Turistas visitam o monumento de Stonehenge, no Reino Unido, para celebrar o solstício de verão.

O fenômeno do solstício explicado: duração extrema do dia e sombra “zero” em partes do mundo

A inclinação do eixo da Terra durante os solstícios marca os períodos de maior ou menor quantidade de luz solar, causando dias de escuridão total em certas partes do planeta.

Turistas visitam o monumento de Stonehenge, no Reino Unido, para celebrar o solstício de verão. 

Foto de Rémi Bénali
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 19 de jun. de 2025, 06:45 BRT

Como resultado da inclinação do eixo de rotação da Terra, os solstícios marcam a mudança das estações e ocorrem duas vezes por ano (em junho e dezembro). Nestes momentos, “apresentam as horas de luz do dia mais curtas e mais longas do ano, dependendo do hemisfério”, explica a Nasa. Mas pelo planeta, nem todos vivenciam os solstícios da mesma forma.

Isso porque há partes do mundo que não recebem luz solar durante o solstício. Em certos lugares, por exemplo, é preciso que uma pessoa possa “saltar” do solo para ver sua própria sombra. 

Mas por que isso acontece? Aproveitando a proximidade com o solstício de junho, National Geographic explica fatos curiosos sobre esse fenômeno.

A fotomontagem da Nasa mostra uma visão dos equinócios e solstícios a partir do Espaço. Essas ...

A fotomontagem da Nasa mostra uma visão dos equinócios e solstícios a partir do Espaço. Essas quatro imagens foram tiradas ao mesmo tempo em 21 de dezembro de 2010 e em 20 de março, 21 de junho e 20 de setembro de 2011. Como explica a agência espacial norte-americana, em 21 de dezembro o Sol está diretamente sobre o Trópico de Capricórnio quando visto da Terra, e a luz solar se espalha pela maior parte do hemisfério sul. Em 21 de junho, o Sol está sobre o trópico de Câncer, espalhando mais luz solar no norte.

Foto de NASA Goddard

Da escuridão total a 24 horas de luz: como vivenciar o solstício nos polos

Durante o solstício de junho, o Hemisfério Norte recebe mais luz solar direta do que o Hemisfério Sul, detalha um artigo da Nasa. Por outro lado, durante o solstício de dezembro, a situação se inverte: o Norte tem dias mais curtos e noites mais longas e o Sul ganha horas de luz diárias.

Mas como o início das estações astronômicas depende da inclinação do eixo da Terra, nem todos os cantos do globo vivenciam o solstício da mesma forma.

Durante o mês de junho, “a inclinação da Terra é suficiente para que as regiões polares do norte experimentem um dia inteiro com luz solar, enquanto as regiões polares do sul presenciam 24 horas de noite, bem na sombra do planeta”, descreve a agência espacial americana.

“Essa mesma inclinação significa que as regiões polares da Terra também experimentam uma inversão de luz e sombra meio ano depoisem dezembro, com 24 horas de noite no norte e 24 horas de luz do dia no sul”, continua a fonte. 

"Dependendo da proximidade que um território está dos polos, essas condições extremas de iluminação podem durar muitos meses, e a ela se intensifica quanto mais próximo estivermos dos polos.

mais populares

    veja mais
    O Sol se põe sobre um círculo em uma plantação perto de Sixpenny Handley, em Dorset, ...

    O Sol se põe sobre um círculo em uma plantação perto de Sixpenny Handley, em Dorset, Inglaterra.

    Foto de Robert Ormerod

    Durante o solstício, há um momento de “sombra zero” nos trópicos

    Mas não são apenas os polos que apreciam os efeitos da luz solar durante o solstício. É interessante notar que as áreas da Terra que ficam entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio passam anualmente por dois dias sem sombra.

    "Nesses dias, com o sol incidindo diretamente acima da cabeça, os objetos projetam uma sombra mínima em comparação com o resto do ano. Se você quiser ver sua própria sombra nesse momento, terá que – literalmente – saltar", observa a fonte norte-americana.

    Este momento nos dias de sombra zero depende da localização do observador. Quem está na região próxima ao Trópico de Câncer experimenta esse fenômeno durante o solstício de junho, enquanto na área do Trópico de Capricórnio ele ocorre durante o solstício de dezembro.

    A região da Linha do Equador passa dois dias por ano sem sombra

    Linha do Equador é o círculo imaginário ao redor da Terra: ela fica em um plano perpendicular ao eixo do planeta e, por isso, divide o planeta exatamente nos hemisférios Norte e Sul – ambos à mesma distância dos polos.

    Por estar exatamente entre os dois trópicos, é possível ter dois dias sem sombra ao longo de toda a extensão da Linha do Equador. No entanto, esses dias específicos não ocorrem durante os solstícios, mas sim quando acontecem os equinócios – em março e setembro, que marcam o início da primavera e do outono, dependendo do hemisfério.

    mais populares

      veja mais
      loading

      Descubra Nat Geo

      • Animais
      • Meio ambiente
      • História
      • Ciência
      • Viagem
      • Fotografia
      • Espaço

      Sobre nós

      Inscrição

      • Assine a newsletter
      • Disney+

      Siga-nos

      Copyright © 1996-2015 National Geographic Society. Copyright © 2015-2025 National Geographic Partners, LLC. Todos os direitos reservados