Semana Mundial do Espaço: quando e por que se comemora?

Como a exploração do espaço facilita as atividades diárias e contribui para o cuidado ambiental?

Telescópio Hubble Mostra Espiral Espetacular. A galáxia NGC 1961 desfralda seus belos braços espirais nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble da Nasa.

Foto de NASA Image of the day
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 4 de out. de 2022, 10:38 BRT

Os dias que vão de 4 a 10 de outubro são uma data especial para aprender mais sobre o cosmos. Isso porque é quando se celebra a Semana Espacial Mundial, data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) com a proposta de destacar "as contribuições da ciência e da tecnologia espaciais para a melhoria da condição humana".

Por que foi criada a Semana Mundial do Espaço?

A celebração é coordenada pela ONU com o apoio da World Space Week Association (WSWA), também das Nações Unidas, e tem sido realizada desde 1999.

A Semana Mundial do Espaço reúne uma série de eventos de divulgação e educação sobre o espaço, todos organizados por agências, empresas aeroespaciais, escolas, planetários, museus e clubes astronômicos ao redor do mundo.

Apolo 15 encontra a Terra no horizonte. Esta visão da Terra subindo acima do horizonte da Lua foi tirada durante a missão lunar Apollo 15

Foto de NASA

As datas que marcam o início e o fim da celebração se baseiam em dois eventos importantes para a História do espaço. O primeiro é a data de 4 de outubro de 1957, quando foi o lançamento do primeiro satélite terrestre de fabricação humana – o Sputnik 1 – que é o pioneiro na exploração espacial.

Já a segunda data de relevância é quando se comemora a assinatura do tratado de princípios que regem as atividades dos estados na exploração pacífica e nos usos pacíficos do espaço exterior, incluindo a Lua e outros corpos celestes. Esse acordo foi selado em 10 de outubro de 1967.

A comemoração serve para lembrar que a exploração espacial tem benefícios para a humanidade, como defende Mário Arreola Santander, engenheiro de comunicação e eletrônica e diretor de divulgação científica e tecnológica da Agência Espacial Mexicana (AEM).

Neste sentido, o especialista que também é coordenador nacional da Semana Espacial Mundial México, explica que as pessoas utilizam diariamente tecnologias facilitadas pela exploração do cosmos.

Como exemplo, ele menciona satélites que permitem a comunicação entre lugares distantes do planeta;  a geolocalização para identificar rotas ou definir limites e tirar imagens da Terra para conhecer detalhes do território.

Ao mesmo tempo, ele salienta que a exploração do espaço nos permite aprender mais sobre a Terra e outros planetas.

Qual é o tema da Semana Espacial Mundial de 2022

Todos os anos, a Diretoria da WSWA escolhe um tema em coordenação com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais Externos. Ele é utilizado em escala global e fornece orientações gerais aos participantes sobre o conteúdo de seus programas.

O tema de 2022 é "Espaço e sustentabilidade" e procura aumentar a consciência da necessidade de se alcançar a sustentabilidade no mundo e do espaço, bem como a estreita relação entre o estado saudável do cosmo e seu uso pela humanidade.

De acordo com a ONU, dos 169 objetivos que compõem as 17 Metas de Desenvolvimento Sustentável, 65 se beneficiam diretamente dos satélites de observação da Terra e de tecnologias relacionadas.

"Conseguir os ODS seria muito mais difícil sem as ferramentas e técnicas disponíveis para os cientistas através da exploração do espaço".

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    O especialista mexicano explica ainda que a crise climática é “facilmente mensurável a partir do espaço”. Ele diz que as imagens obtidas pelos satélites permitem ver as mudanças na vegetação, e o impacto do crescimento urbano ou da agricultura sobre as áreas naturais.

    Mário Arreola Santander também salienta que é possível quantificar os gases de efeito estufa e outros parâmetros, como a temperatura do mar ou as mudanças nos pólos. "Estes são mais fáceis de se medir do espaço porque estes satélites estão orbitando continuamente em torno da Terra”, afirma.

    Arreola conclui que o registro das mudanças que o planeta está passando oferece ferramentas para tomar consciência da situação e para implementar ações para neutralizar os efeitos.

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