na cidade de Sania, na China. Enormes áreas verdes nas cidades ajudam na captura do excesso de água das chuvas.

    Foto de Divulgação Turenscape

    Mais Cidades-esponja pelo mundo 

    Fora das fronteiras chinesas, pode-se encontrar cidades-esponja também nos Estados Unidos, outro país que colocou áreas urbanas populosas para receber intervenções nesse estilo. Uma delas é Nova York, que ganhou um parque alagável de frente para o mar. O Hunters Point South Park, em Long Island, surgiu em uma área onde antes havia indústrias e estava abandonada.

    Já cruzando o país, o estado da Califórnia, que constantemente sofre com incêndios e secas, começou a construir espaços verdes para receber a água das chuvas, como conta um artigo do jornal francês “Le monde diplomatique Brasil”.   

    Mundo afora, capitais como Berlim, na Alemanha, e Copenhague, na Dinamarca, também adotaram intervenções que seguem os preceitos da drenagem passiva de água, bem como Bangcoc, na Tailândia (que tem o parque Chulalongkorn destinado a isso). A Austrália, por sua vez, tem um dos melhores programas de gerenciamento de águas do mundo, como detalha o artigo da Elsevier publicado no site da revista Science. Lá, os projetos têm o nome de “cidades sensíveis à água”. 

    Vale ressaltar que as cidades-esponja não ajudam somente no caso de enchentes. Elas também funcionam combatendo as ondas de calor, graças às suas áreas verdes. No Brasil, nenhuma cidade adotou ainda os pilares que fazem uma cidade ser “esponja”. Metrópoles como a capital São Paulo ou Belo Horizonte, em Minas Gerais, por exemplo, têm bolsões para conter o excesso de água das chuvas (os piscinões) ou áreas permeáveis, mas nenhuma delas segue os critérios completos que unem o urbano ao meio ambiente de forma sustentável

    mais populares

      veja mais
      loading

      Descubra Nat Geo

      • Animais
      • Meio ambiente
      • História
      • Ciência
      • Viagem
      • Fotografia
      • Espaço
      • Vídeo

      Sobre nós

      Inscrição

      • Assine a newsletter
      • Disney+

      Siga-nos

      Copyright © 1996-2015 National Geographic Society. Copyright © 2015-2024 National Geographic Partners, LLC. Todos os direitos reservados