Como Beethoven ficou surdo: a verdade por trás da surdez do compositor

Considerado uma das figuras musicais mais influentes da história, Beethoven foi perdendo a audição aos poucos e ficou completamente surdo em 1819.

Foto aérea de um piano de cauda Baldwin com outros pianos de console.

Foto de Joseph H. Bailey
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 4 de ago. de 2023, 14:48 BRT

Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn, na Alemanha, em 1770. Ele viveu em sua cidade natal até 1792 e passou o resto de sua vida em Viena, capital da Áustria, onde morreu em 1827. O músico começou a sofrer com a surdez por volta de 1800.

Quem foi Beethoven?

Beethoven foi considerado o maior compositor que já existiu, de acordo com a Enciclopédia Britannica (plataforma de ensino do Reino Unido). Nasceu em uma família de músicos e, de acordo com a Associação Beethoven-Haus Bonn (fundada em 1889 com o objetivo de preservar sua obra e patrimônio), a primeira aparição pública  do artista como pianista foi em 1778, na cidade alemã de Colônia.

O músico foi influenciado por outros artistas, como Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph Haydn, e compôs músicas no período de transição entre as eras Clássica e Romântica.

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Como Beethoven ficou surdo

Beethoven não nasceu surdo. Seus primeiros sintomas se manifestaram por volta do ano de 1800. Ou seja, quando ele tinha cerca de 30 anos de idade. No início, de acordo com a Britannica, o compositor relatava que ouvia zumbidos e ruídos em seus ouvidos. 

Mais tarde, Beethoven passou a notar que, à distância, não conseguia ouvir as notas altas dos instrumentos ou as vozes dos cantores. Sua surdez não foi total até 1819.

Por meio de uma narrativa musical sobre a surdez de Beethoven, disponível no site da Associação Beethoven-Haus Bonn, é possível saber como a dificuldade auditiva afetou o músico.

De acordo com esse documento, mesmo no período inicial de sua doença, Beethoven teria ouvido sua música com algumas restrições em decorrência do zumbido constante nos ouvidos. Além disso, ele sofria de hiperacusia, ou seja, uma sensibilidade incomum a determinados sons que teria afetado sua percepção.

Como resultado de seu desconforto, Beethoven consultou vários profissionais e tentou diversas terapias, mas sem sucesso. Ainda segundo os documentos, o compositor alemão estava praticamente surdo do ouvido direito por volta de 1814 e 1815. 

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No Testamento de Heiligenstadt, uma carta de despedida escrita por Beethoven em 1802 para seus irmãos Karl e Johann, o artista confessou que sua perda auditiva – a qual ele havia mantido em segredo até então –   o impedia de se relacionar com outras pessoas, fazendo com que se sentisse solitário e infeliz. 

No entanto, a deficiência auditiva não era uma desvantagem para o músico, pois algumas de suas obras mais importantes foram compostas quando ele estava parcial ou totalmente surdo, observa a Enciclopédia. De fato, é provável que ele nunca tenha ouvido uma única nota de sua obra-prima, a “Sinfonia nº 9” em ré menor.

Como conclui a Associação Beethoven-Haus Bonn, apesar da dificuldade de audição, Beethoven foi inspirado a escrever mais e mais obras novas até o fim de sua vida. Ele queria que a nona sinfonia fosse seguida por uma décima. Conseguiu compor e redigir 48 compassos antes de morrer, os quais foram posteriormente publicados como Beethoven's Last Musical Thought em uma versão para piano.

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