Conheça 3 fatos impressionantes sobre os efeitos da luz azul na qualidade do sono

Especialistas alertam que olhar para telas antes de dormir pode prejudicar – e muito – a qualidade do sono. Saiba como usar corretamente a luz azul e evitar seus inconvenientes.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 26 de mai. de 2023, 16:09 BRT

Em um antigo hotel no bairro de Shinjuku, em Tóquio, os moradores dormem em cápsulas com cortinas.

Foto de Magnus Wennman

Quer seja através do celular, do tablet ou da tela do computador, a luz azul das telas de gadets e dispositivos eletrônicos pode – sim – afetar a qualidade do sono. Quem alerta são os especialistas do Instituto Nacional de Ciências Médicas Gerais (NIGMS, na sigla em inglês), nos Estados Unidos.

Como é que a luz azul interfere com o sono

O sono é uma parte importante da saúde de qualquer pessoa, explicam dados de outro centro de pesquisa norte-americano – o Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e Acidente Vascular Cerebral (NINDS, na sigla em inglês). 

Isso porque dormir é algo necessário para uma série de funções cerebrais, incluindo a forma como as células nervosas (os neurônios) se comunicam entre si. 

Quando a luz azul aparece em excesso no dia a dia das pessoas pelo uso de aparelhos eletrônicos, o descanso pode ser afetado. A exposição a esse tipo de luz durante as horas de escuridão pode tornar mais difícil adormecer e até mesmo manter o sono. 

Como salienta a Harvard Medical School – escola de medicina da faculdade de Harvard, nos Estados Unidos –, a exposição à luz, mesmo que fraca, suprime a secreção de melatonina, um hormônio que influencia os ritmos circadianos do organismo. 

"Apenas alguns minutos de estímulo de uma tela com luz azul podem atrasar a libertação de melatonina em várias horas e desregular o relógio biológico. Quando o relógio biológico é desregulado, ocorrem todos os tipos de reações prejudiciais, como desequilíbrios hormonais e inflamação do cérebro”, informa um artigo científico da Universidade Estatal de Nova Iorque. 

Além disso, explica o documento, “a excitação elevada causada pela luz azul não permite um sono profundo, que é a forma de nos curarmos".

(Conteúdo relacionado: Insônia: como a falta de sono pode afetar a saúde mental)

Quais dispositivos que podem afetar o sono

As luzes LED ganharam popularidade recentemente graças à sua eficiência. No entanto, elas produzem uma quantidade considerável de luz azul capaz de afetar o sono, diz a Harvard Medical School. Esse tipo de iluminação está presente em telas de TVs, computadores, tablets e telefones celulares. 

Estas telas devem ser evitadas durante as horas mais sensíveis antes de dormir, especialmente para pessoas que já sofrem com problemas de sono, adverte o Centro de Controle e Prevenção de Atividades, órgão do departamento de saúde dos Estados Unidos.

Como se proteger da luz azul

Embora o contato com a luz azul pareça por vezes inevitável, existem algumas estratégias que podem ser levadas em conta para evitar as armadilhas de não dormir.

Entre as medidas sugeridas pela escola de medicina de Harvard estão: usar luzes mais avermelhadas e fracas à noite; evitar telas brilhantes duas a três horas antes de deitar; se trabalhar ou consultar dispositivos eletrônicos à noite, o ideal é considerar a utilização de óculos que bloqueiam a luz azul; e se expor à luz brilhante apenas durante o dia para aumentar a capacidade de dormir melhor à noite.

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