O urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) vive em regiões andinas de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Ele ...

Qual é o único urso que vive na América do Sul? Veja 4 fatos sobre esta espécie que não hiberna

O único urso exclusivo da América do Sul está vulnerável à extinção: ele vive na região dos Andes, passa longe do hábito de hibernar e não pode ser encontrado no Brasil.

O urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) vive em regiões andinas de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Ele não existe originalmente em território brasileiro. 

Foto de Nikki Maticic Zoológico Nacional Smithsonian (Creative Commons)
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 27 de ago. de 2024, 12:01 BRT

única espécie de urso que vive na América do Sul é exclusiva da região dos Andes e corre risco de desaparecer, de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Trata-se do urso-de-óculos (Tremarctos ornatus), também conhecido como urso andinouma das oito espécies da família Ursidae, como detalha a plataforma online especializada em biodiversidade.

Para saber mais sobre esse animalNational Geographic listou quatro curiosidades sobre ele que reforçam sua singularidade, como por exemplo, o fato de que ele não hiberna.

O urso andino tem tamanho médio e sua pelagem natural no corpo todo é negra. Ocasionalmente pode ser vermelha-amarronzada, com exceção das partes mais claras em seu focinho.

Foto de Nikki Maticic Zoológico Nacional Smithsonian (Creative Commons)

1. O urso-de-óculos são excelentes escaladores

Por serem excelentes escaladores, os ursos andinos costumam construir plataformas nas árvores onde descansamse alimentam de frutascarcaças, e guardam comida para quando precisam.

Quando o assunto é seu habitat, eles são encontrados em vários pontos da América do Sul, vivendo nos chamados Andes tropicais, descreve a IUCN. Os Andes são uma cadeia de montanhas que atravessa Argentina, Bolívia, ChileColômbia, Equador, Peru e parte da Venezuela, e o animal pode circular por todos estes países. 

Dentro desse território andino estão diversos ecossistemas, como florestas tropicais secas, florestas tropicais úmidas de terras baixas e montanhosas, matagais tropicais secos e úmidos, e pastagens de alta altitude, todos passíveis de possuírem o animal. Infelizmente, esses ursos não existem no Brasil

2. O urso-de-óculos não hiberna

É natural imaginar que todas as espécies de ursos entram em um estado de torpor, ou seja, a hibernação, durante os meses mais rigorosos do inverno. No entanto, esse não é o caso do do urso andino.

Como seu alimento fica disponível o ano todo na maior parte de seu habitatos ursos-de-óculos não hibernam, afirma o órgão mundial de conservação.

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    As manchas brancas ou castanhas em forma de anel ao redor dos olhos (como visto no recém-nascido da foto) são o que lhe dá o nome de “urso de óculos”.

    Foto de Armando Castellanos

    3. De onde vem o nome urso-de-óculos?

    Tremarctos ornatus possui marcas brancas ou bronzeadas em forma de anel ao redor dos olhos, características marcantes da espécie. "São essas marcas em forma de óculos que dão ao animal o nome", explica o Animal Diversity Web (ADW), uma enciclopédia de dados on-line mantida pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

    As manchas que marcam sua pelagem contrastam com a cor preta e uniforme do resto do corpo do animal, que em alguns casos pode assumir também um tom marrom-avermelhados. 

    Em relação ao seu tamanho, urso andino tem porte médio, uma cauda curta de cerca de sete centímetros de comprimento, orelhas pequenas e redondas, um pescoço curto e grosso, e um focinho robusto, detalha o ADW.

    (Leia mais sobre ursos: Por que o Urso Polar não vive na Antártida? Veja 3 fatos impactantes sobre este gigantesco animal)

    4. As múltiplas adaptações físicas do urso de óculos

    Conforme descrito pela IUCN, os ursos-de-óculos possuem várias adaptações físicas que lhes permitem um estilo de vida onívoro. Os exemplos incluem modificações anatômicas do crânio e da dentição para mastigação, e um pseudo-polegar que ajuda a consumir alimentos vegetais duros e fibrosos.

    Tanto a IUCN quanto a ADW destacam a preferência do animal por bromélias (uma família de plantas do gênero Bromeliaceae) como alimento. Eles também comem frutas, que fornecem os carboidratos, proteínas e gorduras necessários, além de palmeirasmusgocactos e outras espécies de plantas.

    Eles também se alimentam de mamíferos de maneira oportunista. Isso significa que podem comer coelhos e antas da montanha, e até mesmo gado doméstico quando estes pastem em liberdade, detalha a IUCN.

     

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