O que é o Ramadã e por que sua celebração é tão importante?

O Islã está fundamentado em cinco pilares, e o quarto deles – o Ramadã – encoraja o jejum em um período de espiritualidade para os muçulmanos.

Por National Geographic Brasil
Publicado 22 de mar. de 2023, 17:10 BRT

Aldeões visitam o cemitério inundado para prestar homenagem a seus parentes durante o Ramadã. Timbulsloko, Java Central, Indonésia.

Foto de Aji Styawan

Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, está relacionado ao período em que o Alcorão, o livro sagrado que representa a palavra de Alá (Deus no Islã), foi revelado numa noite chamada "Laylatul Qadr" (na tradução, “A noite do decreto”). Em 2023, ele acontece entre 22 de março e até a noite de 21 de abril. 

O texto sagrado para os muçulmans foi mostrado ao Profeta Maomé, o fundador do Islã (também conhecido como Muhammad), como "um guia para a humanidade e prova de orientação e julgamento", como explicam fontes do Centro Islâmico da República Argentina. O nome do Ramadã deriva da raiz árabe “ar-ramad”, que significa “calor escaldante”.

Este evento de culto ocupa o nono mês do calendário islâmico e é o mais importante para a comunidade muçulmana devido às virtudes que Alá transferiu para ele. Em outras palavras, durante o Ramadã os fiéis devem: 

  • Realizar jejum durante o dia e orar à noite;
  • Fazer boas ações durante a "noite de predestinação";
  • Observar o tempo de adoração, de obediência a Alá e de afastamento aos maus hábitos.

Ramadã: qual é o significado de jejum?

Segundo o Centro Islâmico argentino, o jejum é uma forma de culto a Alá ao abster-se não só de comer e beber, mas também de fumar e ter relações sexuais desde o amanhecer até ao pôr-do-sol de cada dia. O pôr-do-sol coincide com o Salat, também conhecido como Al-Magrib ou a chamada para a oração.

Para a Organização Islâmica da América Latina e do Caribe, o jejum é um símbolo que representa três tipos de sabedoria prescrita por Deus:

  • Atingir a piedade através da oração, controlando o ego e os desejos;
  • Exercitar a compulsão dos pecados e a obediência a Alá. Se o muçulmano é capaz de jejuar, é capaz de controlar os seus desejos e não cometer pecados;
  • Lembrar dos mais necessitados através da fome causada pelo jejum e da dificuldade de não ter comida.

O jejum não é a razão principal do Ramadã, mas uma proteção para aqueles que rezam em busca de redenção por seus pecados. Por esta razão, há alguns fiéis que podem abster-se de jejuar durante o mês do Ramadã. Entre eles estão muçulmanos doentes e idosos, viajantes, mulheres grávidas, mães lactantes e mulheres menstruadas.

(Pode estar interessado em: Por que o Yom Kipur é o dia mais sagrado do calendário judaico?)

Quais são os cinco pilares do Islã

Segundo a Organização Islâmica, estes são os cinco pilares do Islã, de acordo com as escrituras reveladas por Maomé:

  • Shahada: o testemunho de fé perante Deus e Maomé;
  • Salat: a oração cinco vezes por dia, individualmente ou em conjunto;
  • Zakat: a contribuição social dos setores mais ricos da sociedade para os mais necessitados;
  • Ramadã e as suas abstenções durante o nono mês do calendário lunar;
  • Hajj ou peregrinação a Meca.

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