Cometa mais brilhante da década está visível hoje no Brasil – saiba como vê-lo

É exatamente no dia 23 de julho que o Neowise deve atingir maior proximidade com a Terra. Ele é um dos poucos cometas que poderão ser vistos a olho nu no século 21.

Por Redação National Geographic, Dan Falk
Publicado 23 de jul. de 2020, 10:36 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 01:56 BRT

Imagem do cometa Neowise nos céus do Líbano, registrada em 8 de julho.

Foto de Maroun Habib

Astrônomos profissionais e observadores anônimos do Brasil andavam frustrados por não presenciarem, aqui, o espetáculo causado pela passagem do cometa Neowise pela Terra – tal qual o observado nos céus do Hemisfério Norte ao longo do último mês. Mas parece que o jogo virou.

Desde a última quarta-feira (22/07), o cometa está visitando também os céus do Brasil – mas a missão exige paciência e sorte. Enquanto na quarta ele foi avistado de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, nesta quinta-feira (23/07), observadores dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná poderão tentar encontrá-lo.

O melhor horário é entre o fim da tarde e o começo da noite, durante o pôr do sol, à direita de onde o sol se põe. Quem mirar a linha do horizonte deve obter mais sucesso, ainda mais se tiver com um binóculo. Na sexta (24/07), é a vez dos moradores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, de acordo com reportagem do G1.

É exatamente no dia 23 de julho que o cometa deve atingir maior proximidade com a Terra, quando estiver a 64 milhões de milhas de nosso planeta. Depois disso, gradualmente desaparecerá de vista à medida que voltar para os confins do sistema solar. Segundo a Nasa, ele é um dos poucos cometas que poderão ser vistos a olho nu no século 21.

A julgar pelas fotos publicadas nas redes sociais nos últimos dias, o cometa está dando um show – provavelmente o melhor desde o cometa Hale-Bopp, que iluminou o céu noturno em 1997. O McNaught, que passou pela Terra em 2007, era mais brilhante do que o Neowise e visível principalmente no Hemisfério Sul.

Nomeado como o telescópio espacial usado para descobri-lo no final de março, o nome oficial completo do cometa é C/2020 F3 (NEOWISE). Ele se aproximou mais do Sol, conhecido como periélio, em 3 de julho, e o fato de o cometa ainda ser visível faz com que os observadores do céu respirem aliviados. Astrônomos dizem que ele pode acabar sendo classificado como um dos mais brilhantes vistos em nossos céus em mais de uma década.

Mais perto do Sol

Muitos cometas não sobrevivem ao calor de uma aproximação próxima à nossa estrela anfitriã. Os cometas, geralmente descritos como "bolas de neve sujas", são constituídos por rochas, poeira, gases e gelo – uma combinação que nem sempre se mantém em temperaturas extremas.

“À medida que se aproxima do sol, ele esquenta, sopra todo o tipo de material e você tem uma cauda espetacular”, diz Laura Danly, curadora do Observatório Griffith, em Los Angeles. “Mas, às vezes, elas se desintegram completamente e desaparecem.”

O Neowise parece ser um sobrevivente sagaz, emergindo de seu encontro com o Sol ostentando uma longa cauda de gás e poeira. “Já passamos pelo ponto de aproximação mais próxima e o cometa ainda está lá”, diz Danly. “Assim, podemos esperar mais um mês de boa visualização.”

Vários fatores determinam o brilho do cometa. Depois de passar o Sol, ele agora reflete menos a luz da estrela em nossa direção, mas também está se aproximando da Terra.

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