O sol brilha na paisagem entre a terra e as nuvens, Transilvânia, Roménia.

Qual o significado do solstício: da explicação da ciência às festas e rituais

Além de marcar o início do inverno e do verão, o solstício também é celebrado por diferentes culturas.

O sol brilha na paisagem entre a terra e as nuvens, Transilvânia, Roménia.

Foto de VICTORIA HILLMAN
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 20 de set. de 2023, 12:00 BRT

Duas vezes por ano, ocorre um fenômeno astronômico que marca o início do verão e do inverno: o chamado solstício.

O termo vem do latim solstitium (sol sistere), cujo significado seria equivalente a “Sol parado” ou “Sol estacionário”, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Anualmente, por volta de 21 de junho (o dia varia levemente de um ano para o outro), no Hemisfério Norte, há a inclinação de 23,5 graus do eixo da Terra em relação à sua órbita ao redor do Sol.

Com isso, países como os Estados Unidos e os da Europa passam a receber mais luz (afinal, o Hemisfério Norte está “apontado” para o Sol) e os dias são mais longos, caracterizando o verão, explica a Nasa, agência espacial norte-americana. 

No Hemisfério Sul, onde fica localizado o Brasil, ocorre o oposto. Devido às diferenças geográficas, há menos luz solar, os dias são mais curtos e as noites mais longas, marcando a chegada do inverno – sendo chamado, então, de solstício de inverno.

Já em dezembro, também por volta do dia 21, ocorre um novo solstício: de inverno para o Hemisfério Norte e verão para o Hemisfério Sul (este fica “apontado” para o Sol e tem dias mais longos).

O significado do solstício para diferentes culturas

Vários povos e culturas ao redor do mundo celebram o solstício como parte de suas tradições e crenças. 

Em seu site oficial, a ONU cita o exemplo dos festivais de fogo nos Pirineus, uma região montanhosa na fronteira entre Espanha e França. Essa celebração é realizada durante o solstício de verão do Hemisfério Norte.

 “Pessoas de diferentes cidades e vilarejos carregam tochas flamejantes pelas montanhas para acender faróis construídos tradicionalmente. A descida é um momento especial para os jovens, significando a transição da adolescência para a vida adulta. O festival é considerado um momento de regeneração dos laços sociais e de fortalecimento dos sentimentos de pertencimento, identidade e continuidade, com celebrações que incluem folclore popular e refeições comunitárias”, explica a ONU.

Outro exemplo vem de grupos escandinavos que dão as boas-vindas ao solstício de verão com danças e bebidas em um evento conhecido como midsummer

No caso dos povos eslavos (como russos e ucranianos), há a celebração de Ivan Kupala, também chamada de Ivana Kupala. “As pessoas usam coroas de flores e dançam ao redor de fogueiras, enquanto algumas almas corajosas pulam sobre o fogo como forma de garantir sorte e saúde”, explica uma matéria da National Geographic de junho de 2023.

A origem das festas juninas no Brasil

Até mesmo as festas juninas no Brasil têm suas raízes nas antigas festividades de solstício na Europa. 

Realizada tradicionalmente em junho (mês do solstício), essa celebração sofreu transformações, foi incorporada ao calendário do catolicismo e ganhou um novo significado, de homenagear santos populares, como Santo Antônio, São João e São Pedro.

As festas juninas foram trazidas ao Brasil no século 16, por intermédio dos portugueses, como afirma outra matéria da National Geographic de junho de 2023

Com o passar do tempo, a celebração recebeu influência de tradições indígenas e afro-brasileiras, sendo considerada uma das maiores marcas da cultura popular do país.

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